terça-feira, 7 de julho de 2015

Por Alfredo Brites



Por que Nova York declarou guerra ao isopor.

 

Nova York se juntou às cidades que declararam guerra contra as embalagens, pratos e copos de isopor, material que é tão atraente para os negócios quanto tóxico ao meio ambiente.
A partir de agora, está proibido vender, oferecer ou possuir qualquer produto feito de isopor na metrópole americana. Empresas e comerciantes têm seis meses para se adaptar. Depois desse prazo, serão multadas.
"Produtos feitos de isopor causam um grande prejuízo ao meio ambiente e não há mais lugar para eles em Nova York", disse o prefeito da cidade, Bill de Blasio.
Mas por que o isopor está sob fogo cerrado? Aliás, de que exatamente é formado o material? Por que não é possível reciclá-lo? Confira alguns detalhes sobre um dos maiores inimigos dos ambientalistas.
Comercializado nos Estado Unidos com o nome de Styrofoam, o isopor foi inventado pelo cientista da empresa Dow Chemical Otis Ray McIntire em 1941.
Para fazê-lo, pequenas quantidades do polímero poliestireno são misturadas com produtos químicos para se expandiram 50 vezes do seu tamanho original.
Após o resfriamento, essa massa é então colocada em moldes – seja de um copo ou de uma embalagem – e passa por um novo processo para expandi-la ainda mais, até que o molde seja totalmente preenchido e as contas se fundirem.
O produto final é leve, barato – 95% de sua composição é ar. Suas propriedades isolantes e seu custo barato tornaram o isopor uma escolha atraente nos negócios.
Há uma estimativa de que apenas nos Estados Unidos 25 bilhões de copos de café de isopor são jogados no lixo em um ano – para efeito de comparação, 100 bilhões de sacolas plásticas são descartadas anualmente.
 Sua personalidade está atrapalhando sua carreira?
Pode parecer injusto, mas pessoas introvertidas não têm muitas chances de conseguir um emprego na gigante multinacional dos cosméticos L'Oréal. Os profissionais da empresa responsáveis pelo recrutamento de novos funcionários geralmente não selecionam candidatos com esse perfil – e se ainda assim o fizessem, essas pessoas muito provavelmente sofreriam para crescer lá dentro.
Ser introvertido é apenas uma das inúmeras características de personalidade que a L'Oréal leva em conta quando procura por funcionários que possam se adaptar à cultura da empresa. "Preferimos profissionais mais confiantes e extrovertidos porque acreditamos que as ideias surgem dos conflitos", explica Fréderique Scavennec, vice-presidente de talentos globais da marca francesa.
"Nossos funcionários são desafiados a todo momento e queremos alguém que defenda seus pontos de vista. A pessoa ideal também precisa fazer as coisas com paixão, ser empreendedora e ter a capacidade de se relacionar bem com os colegas."
A companhia usa várias técnicas para avaliar as personalidades dos candidatos às suas vagas. Eles podem ser instruídos, por exemplo, a simularem o anúncio de um determinado produto, o que vai testar aspectos como a criatividade e comunicação verbal.
A empresa também realiza um concurso anual, chamado Brandstorm, que desafia equipes de universitários a trabalharem juntos para elaborar um plano de marketing para alguma de suas linhas.
Cada vez mais outras empresas estão indo pelo mesmo caminho, na tentativa de assegurar que seus contratados se enquadrem bem na cultura da corporação.
Elas esperam detectar atributos como paciência, persistência, curiosidade, agilidade e apetite para correr riscos, ao submeter candidatos a testes de personalidade e a entrevistas e dinâmicas de grupo. Algumas usam até jogos online para avaliar essas qualidades, da criatividade à empatia.
É claro que não é fácil avaliar com precisão a personalidade e adequação de alguém em um processo de recrutamento rápido. Por isso, a Etihad Airways, de Abu Dhabi, implementou um programa mais longo e detalhado para tentar encontrar a pessoa certa para a vaga certa.
O programa dura quatro meses e foi batizado de Discovery Centre. A companhia aérea primeiro explica as funções de determinado cargo e coloca os candidatos em um processo de autodescoberta

O que seu tipo de café preferido revela sobre você.

Parece que estou bebendo as brasas adormecidas de uma fogueira – um sabor defumado e com um toque de carvão. Faço um esforço e noto uma textura macia e viscosa que parece disfarçar um tom mais acentuado, como uma lâmina embrulhada em veludo.
Confesso que nunca prestei muita atenção a uma xícara de café. Nem tenho certeza se estou apreciando corretamente esta que me ofereceram. Mas continuo porque soube que a degustação poderá revelar pistas importantes sobre a minha personalidade.
Meu guia nessa viagem é David Berman, do Trinity College de Dublin, na Irlanda – um filósofo que dedicou sua carreira a estudar os meandros do funcionamento da mente e dos sentidos.
Ele agora se concentra em sua bebida favorita e nas respostas profundas que podem estar à espreita no fundo da xícara. O resultado do estudo será divulgado em um livro que já tem título: The Philosophy of Coffee-tasting ("A filosofia da degustação do café", em tradução literal).
É natural que apreciadores de café se tornem devotos da bebida, mas me parece estranho que um filósofo dedique tanto tempo a estudar suas propriedades.
Para Berman, no entanto, tratou-se de um passo natural. Um de seus maiores interesses é revelar e entender as camadas da experiência interior.
Todos nós temos a tendência de conceitualizar o mundo com palavras, mas o filósofo acredita que isso pode esconder sensações ocultas e nos impedir de compreender melhor as sutilezas do funcionamento da mente.
Essa ideia não é privilégio da filosofia. Há indícios de que a linguagem, por exemplo, também pode modificar percepções. E as diferentes maneiras pelas quais os sentidos se misturam para criar a consciência são conhecidas como o problema mais difícil da neurociência.
Desvendar essas camadas poderia nos trazer uma maior compreensão sobre nós mesmos e sobre nosso mundo interno. "A ideia do café é tentar chegar a uma experiência direta", explica Berman. Segundo ele, a bebida é particularmente adequada por conter cafeína. "A substância estimula a mente, tornando-a mais alerta e precisa."
Eu, então, tomo um gole e tento saborear o café. A sinfonia de sabores realmente parece mais vívida. Também estou mais ciente da maneira como identifico cada nota com meu paladar.
Penso em como o cérebro processa esses diferentes aspectos, que muitas vezes as palavras não conseguem expressar.

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