sexta-feira, 17 de julho de 2015

Por Alfredo Brites



Trânsito barulhento pode aumentar risco de morte e AVC.

 

A exposição a um tráfego particularmente barulhento aumenta ligeiramente o risco de morrer por doença cardiovascular, assim como o risco de ser hospitalizado por um acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com um estudo publicado na revista European Heart Journal.
Analisando cerca de 8 milhões de pessoas que viviam na grande Londres entre 2003 e 2010, pesquisadores britânicos estabeleceram uma relação entre um trânsito muito barulhento e uma taxa elevada de AVC. Segundo os cientistas, as pessoas que vivem numa zona onde os barulhos gerados pelo tráfego passam dos 60 decibéis durante o dia têm um risco aumentado de morte na ordem de 4% com relação àquelas que vivem em áreas mais calmas. O barulho agravaria a hipertensão, os problemas do sono e o stress, que são fatores de risco conhecidos das doenças cardiovasculares.
Os adultos que moram perto de vias particularmente barulhentas durante o dia também tiveram um risco aumentado de 5% de serem hospitalizados por um AVC, porcentagem que chega aos 9% entre os idosos. Nas áreas barulhentas durante a madrugada, contudo, apenas as pessoas mais velhas apresentaram um risco aumentado de AVC, na casa dos 5%.
Segundo Jaan Halonen, da London School of Hygiene & Tropical Medicine, que coordenou as pesquisas, este é o primeiro estudo a estabelecer uma relação entre o barulho e os acidentes vasculares cerebrais no Reino Unido. O resultado do estudo "se une ao número cada vez maior de dados que sugerem que uma redução de barulhos gerados pelo tráfego poderia ser benéfica para nossa saúde", disse. Em Londres, mais de 1,6 milhões de pessoas vivem nas áreas onde o barulho ultrapassa os 55 decibéis durante o dia.
Os cientistas reconhecem, contudo, que além do barulho, vários outros fatores como a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão e a diabetes desempenham um papel importante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. (France-Presse)

Trombose, que pode levar à morte, deve ser tratada rápido.



Rio - Pernas e pés inchados podem ser um alerta para a trombose venosa profunda, doença que forma coágulos (trombos) nas veias e prejudica a circulação sanguínea no corpo. O mal atinge qualquer faixa etária e, se não for tratado, coágulos podem se espalhar pelo organismo, causando até embolia pulmonar — o que impede a respiração e mata.
Além de inchaço, a trombose venosa causa vermelhidão, dor e ardência nas pernas e nos pés. Entre as causas da doença estão obesidade, gravidez, fumo e desidratação. Esses fatores dificultam o retorno do sangue ao coração e, por consequência, aumentam as chances de formação de coágulos nas veias.
Em certos casos, o mal não provoca nenhum sintoma, principalmente quando está relacionado a fatores genéticos. “Isso ocorre em pacientes com trombofilia, condição que pode ser causada também por insuficiência de proteínas no corpo”, afirma o angiologista e cirurgião vascular Joé Sestello, diretor do Hospital Geral de Nova Iguaçu.
As mulheres que tomam anticoncepcionais precisam tomar cuidado. Por conterem hormônios, as pílulas aumentam os riscos de surgimento de coágulos. O angiologista Julio Cesar Peclat de Oliveira sugere que as pacientes procurem um ginecologista, para que ele receite o medicamento mais adequado. “Os contraceptivos são a principal causa da patologia em jovens. Quem tem histórico genético da trombose venosa precisa ter mais cuidado”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro.
Há certos comportamentos que também aumentam as chances de trombose, por prejudicarem a circulação, como ficar em pé, agachado ou sentado na mesma posição durante horas. Caso tenha um dos sintomas, o ideal é procurar logo um médico. A doença é tratada com remédios anticoagulantes e, em casos mais graves, pode ser que o paciente fique internado.
Evite ficar parado
A trombose venosa profunda pode ser prevenida por medidas adotadas no cotidiano. No ambiente de trabalho, por exemplo, as pessoas devem se levantar a cada uma hora, para movimentar as pernas e ajudar na circulação de sangue no organismo, sugere o angiologista Julio Cesar. Segundo o especialista, o ideal é também mudar os hábitos alimentares, beber muito líquido e evitar o sedentarismo.O Dia

Fumar pode aumentar risco de desenvolver esquizofrenia.

 Cientistas do King's College de Londres relacionaram o hábito de fumar com o desenvolvimento da esquizofrenia. É o que mostra um estudo publicado na revista científica Lancet Psychiatry. O fumo sempre esteve associado à doença, mas acreditava-se que os pacientes mantinham o hábito apenas para aliviar os sintomas.

Para o estudo, os pesquisadores acompanharam 61 casos de pacientes diagnosticados com esquizofrenia. Após análise, eles perceberam que 57% dos doentes já fumavam antes de seu primeiro surto psicótico. Os resultados sugeriram que a nicotina seria capaz de alterar os níveis de dopamina no cérebro, neurotrasmissor relacionado ao problema.
O estudo mostrou ainda que os fumantes que consomem tabaco diariamente possuem risco aumentado em duas vezes de ter surtos, em comparação com os que fumavam menos. Além disso, aqueles que fumavam desenvolviam a doença, em média, um ano antes.
Para os autores da pesquisa, mais estudos são necessários para confirmar o achado. Eles ressaltaram ainda que a maioria dos fumantes não desenvolve esquizofrenia, mas acreditam que o tabaco representa um risco.
O distúrbio mental é caracterizado por perda de contato com a realidade, alucinações (audição de vozes), delírios, pensamentos desordenados, índice reduzido de emoções e alterações nos desempenhos sociais e de trabalho. A esquizofrenia afeta cerca de 1% da população mundial. O tratamento é feito com uso de remédios antipsicóticos, reabilitação e psicoterapia. A causa exata do transtorno ainda não é conhecida, mas estudos sugerem que ele seja uma combinação entre fatores genéticos e ambientais.
(com agência EFE)

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