Ainda assim, praticamente todo mundo
se lembra de seu primeiro beijo, com todos os detalhes íntimos e deliciosos. E
beijar continua sendo uma parte importantíssima do romance.
Quem vive nos países do Ocidente pode
pensar que o beijo na boca é um comportamento humano universal.
Mas um estudo recente, realizado por
especialistas das Universidades de Nevada e Indiana, nos Estados Unidos, sugere
que menos da metade das culturas do mundo adota o gesto. Beijar também é
extremamente raro entre os bichos.
De onde vem o beijo, então? Se é algo
útil, por que não é adotado por todos os humanos e outros animais?
Invenção recente
Bem, pode ser justamente o fato de
outros não beijarem o que explicaria nossa preferência pelo gesto.
Segundo o estudo americano, que
analisou 168 sociedades em todo o mundo, apenas 46% delas cultivam o hábito do
beijo como uma demonstração romântica. Anteriormente, pensava-se que seriam
90%. A pesquisa excluiu o beijo entre pessoas da mesma família e se concentrou
apenas no beijo na boca entre casais.
O psicólogo Rafael Wlodarski, da
Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, passou um pente fino em inúmeros estudos
para encontrar indícios de como o beijo mudou ao longo do tempo.
O sinal mais antigo de um
comportamento parecido com o beijo vem de textos em sânscrito védico hindu de
mais de 3,5 mil anos atrás. Neles, beijar é descrito como "aspirar a alma
um do outro".
Por outro lado, hieróglifos egípcios
retratam pessoas perto umas das outras, mas não com seus lábios colados.
Será, então, que o beijo é algo
natural que algumas culturas reprimiram?
A melhor maneira de descobrir é
observando os animais.
Os chimpanzés e os bonobos, nossos
parentes mais próximos, se beijam.
O primatólogo Frans de Waal, da
Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, já presenciou várias cenas
de chimpanzés se beijando e se abraçando após um confronto. Para eles, o beijo
é uma forma de reconciliação, e é mais comum entre machos. Ou seja, não é um
ato romântico.
Já os bonobos se beijam com mais
frequência e costumam usar suas línguas no gesto. Isso talvez não seja
surpreendente porque essa espécie é altamente sexual: quando dois seres humanos
são apresentados pela primeira vez, provavelmente trocam um aperto de mão; já
os bonobos fazem sexo. Portanto, seus beijos não são necessariamente românticos.
Esses dois primatas são uma exceção.
Até onde se sabe, outros animais não beijam. Alguns podem esfregar os rostos
mas não trocam saliva ou estalam seus lábios.
Em vez disso, as espécies exalam
odores tão fortes para atrair o sexo oposto que elas não precisam se aproximar
para senti-lo. O principal componente desse odor são os feromônios, que
despertam o desejo de acasalar.
Mamíferos como o javali, o hamster e o
rato têm um olfato apurado e seguem o rastro dos odores para conseguir
encontrar parceiros geneticamente diferentes.
O ser humano possui um olfato bastante
rudimentar. Portanto, chegar bem perto de outra pessoa pode ser uma vantagem. E
estudos mostram que, apesar do odor não ser o único sinal que usamos para
avaliar se um parceiro é apropriado, ele tem um papel fundamental nessa
escolha.
Desse ponto de vista, o beijo seria
apenas uma maneira culturalmente aceitável de se chegar perto o suficiente de
alguém para detectar seus feromônios.
Em algumas culturas, esse
comportamento evoluiu para o contato físico entre os lábios. "É difícil
saber quando exatamente isso aconteceu, mas o objetivo do beijo é o mesmo do
farejar entre os animais", conclui o cientista.
Por que mulheres sentem mais frio que homens no trabalho?
Ou melhor: qual é a razão para
mulheres correrem para seus casacos ao ouvirem os homens pedirem para aumentar
o ar-condicionado?
Segundo o estudo, elas sentem frio
mais rápido.
No teste realizado pelos
pesquisadores, a faixa de temperatura mais confortável para as mulheres ficou
entre 24°C e 25°C, dois graus e meio acima do termômetro desejado pelos homens.
O professor Paul Thornalley, da Escola
de Medicina de Warwick, na Inglaterra, diz que a variação da taxa metabólica
média e do calor do corpo “pode explicar porque há uma diferença na temperatura
ambiente necessária para o conforto entre homens e mulheres”.
O metabolismo é responsável pelo
crescimento e pela produção de energia, inclusive calor. E a taxa metabólica em
repouso é a taxa mínima de energia gasta quando estamos em repouso, calculada
por meio de um conjunto de equações. Em média, as mulheres têm uma taxa
metabólica menor que a dos homens.
“Um determinante importante da taxa metabólica
em repouso é a quantidade de massa magra (livre de gordura) no corpo das
pessoas”, explica Thornalley.
A massa magra – que inclui todas as
partes do corpo, como pele, ossos e músculos, excluindo a gordura – tem um peso
importante na diferença de taxas metabólicas verificada entre homens e
mulheres.
Como eles, em geral, têm mais massa
magra do que elas, possuem taxa metabólica em repouso mais alta.
Os maiores órgãos, como fígado,
cérebro, músculo esquelético e coração, são os que consomem mais energia.
A produção de calor sem movimento –
quando a energia é gasta sem exercício ativo – ocorre na “gordura marrom”,
segundo Thornalley. Humanos têm dois tipos de gordura: a branca, que abriga as
calorias excedentes, e a marrom, que gera calor.
A gordura marrom produz calor
involuntariamente por meio de um processo chamado termogênese. Ele é regulado
pelo hormônio da tireoide e pelo sistema nervoso, e pode ser responsável por
uma variação adicional na taxa metabólica em repouso, particularmente em homens
(para evitar a hipotermia, bebês têm níveis maiores de gordura marrom que
adultos).
Essa maior proporção de massa corporal
capaz de produzir calor significa que, em média, os homens não sentem frio tão
facilmente como as mulheres. Por outro lado, têm uma tolerância menor ao clima
quente do verão, já que seus corpos produzem mais calor.
Cinco dicas para reduzir o açúcar que consumimos sem perceber.
Parece muito, não? Mas é a mesma
quantidade que um adulto consome, em média, em duas semanas. E os adolescentes
ingerem um pouco mais.
Muitos se surpreenderão de que seja
tanto. Sabemos em quais alimentos é óbvio que haja açúcar, como chocolates e
biscoitos. Mas também há grandes quantidades "escondidas" em outras
comidas que não necessariamente são consideradas doces.
1. Qual deve ser o limite diário?
Em março de 2015, a Organização
Mundial de Saúde (OMS) reduziu sua recomendação de consumo diário de açúcar
para uma dieta saudável a 5% do total de calorias ingeridas. O limite máximo é
de 10%.
Essa recomendação é um desafio,
considerando os hábitos alimentares de hoje em dia. Nos países ocidentais, o
açúcar pode representar até 15% da ingestão diária de fontes de energia.
No entanto, alguns nutricionistas vão
além e recomendam o consumo de menos de 3% na dieta.
Esses limites são para todos os tipos
de açúcar contidos nos alimentos, tanto os naturais – os existentes no mel,
leite e sucos de fruta, por exemplo – como o açúcar cristal e o refinado,
porque o corpo não distingue a diferença entre suas versões naturais e
processadas.
Na prática, todos os tipos de açúcar
são transformados em glicose e frutose e acabam processados pelo fígado.
2. Quanto é isso em colheres de chá?
Esta é a recomendação da OMS para uma
pessoa adulta que consuma aproximadamente 2 mil calorias por dia:
O limite máximo de 10% corresponde a
50 gramas de açúcar por dia, o que corresponde a mais ou menos 12 colheres de
chá.
Para seguir o limite considerado
ideal, de 5%, é preciso cortar os números acima pela metade.
3. Quanto açúcar há numa lata de refrigerante?
Só uma lata do tamanho convencional,
de 330 ml, contém, em açúcares, o equivalente a nove colheres de chá, ou seja,
mais que a quantidade ideal recomendada pela OMS.
São 36 gramas em uma lata de
refrigerante de cola. A versão light, por sua vez, tem zero açúcar.
4. Quanto de açúcar há 'escondido' em alimentos não considerados doces?
As bebidas que mais contém açúcar são
(da maior quantidade para a menor): milkshakes, refrigerantes, água com sabor
de frutas, energéticos e sucos de fruta artificiais. Essas bebidas não nos
deixam tão satisfeitos como comidas sólidas que não são doces, mas têm o mesmo
número de calorias.
Um suco de laranja de 150 ml contém
12,9 gramas de açúcar, equivalente a 3 colheres (de chá) de açúcar.
A recomendação para as crianças é a de
consumir água ou leite (sem açúcar) em vez de refrescos e sucos de fruta com
adição de açúcar.
O álcool também é um problema: segundo
dados de uma pesquisa feita no Reino Unido entre 2008 e 2012, 10% do total de
açúcar consumido pelos adultos vêm de bebidas alcoólicas.
Em segundo lugar vêm os molhos: molho
barbecue, ketchup ou molho agridoce... todos têm açúcar. Algumas colheres de
molho podem contar a mesma quantidade de açúcar que um donut.
Por sua vez, um iogurte de fruta de
125 gramas contém 15,9 gramas de açúcar. A mesma quantidade de iogurte natural
tem 11,6 gramas, segundo a Public Health England.
E alguns produtos light ou diet
também não são necessariamente são seguros, porque, para potencializar o sabor,
os fabricantes compensa o baixo teor de gordura acrescentando mais açúcar.
5. Como calcular o quanto de açúcar há em algum produto?
Essa pode ser uma tarefa confusa
porque, nos rótulos, o açúcar pode aparecer sob diferentes nomes.
Mas quase todos eles terminam em
"ose": glicose, frutose, sacarose, lactose, maltose, xarope de milho,
que contém frutose concentrada.
Entretanto, um bom jeito de calcular o
açúcar presente é se concentrar no item "Carboidratos (dos quais
açúcares)".
Em geral, se há mais de 15 gramas de
açúcar por 100 gramas, é considerado um produto com alto teor de açúcar.
Se for 5 gramas por cada 100 gramas, é
um produto com baixo teor de açúcar.
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