quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Por Alfredo Brites



 'Engenharia genética pode fazer porcos doarem órgãos para humanos'.

 

Um método de modificação de genes pode um dia tornar órgãos de porcos adequados para uso em pessoas, de acordo com cientistas.
George Church e seus colegas usaram uma técnica chamada Crispr para alterar o DNA de células de porco e torná-las compatíveis com humanos.
O trabalho preliminar, publicado na revista científica Science, trata de preocupações sobre possibilidade de rejeição e infecção por vírus presentes no DNA do porco.
Se esses problemas forem resolvidos, a técnica pode ser a resposta para os baixos índices de doação de órgãos.
Mas serão necessários mais anos de pesquisa para que porcos geneticamente modificados possam ser criados para abrigar órgãos que serão usados em pessoas.

Técnica inovadora

O Crispr é uma ferramenta científica relativamente nova que permite que cientistas rearranjem códigos de DNA.
Church, da Universidade Harvard, usou a técnica para desativar retrovírus endógeno que reside no DNA do porco.
Este retrovírus suíno é perigoso porque pode infectar células humanas - pelo menos no laboratório.
Em testes com jovens embriões de porcos, Church conseguiu eliminar todas as 62 cópias dos retrovírus das células de porco usando a técnica Crispr.
Em seguida, ele checou se as células modificadas ainda transmitiriam com facilidade o retrovírus para as células humanas. Isso não ocorreu, embora ainda tenha havido uma pequena taxa de transmissão.
Church afirma que a descoberta traz grandes esperanças para o uso de órgãos de animais em humanos - o que os médicos chamam de xenotransplante.
Sarah Chan, especialista da Universidade de Edinburgo, disse: "Mesmo depois que as questões científicas e de segurança forem resolvidas, ainda deveríamos considerar possíveis preocupações culturais e impactos sociais associados a um uso disseminado de órgãos de porcos para transplante humano".
"Apesar disso, o resultado do estudo é valioso tanto como prova deste princípio como um possível passo para avanços terapêuticos nesta área, que ainda precisa de bastante pesquisa."

Entenda os riscos do uso de corante na alimentação.

 

O emprego de aditivos químicos, como os corantes, é um dos mais polêmicos avanços da indústria de alimentos, já que seu uso em muitos alimentos justifica-se apenas por questões de hábitos alimentares. Em geral, a importância da aparência do produto para sua aceitabilidade é a maior justificativa para o seu emprego.  Isto porque os órgãos dos sentidos do ser humano captam cerca de 87% de suas percepções pela visão, 9% pela audição e os 4% restantes por meio do olfato, do paladar e do tato.

Porém, os corantes podem causar desde simples urticárias, passando por asmas e reações imunológicas, chegando até ao câncer em animais de laboratórios. A legislação brasileira permite o uso de 11 corantes artificiais, descritos abaixo:
Amaranto – Apresenta estudos contraditórios quanto à característica carcinogênica deste corante, sendo, por medida de segurança, proibido nos Estados Unidos desde 1976. No Canadá é permitido, pois sua estrutura química é bastante semelhante a outros corantes considerados não carcinogênicos. Na Inglaterra seu uso é permitido em caráter provisório, até que se apresentem estudos mais conclusivos. No Japão foi voluntariamente banido pelas indústrias de alimentos, e na União Europeia seu uso é permitido.
Ponceau 4R - Não é permitido nos Estados Unidos, na Inglaterra seu uso é provisório e restrito, nos países da União Europeia e no Japão seu uso é permitido, mas foi voluntariamente banido pelas indústrias japoneses. Isso se deve aos poucos estudos relevantes realizados sobre sua toxicidade.
Vermelho 40 - Países da União Europeia permitem seu uso. Estudos metabólicos mostraram que o vermelho 40 é pouco absorvido pelo organismo e em estudos de mutagenicidade não apresentou potencial carcinogênico, tendo desta forma, seu uso liberado para alimentos no Canadá e Estados Unidos.
Azorrubina - Seu uso é liberado para alimentos nos países da União Europeia, porém é proibido nos Estados Unidos. Mesmo com seu uso liberado, necessita de estudos adicionais sobre o seu metabolismo.
Tartrazina - Tem despertado uma maior atenção dos toxicologistas e alergistas, sendo apontado como o responsável por várias reações adversas, causando desde urticária até asma. Estima-se que uma em cada 10 mil pessoas apresenta reações a esse corante. Provavelmente, de 8% a 20% dos consumidores sensíveis à aspirina, são também sensíveis a tartrazina. Entretanto, é um dos corantes mais empregado em alimentos e é permitido em muitos países, como Canadá, Estados Unidos e União Europeia.
Amarelo crepúsculo - Os Estados Unidos, Japão e países da União Europeia permitem seu emprego em alimentos, já o Canadá permite seu emprego em alguns produtos específicos.
Azul patente V - Seu uso não é permitido nos Estados Unidos, porém é liberado para uso em alimentos nos países da União Europeia. É um dos corantes utilizados em alimentos que também apresenta a necessidade de mais estudos sobre seu metabolismo.
Verde rápido - Seu uso é permitido nos Estados Unidos desde 1927, mas proibido nos países da União Europeia.
Azul brilhante - Seu uso é incondicional nos Estados Unidos; no Canadá seu limite máximo é de 100ppm; na Inglaterra pode ser utilizado apenas em alguns alimentos; e na União Europeia seu uso é liberado.
Azul de indigotina - A União Europeia considera seu uso seguro, sendo empregado no Japão, Estados Unidos e Inglaterra.
Eritrosina - É permitido nos Estados Unidos, países da União Europeia, Reino Unido e Canadá. Existem estudos de uma possível associação com tumores na tiroide pela provável liberação de iodo no organismo, porém esses estudos não foram conclusivos.

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