segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Por Alfredo Brites

A moto elétrica italiana que tenta se tornar um novo ícone mundial.

 

Pense na motocicleta tipo scooter mais icônica do mundo – ou até mesmo no mais icônico veículo de duas rodas que existe – e provavelmente o que vem à mente é uma Vespa.
Criada pela montadora italiana Piaggio, a moto redefiniu o conceito de meio de transporte barato e estiloso desde o seu lançamento, em 1946. E até hoje ainda é uma referência.
Não é de se espantar, portanto, que o próximo ícone em matéria de duas rodas também venha da Itália: a Scooter Elettrico Me, que tem muito em comum com sua antepassada de 70 anos, para além do design arrojado.
A primeira semelhança entre a Me e a Vespa é a natureza inovadora de seu processo de montagem. A Piaggio era uma fabricante de aeronaves (que viu seu patrimônio prejudicado por bombardeios precisos vindos dos Aliados), e usou seus conhecimentos sobre leveza e solidez do alumínio para sair do formato “bicicleta motorizada” que era aplicado até então.

Sem barulho nem poluentes

A Me usa uma espécie de molde para seu chassis, que é ao mesmo tempo robusto e ultraleve, para criar algo que parece um iPhone fazendo ioga. O material é um composto de poliéster reforçado com fibra de vidro (SMC, na sigla em inglês), conhecido como “a fibra de vidro do futuro” e famoso por sua durabilidade e versatilidade.
Esse material revolucionário permite que o modelo dispense a barra horizontal que marca as outras motocicletas, o que é bastante conveniente. O condutor também pode dirigir a roda de trás diretamente, em vez de usar uma correia, o que simplifica o design e a manutenção do veículo.
O motor da Me é um modelo elétrico de 1,5kW que não libera nem o odor nem o barulho – e nem os poluentes – da Vespa.
Uma bateria de íon-lítio supre a scooter com energia suficiente para percorrer 80 quilômetros – ou até um pouco mais no modo “recovery”. Um painel retrofuturista em LED mostra quantos quilômetros ainda restam. Entre uma utilização e outra, a Me pode ser plugada diretamente em uma tomada de 220V, ou ter sua bateria removida para ser recarregada em outro lugar.
Assim como a Vespa, a Me implora para ser customizada. A empresa por trás dela, o Me Group, está prestes a produzir revestimentos baratos o suficiente para serem trocados de acordo com o estilo do condutor – outra coisa que os italianos sempre souberam fazer muito bem.

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