Distanásia: entenda como funciona o prolongamento da vida.
Distanásia é o termo usado para designar o prolongamento da vida de doentes terminais através de aparelhos, protelando também o sofrimento e o processo de morte. Nesse caso, a extensão da vida é apenas uma questão biológica, sem promover bem-estar.
Também
conhecida como obstinação terapêutica,
a distanásia foca apenas na quantidade de tempo restante e tenta prolongar esse
período ao máximo. Em inglês, a prática também é chamada de “bad death”, que
significa morte ruim.
Entender
essas questões é importante. O Dia do Direto à Vida, celebrado todos os anos em
8 de outubro,
é uma data para lembrar e ponderar sobre como lidar com o final de uma jornada.
De acordo com um artigo publicado na
Revista Latino-Americana de Enfermagem e escrito pelo médico Leonard Martin, a
distanásia é um assunto recorrente na área da saúde e da bioética. O documento
menciona que o processo não dá maior extensão à vida e sim prolonga o processo doloroso e sofrido da morte.
Quando
uma pessoa está muito doente, o corpo vai parando de funcionar aos poucos,
porém equipamentos e medicamentos podem ser usados para manter as funções
vitais. Mas dar continuidade à respiração, aos batimentos cardíacos, às funções
renais, entre outras, não significa que o paciente tem uma vida para viver. Ele
apenas mantém uma sobrevida por
meios artificiais.
A
mesma publicação sugere que os avanços
tecnológicos da ciência e a implementação de técnicas de manutenção dos batimentos cardíacos
e da respiração, nesses casos, comprometem a qualidade de vida de um doente
terminal, afetando a dignidade dele.
Como
alternativa, o uso de paliativos e o respeito pelo funcionamento do organismo
do paciente podem prevenir a distanásia. Em outras palavras, essa prática é a
manutenção da vida a qualquer custo,
mesmo quando não há chances da pessoa voltar ao bem-estar e total
funcionalidade do corpo.
Por
esse ponto de vista, a aceitação
da morte quando ela acontece é considerado por
muitos como um ato de respeito com o paciente.
Ortotanásia
e eutanásia
Em contraponto com a distanásia, a
ortotanásia é a aceitação de que a vida não faz mais parte de um corpo doente e
que tentar manter as funções vitais de uma pessoa doente não traz benefícios. É o simples ato
de deixar alguém ir evitando a dor ou outros desconfortos dos momentos finais.
Para
a área da saúde, a ortotanásia parece ser o meio termo entre a eutanásia e a
distanásia, e uma prática mais de acordo com o funcionamento natural da vida. Uma questão que permeia esses
termos e ações médicas é o que vale mais no final da vida: qualidade ou
quantidade?
Leonard
Martin aponta que eutanásia e distanásia não são lados opostos de uma mesma
moeda. O primeiro envolve a morte como a solução de um problema, geralmente a
dor ou a incapacidade. O segundo, no entanto, não soluciona: apenas delonga o final da vida.
Mais de 6,5 milhões de pessoas sofrem com alguma deficiência visual no País.
Segundo
o Vision Impact Institute, cerca de 40 milhões de brasileiros (20% da
população) não têm acesso a tratamento oftalmológico. No mundo, o problema
afeta 4,5 bilhões de pessoas, das quais 2,5 bilhões não se beneficiam de
soluções corretivas. As doenças da visão vão das mais simples, como miopia e
astigmatismo, até as mais graves e raras, como o glaucoma congênito, o
cerocotone e a síndrome de Fuchs, que atingem a córnea e necessitam de cirurgia
ou transplante.
A maioria (75%) das alterações visuais
não apresenta sintomas no início, mas 60% da cegueira é evitável e 20% é
curável.
Coordenador do setor de córnea da
Santa Casa, no Rio, e diretor do Instituto Provisão, o oftamologista Paulo
Polisuk destaca que é fundamental fazer a avaliação médica.
“Muitas doenças podem vir de forma
inofensiva e, não sendo tratadas, podem se agravar, levando a um estágio mais
avançado”, explica. A primeira consulta pode ser feita já aos dois anos de
idade.
O comerciante Allan Vendramini, de 30
anos, sempre teve visão boa na adolescência até os 18, quando começou a sentir
um desconforto, uma dificuldade para enxergar de longe. Três anos depois, o
problema piorou e ele começou a sentir sua vista ‘afinando’.
Procurou uma ótica para fazer os
óculos, mas não houve melhora. Foi quando resolveu marcar uma consulta no
oftalmologista e descobriu que estava com ceratocone, doença que atinge a
córnea.
O médico sugeriu a cirurgia e ele não
pensou duas vezes: se submeteu à operação. Hoje, Allan tem quase 100% da sua
visão graças ao tratamento.
Doença começa na infância
Cerca
de 2,2 milhões de crianças de 6 a 14 anos têm alguma dificuldade para enxergar,
mas quase metade não relata aos pais por não ter consciência do problema.
“Para
se ter ideia, no Brasil, 22,9% da evasão escolar está relacionada a algum
problema visual. Crianças com baixa visão são três vezes mais propensas a ser
reprovadas, se comparadas às que possuem visão normal”, afirma Sandra Abreu,
diretora do Instituto Ver& Viver.
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