Sete hinos nacionais são suspeitos de plágio, segundo livro.
No livro Republic or Death! Travels in Search of National Anthems (República
ou Morte! Viagens em Busca de Hinos Nacionais, em tradução literal), o escritor
Alex Marshall revela uma série de semelhanças melódicas.
Alguns dos "plágios" têm
raízes históricas – melodias tradicionais, compositores desconhecidos. Em
outros casos, há quem suspeite de, digamos, excesso de inspiração por parte do
compositor.
Em outros casos, melodias tradicionais
foram usadas como hinos nacionais durante décadas. Auld Lang Syne (que, no Brasil, virou A Valsa da Despedida ),
por exemplo, chegou a ser hino da Coreia do Sul e das ilhas Maldivas.
Alex Marshall conta que no caso do
arquipélago, o poeta que criou a nova letra conheceu a melodia quando ela tocou
no relógio de um tio.
Nem o hino brasileiro escapa das
críticas. Composto em 1822 por Francisco Manuel da Silva, com letra de Osório
Duque Estrada, ela já foi acusado de ser parecido demais com trechos da obra do
padre José Maurício Nunes Garcia, um dos maiores compositores clássicos do Brasil.
Confira abaixo alguns dos exemplos de
"plágio" encontrados por Marshall.
URUGUAI
O
compositor do hino uruguaio é um imigrante húngaro que poderia ter ouvido um
tema anterior de Donizetti .
O hino uruguaio foi escrito em 1846
por Francisco José Debali, um compositor húngaro que imigrou para o país
sul-americano em 1838, aos 47 anos.
A melodia, considerada uma das mais
bonitas e empolgantes entre os hinos nacionais, foi composta em 1846 e é usada
até hoje.
O problema é que a melodia do hino e
um tema da ópera Lucrezia Borgia, do compositor italiano Donizetti, têm
uma frase com nada menos que nove notas em comum.
A ópera estreou em Milão, na Itália
, em 1833. É possível que Debali tenha assistido a uma
apresentação antes de deixar a Europa ou mesmo no Uruguai, já que trechos dela
foram executados em Montevidéu em 1841.
Em seu livro, Alex Marshall diz, no
entanto, que os defensores de Dibali dizem que, na ópera, o tema é ouvido pela
primeira vez quase meia hora depois do início da obra.
A polêmica só veio à tona depois da
morte do compositor do hino, de forma que ele jamais teve oportunidade de comentar
o assunto..
ARGENTINA
A majestosa introdução do hino
argentino, composto por López e Parera, também já foi acusada de ser um tanto
parecida com a Sonatina número 4, opus 36, de Clementi, bem como a ária
"Non ho culpa", da ópera Idomeneo, de Mozart. No entanto, o
trecho é muito curto. Para Marshall, as acusações parecem
"exageradas".
BÓSNIA
De
origem sérvia, o compositor do hino bósnio Dusan Sestic diz que 'não pode dizer
que foi plágio'
O hino bósnio foi o resultado de uma
competição lançada em 1998 para escolher o tema do recém-criado país, depois da
guerra que fracionou a Iugoslávia. Dusan Sestic, bósnio de origem sérvia,
ganhou o concurso e enfrentou a ira de outros bósnios e de croatas por sua
etnia. Mesmo sérvios – insatisfeitos com a criação do novo Estado – o acusaram
de traição.
Para piorar as coisas, em 2009 Sestic
foi acusado de ter plagiado a música-tema do filme Clube dos Cafajestes,
de 1978.
O escritor Alex Marshall diz que Dusan
Sestic se explicou dizendo que pode até ter ouvido a música na sua juventude e
admite que ela poderia "ter grudado no meu cérebro".
"Isso é possível. Mas não posso
dizer que foi plágio", disse, segundo Marshall.
ÁFRICA DO SUL
Outro exemplo considerado
"exagerado" por Marshall é a delicada melodia de Nkosi Sikelel'
iAfrika, incorporada ao hino.
Muitos dizem que o seu compositor,
Enoch Sontonga, teria se inspirado na melodia de Aberystwyth do
compositor galês Joseph Parry.
LIECHTENSTEIN
O hino do pequeno principado encravado
entre a Suíça
e a Áustria se chama . Apesar do nome e letra diferentes,
a melodia é idêntica à do hino britânico, . Neste caso, não se trata de mera
coincidência.
O hino britânico é considerado o
pioneiro desde que a sua melodia, tomada de uma música folclórica em 1745, foi
usada para comemorar a restauração dos Stuart ao trono. A família não ficou
muito tempo no poder, mas a música se transformou em sinônimo de hinos
nacionais.
Tanto assim que vários Estados-Nações
a adotaram como hino por vários anos. Desde a Dinamarca e boa parte da atual
Alemanha à Rússia.
A moda pegou
de tal forma que até o Reino do Havaí tinha a sua própria letra para a melodia
tradicional.
ESTÔNIA E FINLÂNDIA
A
Estônia compartilha a melodia do seu hino com a Finlândia; compositor é um
alemão .
Os
dois países separados pelo Mar Báltico dividem a melodia do hino.
Curiosamente, o autor é um compositor
alemão, Fredrik Pacius, que por sua vez teria tomado a melodia emprestada de
uma canção de bar do seu país natal, segundo Alex Marshall.
ISRAEL
O compositor do hino
israelense, Hatikvah, Samuel Cohen, disse que aproveitou uma melodia
folclórica romena para compor o tema em 1888.
No entanto, segundo Marshall, há quem
diga que a peça é um plágio de uma música do compositor tcheco Bedrich Smetana.
Em todo o caso, segundo Alex Marshall,
existem registros mais antigos na Itália de uma melodia muito semelhante no
século 17.BBC BRASIL.com
Novas evidências reforçam a teoria de que Jesus era casado.
Novos testes em um controverso
fragmento de papiro reforçam as evidências de que Jesus tinha uma esposa. O
“Evangelho da Esposa de Jesus”, como foi nomeado, é um excerto, não maior do
que um cartão de crédito, contendo um texto cóptico que traria referências de
Jesus dizendo as palavras “minha esposa” e também se referindo a uma discípula
chamada “Maria”. As informações são do The
Independent .
Estudos feitos no ano passado
estipularam que o documento foi originado entre os séculos VI e IX Depois de
Cristo (D.C.). Mas Christian Askeland, pesquisador associado do Instituto de
Pesquisa Bíblica e Septuaginta de Wuppertal, na Alemanha, acredita que as
similaridades entre o evangelho e o papiro contendo o Evangelho de
João indicam que ambos são falsos.
Segundo o professor, a datação feita
por radiocarbono mostrou que o Evangelho de João foi escrito há 1200 anos e em
uma língua extinta há 300, portanto, o documento era falso. De acordo com ele,
a chance do Evangelho da Esposa de Jesus ter sido escrito pelo mesmo autor é
grande, o que comprovaria que ambos são forjados.
Porém, pesquisadores da Universidade de
Columbia estão fazendo novos testes e dizem que os primeiros resultados
descartam a teoria de Askeland.
James Yardley, que está trabalhando
nas pesquisas, disse à publicação LiveScience que “em nossos primeiros testes,
já podemos dizer que as tintas usadas nos dois papiros (no Evangelho da Esposa
de Jesus e no Evangelho de João) são bem diferentes. Os resultados recentes
confirmam fortemente essa observação”. Yardley afirmou que não daria mais
detalhes até que o estudo fosse divulgado.
Apesar das evidências levarem a
crer que o evangelho encontrado seja verdadeiro, ainda não há uma resposta de
como isso afetaria o cristianismo.
A professora Karen King, especialista
da área de teologia de Harvard, que anunciou a descoberta do texto em 2012,
disse que enquanto o documento não prova concretamente que Jesus tinha uma
esposa, ele pode iniciar um debate sobre os primeiros cristãos e se o “modo
ideal” de viver é o celibatário.
Ela também já havia afirmado no ano
passado que o “principal tópico” do papiro é se mulheres que eram mães e
esposas também podiam ser discípulas. “Esse fragmento do Evangelho nos dá
um motivo para reconsiderar o que pensávamos saber sobre o status conjugal de
Jesus e as controvérsias que isso gerou na forma que os cristãos encaram o casamento,
celibato e família”, afirmou a pesquisadora em 2012, época da descoberta.
Poeira de nossas casas tem mais de 9 mil tipos de micróbios, indica estudo.
Pesquisadores da Universidade do
Colorado, nos Estados Unidos, analisaram a poeira coletada em 1,2 mil
residências americanas e descobriram que esta é a média de tipos de bactérias e
fungos encontrados na poeira de uma casa comum.
Divulgado na publicação científica Proceedings
of the Royal Society B., o estudo faz parte do projeto "A Vida
Selvagem de Nossas Casas", em que voluntários enviaram amostras da poeira
acumulada no batente de portas, locais que costumam ser ignorados durante uma
limpeza, segundo os cientistas.
"Sabemos há muito tempo que
micróbios habitam nossas casas. O que estamos fazendo agora é aplicar a velha e
boa ciência para ver como eles variam de acordo com espaço onde são
encontrados", afirma Noah Fierer, professor de ecologia e biologia
evolutiva.
Bactérias e fungos
Os pesquisadores chegaram à conclusão
de que uma casa comum costuma ter mais de dois mil tipos diferentes de fungos e
que seu tipo varia de acordo com a localização da residência.
"A maioria dos fungos encontrados
nas casas aparentemente vem de fora dela", afirma Fierer. "Eles
entram por meio das roupas ou janelas e portas abertas. Por isso, a melhor
forma de prever que tipo de fungo habita uma casa é ver onde ela fica."
Os cientistas ainda descobriram uma
média de sete mil bactérias diferentes por casa. Algumas delas estão
relacionadas à pele humana, mas foram encontradas espécies ligadas a fezes.
Nesse caso, a variedade depende não da
localização da casa, mas de quem a habita.
"Encontramos bactérias diferentes
em casas em que moram mulheres do que naquelas habitadas apenas por
homens", diz Fierer. "Há tipos de bactérias mais comumente associados
ao corpo feminino do que ao masculino, e pudemos ver isso na poeira."
Animais de estimação
"Ter um gato ou um cachorro
impacta significativamente as bactérias encontradas em uma casa", explica
Fierer. "Foi surpreendente para nós encontrar uma influência tão grande –
maior do que qualquer outro fator."
Apesar de o estudo ter sido realizado
nos Estados Unidos, o cientista afirma que os resultados são relevantes para
casas em outras partes do mundo.
Agora, os pesquisadores
querem descobrir como estes micro-organismos podem afetar a saúde humana.
Apesar de alguns estarem ligados a doenças e alergias, a maioria deles
provavelmente é inofensiva, segundo os cientistas, e pode até mesmo ser
benéfica.
"As pessoas não precisam se
preocupar com os micróbios em suas casas. Eles estão ao redor de nós, em nossas
peles, em nossos lares – e maioria deles não faz mal algum", afirma
Fierer.
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