‘Tenho fobia de falar’: britânica conta como é viver com mutismo seletivo.
"Quando minha avó teve um
derrame, fiquei tão ansiosa que não conseguia mais conversar com ela", diz
a inglesa Sabrina Branwood, de 35 anos, que tem mutismo seletivo desde a
infância.
Isso a impede de falar com determinadas
pessoas ou em certas ocasiões e faz com que ela seja incapaz de conversar com
alguns de seus parentes mais próximos. Antes de sua avó morrer, por exemplo,
Sabrina não conseguiu dizer a ela o quanto a amava.
Hoje, Branwood depende de sua família e
de um aplicativo em seu tablet para se comunicar.
"Quando pessoas me fazem
perguntas, minha ansiedade faz com que seja difícil pensar", ela explica
digitando no aparelho. "Sinto-me presa. Não fico em silêncio porque não
quero falar. Gostaria de poder falar à vontade, mas é muito difícil e
complicado."
Branwood diz que ter mutismo seletivo
é como viver dentro de uma caixa. "Uma caixa com furos, porque você pode
ver e ouvir as outras pessoas, mas não consegue sair de dentro dela por mais
que tente", explica.
"Você pode gritar de dentro da
caixa o quanto quiser, mas ninguém te ouve, nem quando você chora por estar
machucado ou com medo."
Nervosismo, teimosia e agressividade
Segundo o Serviço Nacional de Saúde do
Reino Unido, o mutismo seletivo aparece normalmente no início da infância,
quando uma criança passa a frequentar novos ambientes sociais, como uma creche,
e fica longe da família. Trata-se de um problema mais comum em meninas e em
integrantes de minorias étnicas.
Quem sofre desta condição não se
recusa a falar. A pessoa é "literalmente incapaz" de se comunicar
verbalmente. Os sintomas em crianças incluem nervosismo, teimosia ou
comportamentos agressivos quando voltam para casa após a escola. Elas também
podem ficar paralisadas quando não conseguem falar.
As formas mais efetivas de tratamento
incluem terapia comportamental e cognitiva. Se não for tratado, o problema pode
perdurar até à fase adulta, como no caso de Sabrina Branwood.
Pesquisadores veem progresso em tratamento de Alzheimer.
Da Reuters
Após décadas de pesquisas sobre o mal
de Alzheimer que não tiveram resultados persistentes, incluindo 123 drogas que
fracassaram no tratamento da doença, os principais pesquisadores da área
disseram agora estar mais confiantes sobre a chegada de um tratamento efetivo.
O otimismo tem se espalhado antes da
Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (CIAA), em Washington, nos
Estados Unidos.
Novas drogas experimentais das
empresas Eli Lilly e Biogen se mostraram promissoras em reduzir a progressão da
doença que afeta o cérebro, atraindo a atenção de investidores e pacientes.
Os medicamentos estão nas fases
iniciais de desenvolvimento e podem vir a ser ineficazes, assim como
substâncias anteriores. Mas os pesquisadores da área adquiriram um vasto conhecimento
sobre as transformações do cérebro afetado pelo Alzheimer, e possuem um
entendimento melhor sobre como e quando intervir com remédios.
As drogas da Lilly e da Biogen
bloqueiam a beta-amilóide, proteína que causa placas cerebrais tóxicas
características da doença mental progressiva.
Estima-se que 5 milhões de pessoas
possuam Alzheimer nos EUA. A Associação de Alzheimer projeta que até 28 milhões
de norte-americanos vão desenvolver a doença até meados do século.
Estudar música na adolescência estimula a linguagem e a audição.
Ter uma formação musical durante a
adolescência estimula regiões do cérebro associadas à audição e à linguagem. É
o que revela o novo estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos,
publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of
Sciences. Até poucos anos atrás acreditava-se que o cérebro era influenciado
pela música de tal forma apenas durante a infância -- dos 3 aos 10 anos,
especificamente. Ou seja, dificilmente a música surtiria grandes efeitos depois
disso.
Os pesquisadores da Universidade
Northwestern avaliaram um grupo de 40 adolescentes americanos do ensino médio,
ao longo de três anos. Metade da turma estava envolvida em atividades escolares
musicais - eles praticavam diversos instrumentos musicais na banda do colégio,
de duas a três horas por semana. A outra metade participava de atividades
físicas em vez de música.
Os estudiosos utilizaram eletrodos
para analisar o cérebro dos adolescentes. O recurso mostrou que o cérebro dos
alunos que treinavam música sofreram uma maturação mais veloz nas regiões
associadas a audição. Significa que os alunos tornaram-se mais sensíveis a
detalhes sonoros. Os jovens também tornaram-se mais hábeis na comunicação. Os
benefícios cerebrais não foram observados no grupo da atividade física.
"Esses resultados mostram a importância de submeter os adolescentes a
estímulos musicais", diz Nina Kraus, autora do estudo.
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