sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Por Alfredo Brites

Noites sem ronco.

 Mais da metade dos adultos roncam. Além do incômodo sentido por quem ronca e por quem dorme ao lado, o ronco pode ser sinal da existência de apneia do sono (interrupção recorrente da respiração durante o sono). O problema está associado ao aumento do risco para enfermidades cardiovasculares por causa das alterações metabólicas e nervosas que pode ocasionar. Um tratamento criado por pesquisadores do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, oferece uma solução simples para reduzir bastante o barulho e ajudar a evitar as paradas respiratórias intermitentes. De acordo com os cientistas, a terapia diminuiu a frequência do ronco em 36% e sua potência, em 60%. Artigo descrevendo o trabalho brasileiro foi publicado na revista científica CHEST.

O ronco é o som provocado pela vibração dos tecidos da faringe durante a passagem de ar. Entre suas causas estão características fisiológicas (a garganta humana é bem estreita), o acúmulo de gordura no pescoço, que obstruí ainda mais a passagem de ar, e o envelhecimento, quando a musculatura da região fica mais flácida.
A terapia desenvolvida no Laboratório do Sono do InCor consiste na realização, três vezes por dia, de seis exercícios indicados para fortalecer os músculos (leia mais no quadro). Teve como base outra técnica, formulada no instituto pela fonoaudióloga Kátia Guimarães para tratar apneia do sono de grau moderado. Sua principal vantagem em relação à anterior é a de ser mais simples de ser seguida, aumentando a adesão dos pacientes. “É preciso disciplina para seguir o tratamento”, afirma o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, orientador do trabalho, conduzido pela fonoaudióloga Vanessa Ieto. “Mas até hoje não havia registro científico de um tratamento que associasse eficácia e facilidade para ser adotada pelo paciente.” Os exercícios devem ser realizados junto às atividades cotidianas, como no caminho de casa para o trabalho.
CUIDADO
O médico Lorenzi Filho recomenda que o paciente se submeta a uma
avaliação especializada antes de iniciar a terapia.
O desenvolvimento do método e a medição de sua eficácia foram possíveis após a criação de um aparelho capaz de medir o ronco. O “roncômetro” é uma invenção resultante da parceria entre o InCor e o Instituto de Física da Universidade de São Paulo. O equipamento grava o som e fornece sua frequência e intensidade. “Este recurso permitiu que tivéssemos uma medida objetiva do ronco”, explica Lorenzi Filho.
A terapia foi testada em 39 pacientes com idade entre 20 e 65 anos. Depois de passarem pelo exame do ronco e por uma polissonografia (indicado para detectar distúrbios do sono), eles foram divididos em três grupos. O primeiro foi composto por portadores de ronco primário. Os outros dois tiveram a participação de pacientes com ronco associado à apneia do sono de grau leve e de grau moderado.
Parte dos voluntários submeteu-se à terapia do InCor. O restante seguiu um tratamento baseado em exercícios respiratórios e uso de dilatador nasal. Além da eficiência no controle do som emitido durante a noite, aqueles que seguiram o sistema da instituição paulista apresentaram uma redução na circunferência do pescoço.
 

USP é universidade brasileira melhor classificada em ranking.

 

A Universidade de São Paulo (USP) foi a mais bem colocada entre as instituições latinas avaliadas pelo Academic Ranking of Word Universities (ARWU), divulgado no último sábado (15). A universidade ficou no grupo entre a 100ª e a 150ª posição, a mesma classificação alcançada em 2014.
O ranking é elaborado pelo Center for World-Class Universities da Shanghai Jiao Tong University, que avalia as 500 melhores universidades do mundo.
Harvard manteve a liderança, seguida por Stanford e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Com exceção das universidades inglesas de Cambridge (5ª posição) e de Oxford (10ª posição), as demais instituições que ocupam os 10 primeiros lugares são norte-americanas.
Além da USP, outras cinco instituições brasileira integram a lista. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ficaram no grupo entre a 301ª e a 400ª posição. Já a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ocupam o grupo entre a 401ª e 500ª colocação.
Seis indicadores são utilizados para classificar as instituições, incluindo o número de ex-alunos e docentes ganhadores de Prêmios Nobel, número dos pesquisadores mais citados, quantidade de artigos publicados nas revistas Nature e Science, número de artigos indexados no Science Citation Index – Expanded e Social Sciences Citation Index e o desempenho de pesquisa per capita relativa ao tamanho da instituição.
Classificação por área
Além da classificação principal, também foram publicados rankings de acordo com a área geral e com a área de concentração.
Nas áreas de Ciências Naturais e Matemática, Engenharia, Tecnologia e Ciências da Computação, Ciências Agrícolas e da Vida e de Medicina Clínica e Farmácia, a USP ficou no grupo das 100ª a 150ª melhores universidades.
Em relação às áreas de concentração, a USP subiu para o grupo das 76-100ª melhores universidades na área de Matemática e foi classificada no grupo de 151-200ª nas áreas de Física, Química e Ciências da Computação.

Vida de Jane Austen pode ser tema de comédia romântica.


A vida da escritora Jane Austen poderá, novamente, ser tema de um filme. Segundo o site Tracking Board, a autora inglesa será protagonista de uma comédia romântica, baseada no livro Jane By the Sea, romance de estreia de Carolyn V Murray. A produção pretende mostrar os relacionamentos da juventude de Jane, que a influenciaram a escrever seus principais trabalhos.
Ainda de acordo com o site, as cenas vão mesclar momentos da vida pessoal da escritora com imagens de seus personagens da literatura, enquanto eles nascem nas páginas dos livros. A produção independente ainda não tem elenco nem diretor confirmados. A autora da biografia ficou responsável pelo roteiro.
Criadora de obras famosas como Orgulho e Preconceito, Emma e Razão e Sensibilidade, livros, aliás, que já foram adaptados para o cinema e serviram de inspiração para diversos filmes, como Patricinhas de Beverly Hills e O Diário de Bridget Jones, Jane teve sua vida explorada pela sétima arte no longa Amor e Inocência (2007), com Anne Hathaway no papel principal.

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