OMS lança novas recomendações sobre a saúde dos adolescentes.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) formulou nesta terça-feira
(6) recomendações para melhorar os serviços de saúde aos adolescentes,
faixa etária que recebe pouca atenção, apesar de ser o período em que se
costuma adotar comportamentos que causam patologias na idade adulta.
Grande parte dos
adolescentes não tem acesso a serviços essenciais de prevenção Os dados
disponíveis indicam que 35% da carga de morbidade no mundo se origina na
adolescência. Em 80% dos casos de depressão entre adultos, a doença começou
a se manifestar na adolescência.
Dentro
do ciclo da vida, entre os 10 e 19 anos é frequente encontrar tendências à
obesidade, à má alimentação e às desordens mentais, e em geral é quando se
inicia o consumo de tabaco, álcool e drogas.
Especialistas
da OMS afirmaram que grande parte dos adolescentes não tem acesso a serviços
essenciais de prevenção, nem a atendimento médico adequado quando já sofrem
destes problemas. "As desordens mentais são uma área em que as
intervenções sanitárias antecipadas podem fazer uma grande diferença na vida
adulta", disse Anthony Costello, diretor do Departamento Materno,
Neonatal, de Infância e de Adolescência da OMS. "Os adolescentes não
são nem crianças nem adultos, são um grupo único, com necessidades específicas,
e a fase em que podem se consolidar comportamentos negativos que duram toda a
vida", alertou.
Entre
as principais recomendações da OMS estão a implementação de serviços sanitários
de fácil acesso para adolescentes, com consultas gratuitas ou tarifas
reduzidas, que não exijam agendamento nem o consentimento dos pais ou dos
tutores.
Os
adolescentes também devem estar seguros sobre a confidencialidade das
consultas, o que eliminaria o temor de serem vítimas de
discriminação. "Os adolescentes precisam ser informados sobre onde
buscar atendimento médico. São vulneráveis porque não têm dinheiro, podem ser
sensíveis à discriminação e ao contexto sociocultural, o que pode deixá-los
muito reticentes a buscar ajuda", explicou Costello.
Os
adolescentes de famílias pobres, que sofrem de violência e abusos sexuais ou
que consomem algum tipo de droga "são os que mais raramente entram em
contato com os serviços de saúde, apesar de serem os que mais precisam
deles", acrescentou.
A
OMS assinalou que é comum pensar que os adolescentes precisam somente de
informação sobre saúde sexual e reprodutiva, ideia que é muito equivocada.
Em
nível mundial, as principais causas de mortes entre adolescentes são a
depressão e o suicídio, fatores que - segundo os dados disponíveis - são muito
mais prevalentes nos países desenvolvidos. "Em alguns dos países de
economias mais avançadas, desordens como anorexia, bulimia, baixa autoestima,
automutilação, ansiedade, o estresse sob outras manifestações e a depressão
alcançam dimensões quase epidêmicas entre os adolescentes", afirmou
Costello.
As
causas seguintes de mortalidade são, por ordem de importância, aids, violência
interperssoal e acidentes de trânsito. Tratam-se, em todos os casos, de
doenças ou situações que poderiam ser prevenidas.
Sobe número de jornalistas assassinados na AL, alerta ONG.
A Sociedade Interamericana de Imprensa
(SIP, em espanhol) soou na última terça-feira o alarme pela deterioração das
condições dos jornalistas na América Latina, onde aumentam os assassinatos de
repórteres e se expande uma "corrente censuradora" por quase todos os
países, entre eles o Brasil.
De mortes violentas no Brasil, México
e Guatemala, até agressões na Bolívia, Argentina e Venezuela, passando por uma
preocupante concentração de mídia por parte de grupos paragovernamentais no
Paraguai e na Nicarágua, a SIP apresentou um panorama alarmante para os
jornalistas nas conclusões de sua 71ª Assembleia Geral realizada em Charleston,
sudeste dos EUA.
"É preocupante a violência sem
fim contra a imprensa e os jornalistas", afirmou Carlos Jornet, diretor do
jornal argentino "La Voz", de Córdoba, encarregado de ler as
conclusões no encerramento de cinco dias de deliberações da SIP.
A organização reúne donos e editores
de jornais do continente.
Em apenas seis meses, de março a
setembro, a SIP registrou 11 assassinatos de jornalistas no Brasil (3), México
(3), Guatemala (2), Colômbia (1), Honduras (1) e República Dominicana (1).
Nesse ritmo, é possível que se supere
o número de mortes violentas de jornalistas em 2014, que chegou a 21.
Vários países foram palco de
"agressões físicas, atentados, coações, ou ameaças contra jornalistas e
veículos", disse Jornet, apontando a repressão contra correspondentes na
cobertura de processos eleitorais, na Guatemala e na Argentina, ou na cobertura
de conflitos sociais no Peru, no Equador e no Brasil.
AFP
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