“Tu
te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” A famosa
frase é do livro O
Pequeno Príncipe, do francês Antoine de Sanint-Exupéry, uma das obras
mais vendidas em todo o mundo e que, até o fim de 2015, será lançada em forma
de animação. A adaptação será dirigida por Mark Osborne, diretor de do longa animado
“Kung Fu Panda” e traz vozes de famosos como James Franco (raposa), Marion
Corillard (a rosa) e Benicio Del Toro (a cobra).
O primeiro trailer do filme,
distribuído no Brasil pela Paris Filmes, trazia como trilha
sonora o belíssimo cover de Lily
Allen da música Somewhere
Only We Know .
UPDATE:
O filme foi exibido pela primeira vez no Brasil no último mês de julho, em sessão livre na Cinemateca Brasileira,
em São Paulo. E agora que estamos perto da estreia nos cinemas, foi divulgado
um novo trailer, com cenas inéditas.
Quais exames médicos valem a pena?
O número de exames médicos a que uma
pessoa pode se submeter parece ter se multiplicado nos últimos anos. Os preços
destes exames, para quem faz pela rede privada de saúde, são altos e, no caso
de quem usa a rede pública, a espera pode ser longa.
Com isso, surge a pergunta: quais
exames que realmente vale a pena fazer? O médico e apresentador da BBC Michael
Mosley avaliou este questionamento se submetendo a uma série destes exames.
Comecei com exames para detectar
problemas cardíacos, pois é a principal causa de morte prematura na
Grã-Bretanha. Os exames básicos são grátis no NHS (serviço público de saúde
britânico) e relativamente simples.
Primeiro, fiz um exame de sangue para
medir coisas como colesterol. Então fui à minha médica clínica geral, Sally
Jenkins, que mediu minha altura, peso e pressão arterial.
Ela colocou todos estes dados em um
calculador online chamado qrisk e a resposta que obteve foi de que tenho 10% de
risco de ter um ataque cardíaco ou derrame nos próximos dez anos.
Isto não me pareceu ótimo, mas é um
pouco melhor do que a média para alguém da minha idade. De qualquer forma,
segundo Sally, os regulamentos para procedimentos neste caso sugerem que eu
deveria fazer um tratamento com estatinas.
Tenho uma atitude ambivalente em
relação às estatinas. Por um lado elas podem reduzir o risco de morte se você
tem doença cardíaca, mas os benefícios para os que aparentemente são saudáveis
são menos claros.
As estatinas também têm efeitos
colaterais, como o aumento do risco de diabetes tipo 2.
— É grave?
O cardiologista não mediu as palavras.
— Sim. Não quero parecer muito
dramático, mas estas são as perigosas devido à propensão e imprevisibilidade
para causar ataques cardíacos em alguém que está totalmente bem, não tem
sintomas, vive uma vida normal. Você sai de manhã para trabalhar e não volta
para casa.
Por esta razão, elas são conhecidas
entre os médicos como "fazedoras de viúvas".
O médico não conseguiu me dizer quais
eram as chances deste episódio acontecer, "se fizéssemos isto, seria
medicina (ao estilo da série de ficção científica) Star Trek", mas ele me
aconselhou a tomar a estatina "pois as placas moles (tratadas) com
estatinas, metaforicamente falando, têm o colesterol chupado para fora
delas".
Entrei no consultório bem alegre e saí
de lá com a expressão "fazedora de viúva" no meu cérebro.
E este é o problema com alguns destes
exames particulares - eles podem não dar mais detalhes sobre o risco de
problema cardíaco que um simples exame da rede pública, e podem te deixar muito
mais preocupado.
Câncer
O câncer é a doença que apresenta o
segundo maior risco de morte para as pessoas, mas os exames para detectar a
doença geram polêmica. Muitos críticos afirmam que estes exames podem
prejudicar mais do que ajudar.
Um exemplo é o exame para detectar
câncer de mama, que está disponível na rede pública de saúde da Grã-Bretanha
para todas as mulheres entre 50 e 70 anos de idade - e este limite de idade
deve aumentar para 73 em 2016.
Um mamograma colorizado em raio-X Reprodução/BBC
Brasil
Um relatório feito no país, chamado de
Marmot Report, analisou as provas de eficácia deste programa e concluiu que o
exame salvou 1,4 mil vidas por ano.
O Nordic Cochrane Centre, em
Copenhague, na Dinamarca, é um centro respeitado de colaboração internacional
entre cientistas e instituições. E discorda do relatório.
Segundo o centro dinamarquês, pelo
fato de termos melhores tratamentos para câncer de mama, a defesa da mamografia
ficou prejudicada e, estudos recentes "mostram pouca ou nenhuma redução da
incidência de cânceres avançados com o exame".
Iona Heath, ex-presidente do Royal
College de Clínicos Gerais, já critica o exame há muito tempo e diz que não
escolheria fazê-lo.
— Minha decisão pessoal é esperar até
detectar um caroço no seio e então conseguir o melhor tratamento que tiver.
Robin Wilson, presidente da Diretoria
de Aconselhamento sobre Exames de Mamas da Grã-Bretanha, acredita que o exame
salva vidas, mas reconhece que há riscos.
— As mulheres precisam saber o que são
estes riscos e como eles se equilibram com os benefícios para fazer uma escolha
bem informada - o que nós na profissão de médicos precisamos fazer é melhorar
na descoberta de qual (caso de) câncer não precisamos tratar.
Próstata
O câncer de próstata mata 10 mil
homens a cada ano na Grã-Bretanha, mas seu exame é ainda mais polêmico que a
mamografia.
E isto se deve à já conhecida falta de
precisão do PSA (o exame antígeno prostático específico).
Assim como no caso do câncer de mama,
o problema é que você não sabe qual tumor detectado vai crescer de forma
agressiva e qual não vai.
Se um tumor é detectado, existem
várias opções, desde cirurgia até radioterapia (os efeitos colaterais incluem
incontinência e impotência). Ou simplesmente esperar, observando de forma mais
atenta a saúde do paciente.
O médico aguarda para saber se o tumor
é agressivo e cresce rapidamente ou se é relativamente benigno. O diretor
Vincent Gnanapragasam de um programa de monitoramento no hospital
Addenbrokes, em Cambridge, Inglaterra, explicou mais sobre o estudo.
— Houve um estudo que envolveu homens
com todos os tipos de câncer de próstata e, de forma aleatória, escolheu uns
para passar por uma cirurgia radical enquanto outros não fizeram nada e, depois
de dez anos, não havia nenhuma diferença real na sobrevivência geral. Mais
importante, os homens com baixo risco de câncer não apresentaram nenhuma prova
de benefício depois do tratamento radical.
Em uma coisa todos os especialistas
que consultei concordaram: vale a pena fazer um exame para detectar câncer no
intestino. E os médicos disseram que até eles passariam por este exame.
Não é o exame mais glamuroso, mas este
pode salvar sua vida.
Após reaproximação com Cuba, conheça os 3 países que ainda não têm relações com os EUA.
O funcionamento das representações
diplomáticas dos dois países - oficializado desde 20 de junho - reduz a lista
de países com os quais Washington não mantém relações oficiais.
Veja quais são esses países e o que
levou ao rompimento diplomático:
Butão
Dos três países da lista, o Butão
talvez seja o caso mais inusitado, já que o país nunca teve conflitos ou rusgas
com os EUA.
Mas apenas dois países, Bangladesh e
Índia, têm embaixada na capital butanesa, Timfu.
O Butão é um pequeno, remoto e
empobrecido reino enclavado no Himalaia, entre dois poderosos vizinhos: Índia e
China.
Sem saída para o mar e quase
totalmente isolado durante séculos, o país deixou entrar alguns aspectos do
mundo exterior - houve uma abertura nas décadas de 1960 e 1970, quando se
tornou membro da ONU - ao mesmo tempo em que protege ferozmente suas tradições.
Ainda que Butão e EUA nunca tenham
estabelecido relações diplomáticas formais, mantêm laços cordiais e informais
por meio da embaixada americana em Nova Déli, na Índia, que cumpre funções
consulares aos butaneses, e pela missão do Butão em Nova York, na ONU.
Segundo o Departamento de Estado
americano, o governo convida anualmente participantes butaneses aos EUA via
programas acadêmicos.
Em janeiro deste ano, o secretário de
Estado, John Kerry, se reuniu com Tshering Tobgay, premiê butanês, durante uma
cúpula regional em Ahmedabad, Índia.
Esse encontro foi a primeira reunião
entre um chefe da diplomacia americana e um líder butanês. O estabelecimento
das relações diplomáticas não foi discutido.
Irã
A imagem de bandeiras americanas sendo
incendiadas ou pisoteadas nas ruas de Teerã se tornou comum depois da Revolução
Islâmica de 1979.
Naquele ano, o xá Reza Pahlevi apoiado
pelos EUA foi derrubado, e o país se converteu numa República Islâmica - os
clérigos assumiram o controle político, sob o mando do aiatolá Khomeini.
O líder supremo chegou a se referir
aos EUA como o "grande satã", e a partir de então foi assim que o
país passou a ser chamado no Irã.
Washington havia estabelecido relações
diplomáticas com a Pérsia em 1883, mas estas foram rompidas em 1980, depois que
um grupo de estudantes iranianos invadiu a embaixada americana em Teerã e
manteve 52 pessoas como reféns durante vários meses.
Os estudantes protestavam pelo fato de
os EUA terem dado asilo ao xá, recém-derrocado do poder.
Em 2002, o então presidente dos EUA
George W. Bush declarou o Irã parte de um "eixo do mal".
E, ainda que Barack Obama tenha
adotado um tom menos agressivo, Washington continuou por anos acusando o Irã de
tentar desenvolver armas nucleares. Teerã, por sua vez, sempre alegou que suas
ambições nucleares têm fins pacíficos.
Após um longo caminho de diálogo, um
grupo de seis potências mundiais - incluindo os EUA - assinou em junho um
acordo nuclear com o Irã, que alivia o embargo econômico contra Teerã em troca
de mais supervisão externa sobre seu programa atômico.
Ao mesmo tempo, Israel, tradicional
aliado americano e opositor ao acordo nuclear, também sempre foi um fator
determinante na ausência de relações entre EUA e Irã.
Como diz o próprio Departamento de
Estado americano, o fato de o Irã não ter reconhecido o direito de Israel a
existir como país é um "obstáculo às possibilidades de paz no Oriente
Médio por ter armado militantes, incluindo (o grupo islâmico palestino) Hamas,
(o libanês) Hezbollah e a Jihad Islâmica Palestina".
Coreia do Norte
A Coreia do Norte é, há décadas, uma
das sociedades mais fechadas do mundo.
País relativamente jovem - formado em
1948 -, com um regime de governo nominalmente comunista, a Coreia do Norte tem
sua história guiada pelo líder Kim Il-sung. Apesar de ele ter morrido em 1994,
foi nomeado presidente "eterno".
Os EUA nunca tiveram relações
diplomáticas com a Coreia do Norte, mas sim com a dinastia Joseon, em 1882,
cinco décadas antes da divisão da península coreana.
A partir de 1910 e durante 35 anos, o
Japão exerceu poder colonial sobre a Coreia, algo que, somado aos
desdobramentos da Segunda Guerra Mundial, acabou dividindo a península em duas
zonas de ocupação: uma ligado à União Soviética, no norte, e outra aos EUA, no
sul.
Os dois territórios não conseguiram se
unificar e, em 1948, foram estabelecidas oficialmente duas nações: a República
da Coreia, no sul, e a República Popular Democrática da Coreia, no norte.
Desde então, os EUA têm respaldado os
interesses sul-coreanos, liderando inclusive sua defesa à ofensiva do Norte
durante a Guerra da Coreia, em 1950.
Hoje, a embaixada da Suécia em
Pyongyang oferece serviços consulares limitados aos cidadãos americanos.
A Coreia do Norte, por sua vez, não
tem embaixada em Washington, mas tem uma missão na ONU.
Apesar da ausência de laços
diplomáticos entre os governos, os EUA têm jurisdição para auxiliar a Coreia do
Norte com programas humanitários, em particular durante períodos de fome
extrema.
O programa nuclear norte-coreano é
outro ponto de conflito constante entre os dois países.
Diversos esforços internacionais para
frear as ambições atômicas de Pyongyang levaram à assinatura de alguns acordos
parciais e intermitentes, mas constantemente sabotados por testes nucleares
norte-coreanos.
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