Por que Nova York declarou guerra ao isopor.
A partir de agora, está proibido
vender, oferecer ou possuir qualquer produto feito de isopor na metrópole
americana. Empresas e comerciantes têm seis meses para se adaptar. Depois desse
prazo, serão multadas.
"Produtos feitos de isopor causam
um grande prejuízo ao meio ambiente e não há mais lugar para eles em Nova
York", disse o prefeito da cidade, Bill de Blasio.
Mas por que o isopor está sob fogo
cerrado? Aliás, de que exatamente é formado o material? Por que não é possível
reciclá-lo? Confira alguns detalhes sobre um dos maiores inimigos dos
ambientalistas.
Comercializado nos Estado Unidos com o
nome de Styrofoam, o isopor foi inventado pelo cientista da empresa Dow
Chemical Otis Ray McIntire em 1941.
Para fazê-lo, pequenas quantidades do
polímero poliestireno são misturadas com produtos químicos para se expandiram
50 vezes do seu tamanho original.
Após o resfriamento, essa massa é
então colocada em moldes – seja de um copo ou de uma embalagem – e passa por um
novo processo para expandi-la ainda mais, até que o molde seja totalmente
preenchido e as contas se fundirem.
O produto final é leve, barato – 95%
de sua composição é ar. Suas propriedades isolantes e seu custo barato tornaram
o isopor uma escolha atraente nos negócios.
Há uma estimativa de que apenas nos
Estados Unidos 25 bilhões de copos de café de isopor são jogados no lixo em um
ano – para efeito de comparação, 100 bilhões de sacolas plásticas são
descartadas anualmente.
Sua personalidade está atrapalhando sua carreira?
Ser introvertido é apenas uma das
inúmeras características de personalidade que a L'Oréal leva em conta quando
procura por funcionários que possam se adaptar à cultura da empresa.
"Preferimos profissionais mais confiantes e extrovertidos porque
acreditamos que as ideias surgem dos conflitos", explica Fréderique
Scavennec, vice-presidente de talentos globais da marca francesa.
"Nossos funcionários são
desafiados a todo momento e queremos alguém que defenda seus pontos de vista. A
pessoa ideal também precisa fazer as coisas com paixão, ser empreendedora e ter
a capacidade de se relacionar bem com os colegas."
A companhia usa várias técnicas para
avaliar as personalidades dos candidatos às suas vagas. Eles podem ser
instruídos, por exemplo, a simularem o anúncio de um determinado produto, o que
vai testar aspectos como a criatividade e comunicação verbal.
A empresa também realiza um concurso
anual, chamado Brandstorm, que desafia equipes de universitários a trabalharem
juntos para elaborar um plano de marketing para alguma de suas linhas.
Cada vez mais outras empresas estão
indo pelo mesmo caminho, na tentativa de assegurar que seus contratados se
enquadrem bem na cultura da corporação.
Elas esperam detectar atributos como
paciência, persistência, curiosidade, agilidade e apetite para correr riscos,
ao submeter candidatos a testes de personalidade e a entrevistas e dinâmicas de
grupo. Algumas usam até jogos online para avaliar essas qualidades, da
criatividade à empatia.
É claro que não é fácil avaliar com
precisão a personalidade e adequação de alguém em um processo de recrutamento
rápido. Por isso, a Etihad Airways, de Abu Dhabi, implementou um programa mais
longo e detalhado para tentar encontrar a pessoa certa para a vaga certa.
O programa dura quatro meses e foi
batizado de Discovery Centre. A companhia aérea primeiro explica as funções de
determinado cargo e coloca os candidatos em um processo de autodescoberta
O que seu tipo de café preferido revela sobre você.
Confesso que nunca prestei muita
atenção a uma xícara de café. Nem tenho certeza se estou apreciando
corretamente esta que me ofereceram. Mas continuo porque soube que a degustação
poderá revelar pistas importantes sobre a minha personalidade.
Meu guia nessa viagem é David Berman,
do Trinity College de Dublin, na Irlanda – um filósofo que dedicou sua carreira
a estudar os meandros do funcionamento da mente e dos sentidos.
Ele agora se concentra em sua bebida
favorita e nas respostas profundas que podem estar à espreita no fundo da
xícara. O resultado do estudo será divulgado em um livro que já tem título: The
Philosophy of Coffee-tasting ("A filosofia da degustação do café",
em tradução literal).
É natural que apreciadores de café se
tornem devotos da bebida, mas me parece estranho que um filósofo dedique tanto
tempo a estudar suas propriedades.
Para Berman, no entanto, tratou-se de
um passo natural. Um de seus maiores interesses é revelar e entender as camadas
da experiência interior.
Todos nós temos a tendência de
conceitualizar o mundo com palavras, mas o filósofo acredita que isso pode
esconder sensações ocultas e nos impedir de compreender melhor as sutilezas do
funcionamento da mente.
Essa ideia não é privilégio da
filosofia. Há indícios de que a linguagem, por exemplo, também pode modificar
percepções. E as diferentes maneiras pelas quais os sentidos se misturam para
criar a consciência são conhecidas como o problema mais difícil da
neurociência.
Desvendar essas camadas poderia nos
trazer uma maior compreensão sobre nós mesmos e sobre nosso mundo interno.
"A ideia do café é tentar chegar a uma experiência direta", explica
Berman. Segundo ele, a bebida é particularmente adequada por conter cafeína.
"A substância estimula a mente, tornando-a mais alerta e precisa."
Eu, então, tomo um gole e tento
saborear o café. A sinfonia de sabores realmente parece mais vívida. Também
estou mais ciente da maneira como identifico cada nota com meu paladar.
Penso em como o cérebro processa esses
diferentes aspectos, que muitas vezes as palavras não conseguem expressar.
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