quinta-feira, 2 de julho de 2015

Por Alfredo Brites



Conheça o carro que encolhe e anda de lado.

Olhando de fora, o EO Smart Connecting Car 2 não parece um veículo capaz de provocar uma revolução. Mas espere até ele começar a se mover.
Trata-se de carro urbano de dois lugares equipado com portas em estilo tesoura e muito vidro - um estilo que agradaria os fãs da série Jornada nas Estrelas.
O veículo usa quatro motores elétricos para deslocar seus 748 quilos a uma velocidade de até 64 quilômetros por hora.
As rodas, no entanto, são sua grande atração.
As rodas são articuladas nas extremidades dos eixos, liberando o carro para girar em torno de si mesmo sem sair do lugar.
E para o deleite de alguns motoristas que ainda sofrem com suas balizas na hora de estacionar, o EO pode virar as quatro rodas a um ângulo de 90 graus e entrar de lado em uma vaga.
A máquina também consegue a proeza de se deslocar na diagonal, ao mover todas as rodas para a mesma direção.
Para caber nas vagas mais estreitas, o EO tem um truque na manga. A parte de trás da cabine se ergue, junto com o motorista, e seus eixos se unem por baixo, fazendo o carro se encolher de 2,5 metros para 1,5 metro – mais curto do que uma Vespa.
Assim como todo bom Transformer, o EO é, na realidade, um robô disfarçado.
Ele foi desenvolvido pelo Centro de Pesquisa em Inteligência Artificial da Alemanha. E, igual ao carro automático do Google, o EO é dotado de uma série de sensores – como câmeras e scanners – que transmitem a eles informações sobre o entorno em tempo real.  

A s formigas prateadas capazes de resistir a temperaturas de 70ºC.

 

 À primeira vista, elas parecem gotas de mercúrio deslizando lentamente sobre a areia.

Mas esses pontos pequenos e brilhantes que podem ser vistos nas horas mais quentes no deserto do Saara são, na realidade, formigas prateadas.
E o que elas estão fazendo passeando pelas dunas no momento em que os raios de sol estão tão fortes que fazem a temperatura do solo de areia chegar aos 70°C?
Saem para buscar alimentos. E fazem isso precisamente nessas horas para evitar o ataque de predadores.
Insetos assim não costumam sobreviver quando a temperatura corporal supera os 53,6 °C, mas essas formigas conseguem se manter vivas graças a um mecanismo engenhoso que permite que elas permaneçam 'frescas', como descobriu uma equipe internacional de cientistas. O resultado da investigação foi publicado na revista científica Science.
O segredo, explicam os cientistas, está na estrutura e organização singular dos pelos das formigas, que permite que elas controlem o espectro solar e reduzam sua temperatura corporal.
Por um lado, o revestimento prateado dos pelos serve para refletir os raios de sol para fora.
E por outro, essa cobertura ajuda a formiga na hora de disseminar seu próprio calor interno para o ar mais fresco que a rodeia.
Formiga prateada do Saara 'se adaptou' ao ambiente para sobreviver, dizem cientistas .
A combinação desses processos faz com que a temperatura da formiga prateada do Saara não supere os 50°C.
Os pelos dessas formigas têm uma forma triangular. Em vez de crescer para cima, no momento que alcançam certa altura, giram a um ângulo de 90° para ficar numa posição paralela à pele.
O próximo passo será estender o estudo a outros animais e organismos que habitam ambientes extremos para analisar que tipo de estratégias essas criaturas adotam para viver em condições tão adversas.
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Mundo corporativo: gerente intermediário pode estar com dias contados.

 

 A todo momento, em vários países, ouvimos políticos fazerem promessas sobre a criação de mais empregos para a classe média. São intenções louváveis, mas, infelizmente, se eles têm em mente aquelas pessoas que costumavam ocupar cargos médios de gestão, vão ter uma surpresa em saber que se trata de algo em vias de extinção.

Apesar de sabermos que sempre haverá lugar para algumas pessoas supervisionarem o trabalho de outras, a triste realidade é que mudanças nas tecnologias, na cultura do mundo dos negócios e na própria força de trabalho estão conspirando para derrubar a figura do gerente intermediário, presente há décadas dentro das empresas.
Devemos deixar de lado a expectativa de que as companhias terão um plano de carreira tradicional, pela qual o funcionário sobe degrau por degrau. Precisamos até esquecer a noção de que o gerente intermediário é a argamassa que une todos os empregados e garante um alinhamento de objetivos em toda a hierarquia corporativa.
Apesar de elogiados, os avanços tecnológicos a que temos assistido já pesaram sobre os cargos de níveis mais baixos. Softwares usados nos escritórios, incluindo o e-mail, permitem que assistentes acumulem mais tarefas. Nos Estados Unidos, os caixas automáticos substituíram o office boy que ia ao banco, a Amazon eliminou os balconistas e os serviços automatizados de atendimento ao cliente reduziram a necessidade de se ter pessoas respondendo a muitas chamadas.
Mais acima na hierarquia, o problema se agrava ainda mais, principalmente em determinadas profissões. Afinal, o que deve ter acontecido com aquelas pessoas que supervisionavam todos esses trabalhadores que perderam seus empregos?
Eles não são mais tão necessários quanto antes. Mas a coisa ainda piora (ou melhora, se pensarmos sob a ótica da empresa que precisa reduzir custos).
Gerentes de Recursos Humanos, por exemplo, ficam para trás se comparados com os mais novos algoritmos capazes de identificar as habilidades necessárias para um determinado cargo e de encontrar o melhor talento para a vaga. Então, muitas empresas estão começando a se perguntar se realmente precisam de tantos gerentes de RH.
Executivos que até agora ganhavam para identificar as preferências do consumidor em relação a vários tipos de produto não conseguem competir com as análises de dados realizadas pelos vários sites de vendas – da Apple e do Netflix à Amazon, por exemplo. Estes conseguem nos oferecer o produto ou o conteúdo que nos interessa com muito mais precisão, baseados em nosso comportamento online.
*Sydney Finkelstein é professor de estratégia e liderança na Tuck School of Business, nos Estados Unidos, e autor de 16 livros, entre eles 'Por Que Executivos Inteligentes Falham.  

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