Conheça o carro que encolhe e anda de lado.
Trata-se de carro urbano de dois lugares
equipado com portas em estilo tesoura e muito vidro - um estilo que agradaria
os fãs da série Jornada nas Estrelas.
O veículo usa quatro motores elétricos
para deslocar seus 748 quilos a uma velocidade de até 64 quilômetros por hora.
As rodas, no entanto, são sua grande
atração.
As rodas são articuladas nas
extremidades dos eixos, liberando o carro para girar em torno de si mesmo sem
sair do lugar.
E para o deleite de alguns motoristas
que ainda sofrem com suas balizas na hora de estacionar, o EO pode virar as
quatro rodas a um ângulo de 90 graus e entrar de lado em uma vaga.
A máquina também consegue a proeza de
se deslocar na diagonal, ao mover todas as rodas para a mesma direção.
Para caber nas vagas mais estreitas, o
EO tem um truque na manga. A parte de trás da cabine se ergue, junto com o
motorista, e seus eixos se unem por baixo, fazendo o carro se encolher de 2,5
metros para 1,5 metro – mais curto do que uma Vespa.
Assim como todo bom Transformer, o EO
é, na realidade, um robô disfarçado.
Ele foi desenvolvido pelo Centro de
Pesquisa em Inteligência Artificial da Alemanha. E, igual ao carro automático
do Google, o EO é dotado de uma série de sensores – como câmeras e scanners –
que transmitem a eles informações sobre o entorno em tempo real.
A s formigas prateadas capazes de resistir a temperaturas de 70ºC.
À primeira vista, elas parecem gotas de mercúrio deslizando lentamente sobre a areia.
Mas esses pontos pequenos e brilhantes
que podem ser vistos nas horas mais quentes no deserto do Saara são, na
realidade, formigas prateadas.
E o que elas estão fazendo passeando
pelas dunas no momento em que os raios de sol estão tão fortes que fazem a
temperatura do solo de areia chegar aos 70°C?
Saem para buscar alimentos. E fazem
isso precisamente nessas horas para evitar o ataque de predadores.
Insetos assim não costumam sobreviver
quando a temperatura corporal supera os 53,6 °C, mas essas formigas conseguem
se manter vivas graças a um mecanismo engenhoso que permite que elas permaneçam
'frescas', como descobriu uma equipe internacional de cientistas. O resultado
da investigação foi publicado na revista científica Science.
O segredo, explicam os cientistas,
está na estrutura e organização singular dos pelos das formigas, que permite
que elas controlem o espectro solar e reduzam sua temperatura corporal.
Por um lado, o revestimento prateado
dos pelos serve para refletir os raios de sol para fora.
E por outro, essa cobertura ajuda a
formiga na hora de disseminar seu próprio calor interno para o ar mais fresco
que a rodeia.
A combinação desses processos faz com
que a temperatura da formiga prateada do Saara não supere os 50°C.
Os pelos dessas formigas têm uma forma
triangular. Em vez de crescer para cima, no momento que alcançam certa altura,
giram a um ângulo de 90° para ficar numa posição paralela à pele.
O próximo passo será estender o estudo
a outros animais e organismos que habitam ambientes extremos para analisar que
tipo de estratégias essas criaturas adotam para viver em condições tão
adversas.
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Mundo corporativo: gerente intermediário pode estar com dias contados.
A todo momento, em vários países, ouvimos políticos fazerem promessas sobre a criação de mais empregos para a classe média. São intenções louváveis, mas, infelizmente, se eles têm em mente aquelas pessoas que costumavam ocupar cargos médios de gestão, vão ter uma surpresa em saber que se trata de algo em vias de extinção.
Apesar de sabermos que sempre haverá
lugar para algumas pessoas supervisionarem o trabalho de outras, a triste
realidade é que mudanças nas tecnologias, na cultura do mundo dos negócios e na
própria força de trabalho estão conspirando para derrubar a figura do gerente
intermediário, presente há décadas dentro das empresas.
Devemos deixar de lado a expectativa
de que as companhias terão um plano de carreira tradicional, pela qual o
funcionário sobe degrau por degrau. Precisamos até esquecer a noção de que o
gerente intermediário é a argamassa que une todos os empregados e garante um
alinhamento de objetivos em toda a hierarquia corporativa.
Apesar de elogiados, os avanços
tecnológicos a que temos assistido já pesaram sobre os cargos de níveis mais
baixos. Softwares usados nos escritórios, incluindo o e-mail, permitem que
assistentes acumulem mais tarefas. Nos Estados Unidos, os caixas automáticos
substituíram o office boy que ia ao banco, a Amazon eliminou os balconistas e
os serviços automatizados de atendimento ao cliente reduziram a necessidade de
se ter pessoas respondendo a muitas chamadas.
Mais acima na hierarquia, o problema
se agrava ainda mais, principalmente em determinadas profissões. Afinal, o que
deve ter acontecido com aquelas pessoas que supervisionavam todos esses
trabalhadores que perderam seus empregos?
Eles não são mais tão necessários
quanto antes. Mas a coisa ainda piora (ou melhora, se pensarmos sob a ótica da
empresa que precisa reduzir custos).
Gerentes de Recursos Humanos, por
exemplo, ficam para trás se comparados com os mais novos algoritmos capazes de
identificar as habilidades necessárias para um determinado cargo e de encontrar
o melhor talento para a vaga. Então, muitas empresas estão começando a se
perguntar se realmente precisam de tantos gerentes de RH.
Executivos que até agora ganhavam para
identificar as preferências do consumidor em relação a vários tipos de produto
não conseguem competir com as análises de dados realizadas pelos vários sites
de vendas – da Apple e do Netflix à Amazon, por exemplo. Estes conseguem nos
oferecer o produto ou o conteúdo que nos interessa com muito mais precisão,
baseados em nosso comportamento online.
*Sydney Finkelstein é professor de
estratégia e liderança na Tuck School of Business, nos Estados Unidos, e autor
de 16 livros, entre eles 'Por Que Executivos Inteligentes Falham.
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