segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Por Alfredo Brites



Pesquisa: mulheres têm mais “dor de cotovelo" do que homens.


Mulheres sofrem mais com o término de relacionamentos amorosos, embora se recuperem deles mais rapidamente do que homens. Essa é a conclusão de uma pesquisa conduzida por cientistas britânicos e americanos em que foram analisadas as diferenças nas reações entre os gêneros a rompimentos emocionais.
Os resultados, publicados na revista científica, revelam que mulheres sofrem maior impacto emocional e físico. No entanto, elas tendem a se recuperar mais rapidamente do que homens, e se tornam emocionalmente mais fortes.
Por outro lado, segundo os pesquisadores, homens tendem a não se recuperar totalmente, e simplesmente seguem adiante.
O estudo foi resultado de uma parceria entre a Universidade de Binghamton, em Nova York (EUA), e a britânica University College London. Segundo Craig Morris, pesquisador em antropologia da Universidade de Binghamton e coordenador da pesquisa, as diferenças têm razões biológicas. "Basicamente, mulheres evoluíram para investir muito mais em um relacionamento do que homens", disse.
Razões evolutivas
"Um breve encontro romântico poderia resultar em uma gravidez, seguida de anos de amamentação para mulheres ancestrais, enquanto homens podiam ir embora poucos minutos após esse contato, sem qualquer 'investimento biológico'", explicou.
"É esse 'risco' de maior investimento biológico que, em termos evolutivos, fez as mulheres ficarem mais exigentes na escolha de um parceiro de qualidade. Portanto, a perda de um relacionamento com um parceiro de qualidade é mais dolorosa para as mulheres".
Por outro lado, homens têm evoluído para competir pela atenção das mulheres e, portanto, a perda não "machuca" tanto no início, explicou o pesquisador. De acordo com Morris, "homens provavelmente sofrem mais profundamente a dor da perda, e por um longo tempo, pois entendem que precisam recomeçar a competir para substituir aquilo que perderam".
Segundo ele, homens tendem a reagir a uma ruptura de maneira mais autodestrutiva. "Pode levar meses ou anos. Eles tendem a 'seguir adiante' com frequência para outro relacionamento", afirmou.
Sofrimento curto
A pesquisa colheu depoimentos de 5.705 pessoas de diferentes países que responderam a uma pesquisa acadêmica na internet. Os participantes tiveram de descrever como reagiram emocionalmente pelo término de um relacionamento e que tipo de respostas físicas experimentaram.
Eles também eram convidados a dar notas de 1 (nenhuma) a 10 (insuportável) às próprias reações físicas e emocionais.
Em geral, tanto homens quanto mulheres sentem uma intensidade semelhante de emoções. Por exemplo, entre as reações físicas, a insônia foi descrita como a reação mais intensa para ambos os sexos. E entre as respostas emocionais, a raiva ficou em primeiro lugar.
As mulheres relataram uma intensidade maior que a dos homens em quase todos os fatores após o rompimento: no que se refere às emoções, as principais reações foram raiva, ansiedade , depressão , medo e piora no desempenho no trabalho e nos estudos.
Em relação às reações físicas, figuraram no topo, reações como náuseas ou incapacidade de comer, ataques de pânico, alterações indesejadas de peso e piora do sistema imunológico. Enquanto isso, homens apresentaram maior intensidade apenas em dois fatores de reação emocional: perda geral de concentração e insensibilidade emocional.
Luto após ruptura
Segundo Morris, a maioria das pessoas experimenta uma média de três rupturas amorosas antes de atingir 30 anos de idade. Pelo menos uma delas dói o suficiente para afetar substancialmente nossa qualidade de vida durante semanas ou meses.
"As pessoas perdem empregos, estudantes deixam de frequentar aulas e alguns indivíduos podem desenvolver padrões extremamente destrutivos de comportamento depois de uma separação", disse Morris.
De acordo com o pesquisador, entender melhor essas reações podem ajudar a suportar a dor após o fim de um relacionamento, bem como tentar mitigar seus efeitos em indivíduos de alto risco.
 BBC BRASIL.com
 Estamos diante do fim do cafezinho?

Quando saboreamos a primeira xícara de café do dia, as mudanças climáticas podem parecer uma ameaça distante. Mas basta viajar para o local de origem da bebida para ver que a turbulência ali é bastante real.
Peguemos o exemplo dos produtores de café do Estado de Chiapas, no México, recentemente entrevistados para uma tese da geógrafa Elisa Frank, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara: até pouco tempo atrás, eles estavam acostumados com chuvas fracas e regulares; mas hoje assistem a tempestades violentas ocasionais que inundam suas plantações.
"Antigamente não chovia tanto, mas hoje as plantas produzem menos frutos, que caem antes da hora porque ficam úmidos", disse um fazendeiro.
No passado, o clima na região era estável e ameno. Mas hoje a temperatura oscila entre um frio que paralisa o crescimento e um calor que resseca o fruto antes de eles poderem ser colhidos.
Além disso, há furacões e desabamentos de terra. Às vezes, as plantações chegam a ser completamente soterradas.
E os problemas não se limitam ao México. Produtores em toda a América do Sul, na Ásia e na África estão vendo os cafezais serem castigados por secas, enchentes e pragas, como resultado do aquecimento global.

Mudança de hábito

As consequências dessa situação podem, em breve, desaguar na padaria da esquina.
O mundo atualmente consome 2 bilhões de xícaras de café por dia. Como é possível garantir que a bebida continue fluindo quando as plantações estão sendo devastadas por condições climáticas extremas? E se os produtores não conseguirem atender a essa demanda, será que chegaremos ao "Pico do Café"?
Produtores em toda a América do Sul, na Ásia e na África estão vendo os cafezais serem castigados por causa das consequências do aquecimento global
Alguns especialistas acreditam que nossos esforços para combater esses desafios só vão criar mais devastação ambiental. Outros sugerem que a única solução é mudar o adorado sabor do café.
Mas qualquer que seja a resposta, é melhor apreciar seu cafezinho enquanto isso ainda é possível. A forma como consumimos esse produto hoje – e até seu aroma e gosto – pode estar perto do fim.

Saiba o que o consumo de bebida energética faz ao seu corpo.


Você costuma apostar em bebidas energéticas para despertar e ficar mais alerta? Já parou para pensar o que podem causar ao organismo? O site de presentes personalizados Personalise.co.uk publicou um gráfico com os efeitos delas no corpo de 10 minutos até 12 dias após a ingestão. Confira os detalhes e também os comentários do pesquisador de alimentos Stuart Farrimond, entrevistado pelo jornal Daily Mail:
10 minutos: Demora cerca de 10 minutos para que a cafeína entre na corrente sanguínea. A frequência cardíaca e pressão arterial começam a aumentar.
15 a 45 minutos: Momento em que a cafeína chega ao pico na corrente sanguínea. A pessoa vai se sentir mais alerta, melhorando a concentração.
Comentário do especialista: “Essas afirmações estão corretas. Depois de ingerir uma bebida com cafeína, ela passa do intestino para a corrente sanguínea e, em seguida, para o cérebro e ao redor do corpo. É uma droga estimulante que funciona entupindo os "sinais de cansaço" no cérebro. Um produto químico no cérebro, chamada adenosina, desempenha um papel importante na forma como nos sentimos cansados, que tende a acumular-se ao longo do dia, levando-nos a ficar com sono à noite. A cafeína é uma droga que bloqueia temporariamente a adenosina, dando-lhe um impulso enquanto permite que moléculas do cérebro relacionadas a se "sentir bem" (como a dopamina) sejam liberadas mais facilmente. Você se sente mais alerta e melhor consigo mesma".
30 a 50 minutos: Toda a cafeína foi absorvida e o fígado também responde ao absorver mais açúcar na corrente sanguínea.
Comentário do especialista: “Sim, normalmente se espera que toda a cafeína seja absorvida em cerca de 45 minutos depois de beber, embora pudesse demorar mais se ingerida como parte de uma refeição. O fígado decompõe a cafeína e a cafeína em si, de fato, aumenta os níveis de açúcar no sangue. Não é tão simples como o infográfico sugere, no entanto. A cafeína pode fazer com que o baixo açúcar no sangue em diabéticos piore, por exemplo. Curiosamente, a cafeína parece ser boa para o fígado e o consumo de café tem sido associado a menores taxas de doença hepática e câncer de fígado. O mesmo não foi demonstrado em bebidas energéticas, no entanto”.
1 hora: O corpo começa a passar pela experiência do “choque de açúcar” assim como os efeitos da cafeína caindo. A pessoa vai começar a se sentir cansada e os níveis de energia começam a ficar baixos.
Comentário do especialista: “Muitos cientistas não acham que o ‘choque de açúcar’ realmente exista. Achamos que sabemos quando nossos níveis de açúcar estão altos ou baixos, mas nós geralmente não sabemos. Comer uma refeição nos faz sentir cansados por outras razões e nós temos uma queda da cafeína, que pode começar em torno desse tempo. Nós também podemos sentir uma baixa súbita quando os ‘hormônios da felicidade’ que circulam em nosso cérebro começam a se desgastar”.
5 a 6 horas: Essa é a metade da vida da cafeína, o que significa que leva de cinco a seis horas para o corpo reduzir o conteúdo dela na corrente sanguínea em 50%. As mulheres que usam pílula anticoncepcional requerem o dobro de tempo para apresentar essa redução.
Comentário do especialista: “Esse é o tempo preciso para adultos com peso normal. A pílula contraceptiva oral irá tornar a meia-vida mais longa, embora não necessariamente duplique esse tempo, uma vez que depende do comprimido usado. Gravidez, danos no fígado e outros fármacos podem também reduzir a taxa na qual a cafeína é eliminada do corpo. Importante, as crianças e adolescentes têm uma meia-vida significativamente mais longa, ou seja, a cafeína permanecerá no seu fluxo de sangue por mais tempo e em níveis mais altos do que em adultos. É por isso que bebidas com cafeína podem causar problemas de comportamento e problemas de ansiedade em crianças”.
12 horas: É o tempo que leva para a maioria das pessoas removerem completamente a cafeína da corrente sanguínea. Essa velocidade depende de muitos fatores, como idade e atividade.
Comentário do especialista: “Sim, essa é uma aproximação justa, excluindo crianças e adolescentes.”
12 a 24 horas: Como a cafeína é uma droga, aqueles que regularmente a ingerem podem sentir sintomas de abstinência em 12 a 24 horas depois da última dose, incluindo dor de cabeça, irritabilidade e constipação.
Comentário do especialista: “Sintomas de abstinência da cafeína não são tão ruins quanto pensam que são. Em testes cegos em que bebedores de café tiveram suas bebidas alteradas para descafeinadas, os efeitos de abstinência foram muito leves na maioria dos casos, isso se eles existissem. Os sintomas de abstinência podem durar até nove dias e vão depender da quantidade de cafeína que bebemos. Todo mundo é diferente, é claro, mas muitos dos sintomas parecem estar em nossa mente.”

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