quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Por Alfredo Brites



Distanásia: entenda como funciona o prolongamento da vida.

 

Distanásia é o termo usado para designar o prolongamento da vida de doentes terminais através de aparelhos, protelando também o sofrimento e o processo de morte. Nesse caso, a extensão da vida é apenas uma questão biológica, sem promover bem-estar.

 Também conhecida como obstinação terapêutica, a distanásia foca apenas na quantidade de tempo restante e tenta prolongar esse período ao máximo. Em inglês, a prática também é chamada de “bad death”, que significa morte ruim.
 Entender essas questões é importante. O Dia do Direto à Vida, celebrado todos os anos em 8 de outubro, é uma data para lembrar e ponderar sobre como lidar com o final de uma jornada.
Entenda a distanásia
De acordo com um artigo publicado na Revista Latino-Americana de Enfermagem e escrito pelo médico Leonard Martin, a distanásia é um assunto recorrente na área da saúde e da bioética. O documento menciona que o processo não dá maior extensão à vida e sim prolonga o processo doloroso e sofrido da morte.
 Quando uma pessoa está muito doente, o corpo vai parando de funcionar aos poucos, porém equipamentos e medicamentos podem ser usados para manter as funções vitais. Mas dar continuidade à respiração, aos batimentos cardíacos, às funções renais, entre outras, não significa que o paciente tem uma vida para viver. Ele apenas mantém uma sobrevida por meios artificiais.
 A mesma publicação sugere que os avanços tecnológicos da ciência e a implementação de técnicas de manutenção dos batimentos cardíacos e da respiração, nesses casos, comprometem a qualidade de vida de um doente terminal, afetando a dignidade dele.
 Como alternativa, o uso de paliativos e o respeito pelo funcionamento do organismo do paciente podem prevenir a distanásia. Em outras palavras, essa prática é a manutenção da vida a qualquer custo, mesmo quando não há chances da pessoa voltar ao bem-estar e total funcionalidade do corpo.
 Por esse ponto de vista, a aceitação da morte quando ela acontece é considerado por muitos como um ato de respeito com o paciente.
 Ortotanásia e eutanásia
Em contraponto com a distanásia, a ortotanásia é a aceitação de que a vida não faz mais parte de um corpo doente e que tentar manter as funções vitais de uma pessoa doente não traz benefícios. É o simples ato de deixar alguém ir evitando a dor ou outros desconfortos dos momentos finais.
 Para a área da saúde, a ortotanásia parece ser o meio termo entre a eutanásia e a distanásia, e uma prática mais de acordo com o funcionamento natural da vida. Uma questão que permeia esses termos e ações médicas é o que vale mais no final da vida: qualidade ou quantidade?
 Leonard Martin aponta que eutanásia e distanásia não são lados opostos de uma mesma moeda. O primeiro envolve a morte como a solução de um problema, geralmente a dor ou a incapacidade. O segundo, no entanto, não soluciona: apenas delonga o final da vida.
 

Mais de 6,5 milhões de pessoas sofrem com alguma deficiência visual no País.

 

Segundo o Vision Impact Institute, cerca de 40 milhões de brasileiros (20% da população) não têm acesso a tratamento oftalmológico. No mundo, o problema afeta 4,5 bilhões de pessoas, das quais 2,5 bilhões não se beneficiam de soluções corretivas. As doenças da visão vão das mais simples, como miopia e astigmatismo, até as mais graves e raras, como o glaucoma congênito, o cerocotone e a síndrome de Fuchs, que atingem a córnea e necessitam de cirurgia ou transplante.
A maioria (75%) das alterações visuais não apresenta sintomas no início, mas 60% da cegueira é evitável e 20% é curável.
Coordenador do setor de córnea da Santa Casa, no Rio, e diretor do Instituto Provisão, o oftamologista Paulo Polisuk destaca que é fundamental fazer a avaliação médica.
“Muitas doenças podem vir de forma inofensiva e, não sendo tratadas, podem se agravar, levando a um estágio mais avançado”, explica. A primeira consulta pode ser feita já aos dois anos de idade.
O comerciante Allan Vendramini, de 30 anos, sempre teve visão boa na adolescência até os 18, quando começou a sentir um desconforto, uma dificuldade para enxergar de longe. Três anos depois, o problema piorou e ele começou a sentir sua vista ‘afinando’.
Procurou uma ótica para fazer os óculos, mas não houve melhora. Foi quando resolveu marcar uma consulta no oftalmologista e descobriu que estava com ceratocone, doença que atinge a córnea.
O médico sugeriu a cirurgia e ele não pensou duas vezes: se submeteu à operação. Hoje, Allan tem quase 100% da sua visão graças ao tratamento.
Doença começa na infância
Cerca de 2,2 milhões de crianças de 6 a 14 anos têm alguma dificuldade para enxergar, mas quase metade não relata aos pais por não ter consciência do problema.
“Para se ter ideia, no Brasil, 22,9% da evasão escolar está relacionada a algum problema visual. Crianças com baixa visão são três vezes mais propensas a ser reprovadas, se comparadas às que possuem visão normal”, afirma Sandra Abreu, diretora do Instituto Ver& Viver.

 

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