quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Por Alfredo Brtites



Beijar seu filho na boca é algo "muito sexual", diz autora de best-seller.

 

A psicicóloga da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e autora do livro The Power of your Child's Imagination: How to Transform Stress and Anxiety into Joy and Success (O poder da imaginação do seu filho: como transformar estresse e ansiedade em felicidade e sucesso, em tradução para o português), Charlotte Reznick, pode ter colocado um ponto de interrogação na cabeça de muitos pais. Em seu best-seller, a escritora fala sobre o hábito de beijar os filhos na boca e classifica a situação como "muito sexual". 
Segundo Charlotte, muitos pais veem o beijo como uma forma de demonstração de carinho, mas esquecem que a boca é uma zona erógena do corpo e que, por conta de seu poder estimulante, pode confundir a criança durante seu crescimento.
Em entrevista ao jornal The Sun, a escritora disse que as crianças podem associar o beijo a uma ação romântica ou até sexual, por conta do contato entre seus pais, e acabar se perguntando porque seus pais também a beijam na boca.
Em contra partida, a também psicóloga Sally-Anne McCormack conversou com o mesmo jornal e disse que não existe nada de sexual no beijo, comparando-o à amamentação.
— Não existe essa de que beijar uma criança na boca é confuso para eles. É como dizer que a amamentação confunde a criança. Algumas pessoas podem até se incomodar, mas é tão sexual quando fazer um carinho nas costas do bebê.
                  

Mais da metade dos brasileiros tem excesso de peso, aponta pesquisa do IBGE.

 

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo IBGE, mostrou que 56,9% dos brasileiros com mais de 18 anos têm excesso de peso, o que indica que 82 milhões de pessoas em todo o país apresentaram índice de massa corporal superior a 25.
Segundo o estudo 24,4% das mulheres adultas era obesa em 2013, enquanto, entre os homens, a porcentagem era de 16,8%.
O documento também revelou que apenas 2,5% da população têm déficit de peso, ou seja, índice de massa corporal inferior a 18,5.
A PNS indicou que 15% das mulheres entre 18 e 49 anos, sexualmente ativas e que ainda menstruam já sofreram um aborto espontâneo, e só 2,1% das brasileiras declarou que ele foi provocado.
O relatório também mostrou que nos últimos dois anos a metade dos nascimentos ocorreu por cesariana, um número elevado que levou o governo a iniciar uma campanha para estimular o parto natural.
Segundo o documento, as brasileiras engravidam pela primeira vez em média com 21 anos, mas nas mulheres com menos escolaridade essa faixa cai para os 19 anos.
Outro dos aspectos tratados no estudo é o das revisões. 60% das mulheres entre 50 e 69 anos declarou ter realizado uma mamografia nos dois anos anteriores à pesquisa.
O PNS revelou, ainda que 6,2% da população adulta tinham pelo menos uma deficiência intelectual, física, auditiva ou intelectual.
A publicação, realizada com supervisão do Ministério da Saúde, contou com três períodos, o primeiro divulgado em 2014, quando foram apresentados dados sobre estados de saúde, estilo de vida e doenças crônicas.
Na segunda etapa, divulgada em junho, foram oferecidos números sobre os serviços de saúde, acidentes e violência.
Para a realização da pesquisa foram visitadas 81.767 casas em todos os estados brasileiros no segundo semestre de 2013, e 62.986 aceitaram responder ao questionário do IBGE.

Quem são os "Psicopatas do Cotidiano?" Você pode estar entre eles.


O ser humano é fascinado por histórias de psicopatas. Os vilões manipuladores que aparecem em manchetes de jornais e protagonizam filmes de terror prendem a atenção com suas atitudes perversas. O que muitos não sabem, contudo, é que além dos casos mais graves, existe um tipo de psicopata que pode até não cometer crimes absurdos, mas que diariamente afeta a vida de quem está ao seu redor.
A psiquiatra carioca Katia Mecler, de 50 anos, discorre sobre esse tipo de personalidade em seu recém-lançado livro Psicopatas do Cotidiano: como reconhecer, como conviver, como se proteger, da editora Casa da Palavra. A obra trata de pessoas que impingem um sofrimento diário a quem está próximo. Elas podem estar no ambiente de trabalho, no trânsito, no condomínio e dentro da própria família. Disse Katia ao site de VEJA, em entrevista exclusiva sobre o livro: "Todos nós podemos ser em algum momento da vida perversos, mentirosos e frios. O problema é quando isso se torna frequente -- deflagra-se uma patologia".
Como a senhora define os "psicopatas do cotidiano", termo que dá nome ao seu livro? São pessoas que desde a adolescência ou início da vida adulta desenvolveram um transtorno de personalidade e comportamento . Tais problemas têm como característica o excesso de alguns traços comportamentais, como por exemplo mentira, manipulação, egocentrismo, frieza, desconfiança e insegurança. Ao todo, são 25 traços estabelecidos pelo Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM-5), elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria.
A maneira como pensamos, nos comportamos e sentimos naturalmente não é estática. Sempre incluímos em cada ato o que há de bom e de ruim em nós. Qualquer um pode, em algum momento, ser malvado, agressivo, egoísta, arrogante, hostil, manipulador, descontrolado, explosivo... O problema é quando essas características se tornam repetitivas e inflexíveis em vários momentos da vida, chegando ao ponto de causar sofrimento ou perturbação a si mesmo e, sobretudo, aos outros. É aí que surge a patologia.
A senhora poderia dar alguns exemplos de psicopatas do cotidiano? Eles não são como os psicopatas que vemos em filmes com serial killers e não necessariamente aparecem em manchetes de jornais porque cometeram um crime. Essas pessoas fazem parte da nossa rotina e nem sabemos que elas têm um transtorno. É o chefe que desqualifica o funcionário publicamente, o namorado excessivamente grudento, o parente "esquisitão" que vive enfurnado em casa e evitar contato com outros, o vizinho que está sempre buscando motivos pra criar confusão no condomínio, os pais que frequentemente fazem chantagem emocional com os filhos para que eles tomem atitudes contrárias às suas vontades, os motoristas que perdem a cabeça no trânsito constantemente...
Eles têm consciência de que sofrem de um transtorno? Em geral, não. Eles podem se sentir diferentes, mas apenas porque acreditam que são superiores. E eles não perdem o juízo da realidade, tampouco seus sintomas aparecem na forma de surtos, com delírios e alucinações, como em casos de esquizofrenia e transtorno bipolar. A pessoa é daquele jeito e age sempre da mesma maneira em determinadas situações.
O que esses psicopatas têm em comum com aqueles que cometem crimes? Os psicopatas que cometem crimes também têm um transtorno de personalidade, que pertence ao grupo dos antissociais. Mas em um grau ainda mais severo. Eles são frios, oportunistas, impiedosos, manipuladores e mentirosos.
 É comum utilizarem o outro como trampolim para satisfazer os desejos. Eles carecem de culpa e empatia e não se importam com as regras, convenções nem com o restante da humanidade. Muito se fala sobre esses "vilões", mas poucos lembram que podemos conviver diariamente com o que chamo de "psicopatas do cotidiano".
Já se nasce psicopata? Não, ninguém nasce com personalidade definida. Ela é uma combinação entre temperamento e caráter. O temperamento é herdado geneticamente e regulado biologicamente. Já o caráter está ligado à relação que existe entre o temperamento e tudo o que vivenciamos e aprendemos com o mundo exterior, o ambiente. Nascemos com as sementes do bem e do mal, mas como elas vão germinar, crescer e dar frutos depende de uma série de fatores que irrigarão a nossa vida, como a educação que recebemos, frustrações que vivenciamos e traumas severos. É possível notar o temperamento de uma criança, mas somente depois que ele for combinado ao caráter que será formado. É isso que, no futuro, forma um psicopata.
Quem sofre mais? O próprio psicopata do cotidiano ou as pessoas que eles fazem sofrer? A maioria dos psicopatas do cotidiano não percebe o constrangimento, o mal-estar e o sofrimento que espalham ao seu redor. Então, em tese, pode-se dizer que as pessoas ao redor do psicopata do cotidiano sofrem mais do que ele. Porém, é preciso destacar que alguns traços patológicos de personalidade também acarretam muito sofrimento ao indivíduo.
Eles conseguem amar? Se houver amor, será por si próprio. Os psicopatas tendem a ser narcisistas, eles só reconhecem qualidades em si mesmos e acreditam que são pessoas muito especiais. É claro que não há nada errado em ter autoconfiança e boa autoestima, dois elementos que, quando equilibrados, trazem sociabilidade e segurança. O problema é que pessoas com traços de egocentrismo e grandiosidade levam essas características ao extremo e acreditem que suas contribuições são muito mais valiosas do que na realidade.
Há algum tratamento recomendado? Em geral, os psicopatas do cotidiano não se responsabilizam pelos próprios atos. Eles estão sempre culpando os outros e costumam injetar sentimentos de culpa no outro. Acham que o problema está fora, que o mundo os atrapalha. Para eles, quando algo não vai bem em suas vidas, o problema é dos que os cercam. Em relação ao tratamento, o mais utilizado é a psicoterapia cognitiva, técnica que leva o indivíduo a reconhecer o que ele faz e como suas atitudes inflexíveis causam prejuízos aos outros.

Um comentário:

  1. Gostaria de mais informações sobre beijar o bebe na boca. Este assunto e controverso.

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