sexta-feira, 24 de julho de 2015

Por Alfredo Brites



‘Tenho fobia de falar’: britânica conta como é viver com mutismo seletivo.

 

Mutismo seletivo, ou "fobia de falar", é um tipo de problema de ansiedade associado normalmente à infância e que afeta milhares de crianças. No entanto, adultos também sofrem com esta condição, mas são normalmente esquecidos. Como é viver assim para eles?
"Quando minha avó teve um derrame, fiquei tão ansiosa que não conseguia mais conversar com ela", diz a inglesa Sabrina Branwood, de 35 anos, que tem mutismo seletivo desde a infância.
Isso a impede de falar com determinadas pessoas ou em certas ocasiões e faz com que ela seja incapaz de conversar com alguns de seus parentes mais próximos. Antes de sua avó morrer, por exemplo, Sabrina não conseguiu dizer a ela o quanto a amava.
Hoje, Branwood depende de sua família e de um aplicativo em seu tablet para se comunicar.
"Quando pessoas me fazem perguntas, minha ansiedade faz com que seja difícil pensar", ela explica digitando no aparelho. "Sinto-me presa. Não fico em silêncio porque não quero falar. Gostaria de poder falar à vontade, mas é muito difícil e complicado."
Branwood diz que ter mutismo seletivo é como viver dentro de uma caixa. "Uma caixa com furos, porque você pode ver e ouvir as outras pessoas, mas não consegue sair de dentro dela por mais que tente", explica.
"Você pode gritar de dentro da caixa o quanto quiser, mas ninguém te ouve, nem quando você chora por estar machucado ou com medo."

Nervosismo, teimosia e agressividade

Sabrina Branwood usa um aplicativo no tablet para se comunicar
Segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, o mutismo seletivo aparece normalmente no início da infância, quando uma criança passa a frequentar novos ambientes sociais, como uma creche, e fica longe da família. Trata-se de um problema mais comum em meninas e em integrantes de minorias étnicas.
Quem sofre desta condição não se recusa a falar. A pessoa é "literalmente incapaz" de se comunicar verbalmente. Os sintomas em crianças incluem nervosismo, teimosia ou comportamentos agressivos quando voltam para casa após a escola. Elas também podem ficar paralisadas quando não conseguem falar.
As formas mais efetivas de tratamento incluem terapia comportamental e cognitiva. Se não for tratado, o problema pode perdurar até à fase adulta, como no caso de Sabrina Branwood.

Pesquisadores veem progresso em tratamento de Alzheimer.


Da Reuters
Após décadas de pesquisas sobre o mal de Alzheimer que não tiveram resultados persistentes, incluindo 123 drogas que fracassaram no tratamento da doença, os principais pesquisadores da área disseram agora estar mais confiantes sobre a chegada de um tratamento efetivo.
O otimismo tem se espalhado antes da Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (CIAA), em Washington, nos Estados Unidos.
Novas drogas experimentais das empresas Eli Lilly e Biogen se mostraram promissoras em reduzir a progressão da doença que afeta o cérebro, atraindo a atenção de investidores e pacientes.
Os medicamentos estão nas fases iniciais de desenvolvimento e podem vir a ser ineficazes, assim como substâncias anteriores. Mas os pesquisadores da área adquiriram um vasto conhecimento sobre as transformações do cérebro afetado pelo Alzheimer, e possuem um entendimento melhor sobre como e quando intervir com remédios.
As drogas da Lilly e da Biogen bloqueiam a beta-amilóide, proteína que causa placas cerebrais tóxicas características da doença mental progressiva.
Estima-se que 5 milhões de pessoas possuam Alzheimer nos EUA. A Associação de Alzheimer projeta que até 28 milhões de norte-americanos vão desenvolver a doença até meados do século.

Estudar música na adolescência estimula a linguagem e a audição.

 

Ter uma formação musical durante a adolescência estimula regiões do cérebro associadas à audição e à linguagem. É o que revela o novo estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. Até poucos anos atrás acreditava-se que o cérebro era influenciado pela música de tal forma apenas durante a infância -- dos 3 aos 10 anos, especificamente. Ou seja, dificilmente a música surtiria grandes efeitos depois disso.
Os pesquisadores da Universidade Northwestern avaliaram um grupo de 40 adolescentes americanos do ensino médio, ao longo de três anos. Metade da turma estava envolvida em atividades escolares musicais - eles praticavam diversos instrumentos musicais na banda do colégio, de duas a três horas por semana. A outra metade participava de atividades físicas em vez de música.
Os estudiosos utilizaram eletrodos para analisar o cérebro dos adolescentes. O recurso mostrou que o cérebro dos alunos que treinavam música sofreram uma maturação mais veloz nas regiões associadas a audição. Significa que os alunos tornaram-se mais sensíveis a detalhes sonoros. Os jovens também tornaram-se mais hábeis na comunicação. Os benefícios cerebrais não foram observados no grupo da atividade física. "Esses resultados mostram a importância de submeter os adolescentes a estímulos musicais", diz Nina Kraus, autora do estudo.

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