segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Por Alfredo Brites



Sete hinos nacionais são suspeitos de plágio, segundo livro.

 

No livro Republic or Death! Travels in Search of National Anthems (República ou Morte! Viagens em Busca de Hinos Nacionais, em tradução literal), o escritor Alex Marshall revela uma série de semelhanças melódicas.
Alguns dos "plágios" têm raízes históricas – melodias tradicionais, compositores desconhecidos. Em outros casos, há quem suspeite de, digamos, excesso de inspiração por parte do compositor.
Em outros casos, melodias tradicionais foram usadas como hinos nacionais durante décadas. Auld Lang Syne (que, no Brasil, virou A Valsa da Despedida ), por exemplo, chegou a ser hino da Coreia do Sul e das ilhas Maldivas.
Alex Marshall conta que no caso do arquipélago, o poeta que criou a nova letra conheceu a melodia quando ela tocou no relógio de um tio.
Nem o hino brasileiro escapa das críticas. Composto em 1822 por Francisco Manuel da Silva, com letra de Osório Duque Estrada, ela já foi acusado de ser parecido demais com trechos da obra do padre José Maurício Nunes Garcia, um dos maiores compositores clássicos do Brasil.
Confira abaixo alguns dos exemplos de "plágio" encontrados por Marshall.

URUGUAI

O compositor do hino uruguaio é um imigrante húngaro que poderia ter ouvido um tema anterior de Donizetti .
O hino uruguaio foi escrito em 1846 por Francisco José Debali, um compositor húngaro que imigrou para o país sul-americano em 1838, aos 47 anos.
A melodia, considerada uma das mais bonitas e empolgantes entre os hinos nacionais, foi composta em 1846 e é usada até hoje.
O problema é que a melodia do hino e um tema da ópera Lucrezia Borgia, do compositor italiano Donizetti, têm uma frase com nada menos que nove notas em comum.
A ópera estreou em Milão, na Itália , em 1833. É possível que Debali tenha assistido a uma apresentação antes de deixar a Europa ou mesmo no Uruguai, já que trechos dela foram executados em Montevidéu em 1841.
Em seu livro, Alex Marshall diz, no entanto, que os defensores de Dibali dizem que, na ópera, o tema é ouvido pela primeira vez quase meia hora depois do início da obra.
A polêmica só veio à tona depois da morte do compositor do hino, de forma que ele jamais teve oportunidade de comentar o assunto..

ARGENTINA

A majestosa introdução do hino argentino, composto por López e Parera, também já foi acusada de ser um tanto parecida com a Sonatina número 4, opus 36, de Clementi, bem como a ária "Non ho culpa", da ópera Idomeneo, de Mozart. No entanto, o trecho é muito curto. Para Marshall, as acusações parecem "exageradas".

BÓSNIA

De origem sérvia, o compositor do hino bósnio Dusan Sestic diz que 'não pode dizer que foi plágio'
O hino bósnio foi o resultado de uma competição lançada em 1998 para escolher o tema do recém-criado país, depois da guerra que fracionou a Iugoslávia. Dusan Sestic, bósnio de origem sérvia, ganhou o concurso e enfrentou a ira de outros bósnios e de croatas por sua etnia. Mesmo sérvios – insatisfeitos com a criação do novo Estado – o acusaram de traição.
Para piorar as coisas, em 2009 Sestic foi acusado de ter plagiado a música-tema do filme Clube dos Cafajestes, de 1978.
O escritor Alex Marshall diz que Dusan Sestic se explicou dizendo que pode até ter ouvido a música na sua juventude e admite que ela poderia "ter grudado no meu cérebro".
"Isso é possível. Mas não posso dizer que foi plágio", disse, segundo Marshall.

ÁFRICA DO SUL

Outro exemplo considerado "exagerado" por Marshall é a delicada melodia de Nkosi Sikelel' iAfrika, incorporada ao hino.
Muitos dizem que o seu compositor, Enoch Sontonga, teria se inspirado na melodia de Aberystwyth do compositor galês Joseph Parry.

LIECHTENSTEIN

O hino do pequeno principado encravado entre a Suíça e a Áustria se chama . Apesar do nome e letra diferentes, a melodia é idêntica à do hino britânico, . Neste caso, não se trata de mera coincidência.
O hino britânico é considerado o pioneiro desde que a sua melodia, tomada de uma música folclórica em 1745, foi usada para comemorar a restauração dos Stuart ao trono. A família não ficou muito tempo no poder, mas a música se transformou em sinônimo de hinos nacionais.
Tanto assim que vários Estados-Nações a adotaram como hino por vários anos. Desde a Dinamarca e boa parte da atual Alemanha à Rússia.
A moda pegou de tal forma que até o Reino do Havaí tinha a sua própria letra para a melodia tradicional.

ESTÔNIA E FINLÂNDIA

A Estônia compartilha a melodia do seu hino com a Finlândia; compositor é um alemão .
Os dois países separados pelo Mar Báltico dividem a melodia do hino.
Curiosamente, o autor é um compositor alemão, Fredrik Pacius, que por sua vez teria tomado a melodia emprestada de uma canção de bar do seu país natal, segundo Alex Marshall.

ISRAEL

O compositor do hino israelense, Hatikvah, Samuel Cohen, disse que aproveitou uma melodia folclórica romena para compor o tema em 1888.
No entanto, segundo Marshall, há quem diga que a peça é um plágio de uma música do compositor tcheco Bedrich Smetana.
Em todo o caso, segundo Alex Marshall, existem registros mais antigos na Itália de uma melodia muito semelhante no século 17.BBC BRASIL.com

Novas evidências reforçam a teoria de que Jesus era casado.

 

Novos testes em um controverso fragmento de papiro reforçam as evidências de que Jesus tinha uma esposa. O “Evangelho da Esposa de Jesus”, como foi nomeado, é um excerto, não maior do que um cartão de crédito, contendo um texto cóptico que traria referências de Jesus dizendo as palavras “minha esposa” e também se referindo a uma discípula chamada “Maria”. As informações são do The Independent .
Estudos feitos no ano passado estipularam que o documento foi originado entre os séculos VI e IX Depois de Cristo (D.C.). Mas Christian Askeland, pesquisador associado do Instituto de Pesquisa Bíblica e Septuaginta de Wuppertal, na Alemanha, acredita que as similaridades entre o evangelho e o papiro contendo o Evangelho de João indicam que ambos são falsos.
Segundo o professor, a datação feita por radiocarbono mostrou que o Evangelho de João foi escrito há 1200 anos e em uma língua extinta há 300, portanto, o documento era falso. De acordo com ele, a chance do Evangelho da Esposa de Jesus ter sido escrito pelo mesmo autor é grande, o que comprovaria que ambos são forjados.
Porém, pesquisadores da Universidade de Columbia estão fazendo novos testes e dizem que os primeiros resultados descartam a teoria de Askeland.
James Yardley, que está trabalhando nas pesquisas, disse à publicação LiveScience que “em nossos primeiros testes, já podemos dizer que as tintas usadas nos dois papiros (no Evangelho da Esposa de Jesus e no Evangelho de João) são bem diferentes. Os resultados recentes confirmam fortemente essa observação”. Yardley afirmou que não daria mais detalhes até que o estudo fosse divulgado.
Apesar das evidências levarem a crer que o evangelho encontrado seja verdadeiro, ainda não há uma resposta de como isso afetaria o cristianismo.
A professora Karen King, especialista da área de teologia de Harvard, que anunciou a descoberta do texto em 2012, disse que enquanto o documento não prova concretamente que Jesus tinha uma esposa, ele pode iniciar um debate sobre os primeiros cristãos e se o “modo ideal” de viver é o celibatário.
Ela também já havia afirmado no ano passado que o “principal tópico” do papiro é se mulheres que eram mães e esposas também podiam ser discípulas. “Esse fragmento do Evangelho nos dá um motivo para reconsiderar o que pensávamos saber sobre o status conjugal de Jesus e as controvérsias que isso gerou na forma que os cristãos encaram o casamento, celibato e família”, afirmou a pesquisadora em 2012, época da descoberta.

Poeira de nossas casas tem mais de 9 mil tipos de micróbios, indica estudo.

 

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, analisaram a poeira coletada em 1,2 mil residências americanas e descobriram que esta é a média de tipos de bactérias e fungos encontrados na poeira de uma casa comum.
Divulgado na publicação científica Proceedings of the Royal Society B., o estudo faz parte do projeto "A Vida Selvagem de Nossas Casas", em que voluntários enviaram amostras da poeira acumulada no batente de portas, locais que costumam ser ignorados durante uma limpeza, segundo os cientistas.
"Sabemos há muito tempo que micróbios habitam nossas casas. O que estamos fazendo agora é aplicar a velha e boa ciência para ver como eles variam de acordo com espaço onde são encontrados", afirma Noah Fierer, professor de ecologia e biologia evolutiva.

Bactérias e fungos

Os pesquisadores chegaram à conclusão de que uma casa comum costuma ter mais de dois mil tipos diferentes de fungos e que seu tipo varia de acordo com a localização da residência.
"A maioria dos fungos encontrados nas casas aparentemente vem de fora dela", afirma Fierer. "Eles entram por meio das roupas ou janelas e portas abertas. Por isso, a melhor forma de prever que tipo de fungo habita uma casa é ver onde ela fica."
Os cientistas ainda descobriram uma média de sete mil bactérias diferentes por casa. Algumas delas estão relacionadas à pele humana, mas foram encontradas espécies ligadas a fezes.
Nesse caso, a variedade depende não da localização da casa, mas de quem a habita.
"Encontramos bactérias diferentes em casas em que moram mulheres do que naquelas habitadas apenas por homens", diz Fierer. "Há tipos de bactérias mais comumente associados ao corpo feminino do que ao masculino, e pudemos ver isso na poeira."

Animais de estimação

Animais de estimação são apontados por estudo como 'principal fator' para tipo de micróbios encontrados .
"Ter um gato ou um cachorro impacta significativamente as bactérias encontradas em uma casa", explica Fierer. "Foi surpreendente para nós encontrar uma influência tão grande – maior do que qualquer outro fator."
Apesar de o estudo ter sido realizado nos Estados Unidos, o cientista afirma que os resultados são relevantes para casas em outras partes do mundo.
 Agora, os pesquisadores querem descobrir como estes micro-organismos podem afetar a saúde humana. Apesar de alguns estarem ligados a doenças e alergias, a maioria deles provavelmente é inofensiva, segundo os cientistas, e pode até mesmo ser benéfica.
"As pessoas não precisam se preocupar com os micróbios em suas casas. Eles estão ao redor de nós, em nossas peles, em nossos lares – e maioria deles não faz mal algum", afirma Fierer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário