terça-feira, 18 de agosto de 2015

Por Alfredo Brites






Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” A famosa frase é do livro O Pequeno Príncipe, do francês Antoine de Sanint-Exupéry, uma das obras mais vendidas em todo o mundo e que, até o fim de 2015, será lançada em forma de animação. A adaptação será dirigida por Mark Osborne, diretor de do longa animado “Kung Fu Panda” e traz vozes de famosos como James Franco (raposa), Marion Corillard (a rosa) e Benicio Del Toro (a cobra).
O primeiro trailer do filme, distribuído no Brasil pela Paris Filmes, trazia como trilha sonora o belíssimo cover de Lily Allen da música Somewhere Only We Know .
UPDATE: O filme foi exibido pela primeira vez no Brasil no último mês  de julho, em sessão livre na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. E agora que estamos perto da estreia nos cinemas, foi divulgado um novo trailer, com cenas inéditas.

Quais exames médicos valem a pena?

 

O número de exames médicos a que uma pessoa pode se submeter parece ter se multiplicado nos últimos anos. Os preços destes exames, para quem faz pela rede privada de saúde, são altos e, no caso de quem usa a rede pública, a espera pode ser longa.
Com isso, surge a pergunta: quais exames que realmente vale a pena fazer? O médico e apresentador da BBC Michael Mosley avaliou este questionamento se submetendo a uma série destes exames.
Comecei com exames para detectar problemas cardíacos, pois é a principal causa de morte prematura na Grã-Bretanha. Os exames básicos são grátis no NHS (serviço público de saúde britânico) e relativamente simples.
Primeiro, fiz um exame de sangue para medir coisas como colesterol. Então fui à minha médica clínica geral, Sally Jenkins, que mediu minha altura, peso e pressão arterial.
Ela colocou todos estes dados em um calculador online chamado qrisk e a resposta que obteve foi de que tenho 10% de risco de ter um ataque cardíaco ou derrame nos próximos dez anos.
Isto não me pareceu ótimo, mas é um pouco melhor do que a média para alguém da minha idade. De qualquer forma, segundo Sally, os regulamentos para procedimentos neste caso sugerem que eu deveria fazer um tratamento com estatinas.
Tenho uma atitude ambivalente em relação às estatinas. Por um lado elas podem reduzir o risco de morte se você tem doença cardíaca, mas os benefícios para os que aparentemente são saudáveis são menos claros.
As estatinas também têm efeitos colaterais, como o aumento do risco de diabetes tipo 2.
— É grave?
O cardiologista não mediu as palavras.
— Sim. Não quero parecer muito dramático, mas estas são as perigosas devido à propensão e imprevisibilidade para causar ataques cardíacos em alguém que está totalmente bem, não tem sintomas, vive uma vida normal. Você sai de manhã para trabalhar e não volta para casa.
Por esta razão, elas são conhecidas entre os médicos como "fazedoras de viúvas".
O médico não conseguiu me dizer quais eram as chances deste episódio acontecer, "se fizéssemos isto, seria medicina (ao estilo da série de ficção científica) Star Trek", mas ele me aconselhou a tomar a estatina "pois as placas moles (tratadas) com estatinas, metaforicamente falando, têm o colesterol chupado para fora delas".
Entrei no consultório bem alegre e saí de lá com a expressão "fazedora de viúva" no meu cérebro.
E este é o problema com alguns destes exames particulares - eles podem não dar mais detalhes sobre o risco de problema cardíaco que um simples exame da rede pública, e podem te deixar muito mais preocupado.
Câncer
O câncer é a doença que apresenta o segundo maior risco de morte para as pessoas, mas os exames para detectar a doença geram polêmica. Muitos críticos afirmam que estes exames podem prejudicar mais do que ajudar.
Um exemplo é o exame para detectar câncer de mama, que está disponível na rede pública de saúde da Grã-Bretanha para todas as mulheres entre 50 e 70 anos de idade - e este limite de idade deve aumentar para 73 em 2016.
Um mamograma colorizado em raio-X Reprodução/BBC Brasil
Um relatório feito no país, chamado de Marmot Report, analisou as provas de eficácia deste programa e concluiu que o exame salvou 1,4 mil vidas por ano.
O Nordic Cochrane Centre, em Copenhague, na Dinamarca, é um centro respeitado de colaboração internacional entre cientistas e instituições. E discorda do relatório.
Segundo o centro dinamarquês, pelo fato de termos melhores tratamentos para câncer de mama, a defesa da mamografia ficou prejudicada e, estudos recentes "mostram pouca ou nenhuma redução da incidência de cânceres avançados com o exame".
Iona Heath, ex-presidente do Royal College de Clínicos Gerais, já critica o exame há muito tempo e diz que não escolheria fazê-lo.
— Minha decisão pessoal é esperar até detectar um caroço no seio e então conseguir o melhor tratamento que tiver.
Robin Wilson, presidente da Diretoria de Aconselhamento sobre Exames de Mamas da Grã-Bretanha, acredita que o exame salva vidas, mas reconhece que há riscos.
— As mulheres precisam saber o que são estes riscos e como eles se equilibram com os benefícios para fazer uma escolha bem informada - o que nós na profissão de médicos precisamos fazer é melhorar na descoberta de qual (caso de) câncer não precisamos tratar.
Próstata
O câncer de próstata mata 10 mil homens a cada ano na Grã-Bretanha, mas seu exame é ainda mais polêmico que a mamografia.
E isto se deve à já conhecida falta de precisão do PSA (o exame antígeno prostático específico).
Assim como no caso do câncer de mama, o problema é que você não sabe qual tumor detectado vai crescer de forma agressiva e qual não vai.
Se um tumor é detectado, existem várias opções, desde cirurgia até radioterapia (os efeitos colaterais incluem incontinência e impotência). Ou simplesmente esperar, observando de forma mais atenta a saúde do paciente.
O médico aguarda para saber se o tumor é agressivo e cresce rapidamente ou se é relativamente benigno. O diretor Vincent Gnanapragasam de um programa de monitoramento no hospital Addenbrokes, em Cambridge, Inglaterra, explicou mais sobre o estudo.
— Houve um estudo que envolveu homens com todos os tipos de câncer de próstata e, de forma aleatória, escolheu uns para passar por uma cirurgia radical enquanto outros não fizeram nada e, depois de dez anos, não havia nenhuma diferença real na sobrevivência geral. Mais importante, os homens com baixo risco de câncer não apresentaram nenhuma prova de benefício depois do tratamento radical.
Em uma coisa todos os especialistas que consultei concordaram: vale a pena fazer um exame para detectar câncer no intestino. E os médicos disseram que até eles passariam por este exame.
Não é o exame mais glamuroso, mas este pode salvar sua vida.

Após reaproximação com Cuba, conheça os 3 países que ainda não têm relações com os EUA.


A bandeira dos Estados Unidos voltou a ser hasteada em Havana na sexta-feira, pela primeira vez em 54 anos, na reabertura da embaixada americana em Cuba.
O funcionamento das representações diplomáticas dos dois países - oficializado desde 20 de junho - reduz a lista de países com os quais Washington não mantém relações oficiais.
Veja quais são esses países e o que levou ao rompimento diplomático:

Butão

Dos três países da lista, o Butão talvez seja o caso mais inusitado, já que o país nunca teve conflitos ou rusgas com os EUA.
Mas apenas dois países, Bangladesh e Índia, têm embaixada na capital butanesa, Timfu.
O Butão é um pequeno, remoto e empobrecido reino enclavado no Himalaia, entre dois poderosos vizinhos: Índia e China.
Sem saída para o mar e quase totalmente isolado durante séculos, o país deixou entrar alguns aspectos do mundo exterior - houve uma abertura nas décadas de 1960 e 1970, quando se tornou membro da ONU - ao mesmo tempo em que protege ferozmente suas tradições.
Ainda que Butão e EUA nunca tenham estabelecido relações diplomáticas formais, mantêm laços cordiais e informais por meio da embaixada americana em Nova Déli, na Índia, que cumpre funções consulares aos butaneses, e pela missão do Butão em Nova York, na ONU.
Segundo o Departamento de Estado americano, o governo convida anualmente participantes butaneses aos EUA via programas acadêmicos.
Em janeiro deste ano, o secretário de Estado, John Kerry, se reuniu com Tshering Tobgay, premiê butanês, durante uma cúpula regional em Ahmedabad, Índia.
Esse encontro foi a primeira reunião entre um chefe da diplomacia americana e um líder butanês. O estabelecimento das relações diplomáticas não foi discutido.

Irã

A imagem de bandeiras americanas sendo incendiadas ou pisoteadas nas ruas de Teerã se tornou comum depois da Revolução Islâmica de 1979.
Naquele ano, o xá Reza Pahlevi apoiado pelos EUA foi derrubado, e o país se converteu numa República Islâmica - os clérigos assumiram o controle político, sob o mando do aiatolá Khomeini.
O líder supremo chegou a se referir aos EUA como o "grande satã", e a partir de então foi assim que o país passou a ser chamado no Irã.
Washington havia estabelecido relações diplomáticas com a Pérsia em 1883, mas estas foram rompidas em 1980, depois que um grupo de estudantes iranianos invadiu a embaixada americana em Teerã e manteve 52 pessoas como reféns durante vários meses.
Os estudantes protestavam pelo fato de os EUA terem dado asilo ao xá, recém-derrocado do poder.
Em 2002, o então presidente dos EUA George W. Bush declarou o Irã parte de um "eixo do mal".
E, ainda que Barack Obama tenha adotado um tom menos agressivo, Washington continuou por anos acusando o Irã de tentar desenvolver armas nucleares. Teerã, por sua vez, sempre alegou que suas ambições nucleares têm fins pacíficos.
Acordo nuclear aliviou tensões entre EUA e Irã
Após um longo caminho de diálogo, um grupo de seis potências mundiais - incluindo os EUA - assinou em junho um acordo nuclear com o Irã, que alivia o embargo econômico contra Teerã em troca de mais supervisão externa sobre seu programa atômico.
Ao mesmo tempo, Israel, tradicional aliado americano e opositor ao acordo nuclear, também sempre foi um fator determinante na ausência de relações entre EUA e Irã.
Como diz o próprio Departamento de Estado americano, o fato de o Irã não ter reconhecido o direito de Israel a existir como país é um "obstáculo às possibilidades de paz no Oriente Médio por ter armado militantes, incluindo (o grupo islâmico palestino) Hamas, (o libanês) Hezbollah e a Jihad Islâmica Palestina".

Coreia do Norte

A Coreia do Norte é, há décadas, uma das sociedades mais fechadas do mundo.
País relativamente jovem - formado em 1948 -, com um regime de governo nominalmente comunista, a Coreia do Norte tem sua história guiada pelo líder Kim Il-sung. Apesar de ele ter morrido em 1994, foi nomeado presidente "eterno".
Os EUA nunca tiveram relações diplomáticas com a Coreia do Norte, mas sim com a dinastia Joseon, em 1882, cinco décadas antes da divisão da península coreana.
A partir de 1910 e durante 35 anos, o Japão exerceu poder colonial sobre a Coreia, algo que, somado aos desdobramentos da Segunda Guerra Mundial, acabou dividindo a península em duas zonas de ocupação: uma ligado à União Soviética, no norte, e outra aos EUA, no sul.
Os dois territórios não conseguiram se unificar e, em 1948, foram estabelecidas oficialmente duas nações: a República da Coreia, no sul, e a República Popular Democrática da Coreia, no norte.
Desde então, os EUA têm respaldado os interesses sul-coreanos, liderando inclusive sua defesa à ofensiva do Norte durante a Guerra da Coreia, em 1950.
Hoje, a embaixada da Suécia em Pyongyang oferece serviços consulares limitados aos cidadãos americanos.
A Coreia do Norte, por sua vez, não tem embaixada em Washington, mas tem uma missão na ONU.
Apesar da ausência de laços diplomáticos entre os governos, os EUA têm jurisdição para auxiliar a Coreia do Norte com programas humanitários, em particular durante períodos de fome extrema.
O programa nuclear norte-coreano é outro ponto de conflito constante entre os dois países.
Diversos esforços internacionais para frear as ambições atômicas de Pyongyang levaram à assinatura de alguns acordos parciais e intermitentes, mas constantemente sabotados por testes nucleares norte-coreanos.

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