sábado, 11 de julho de 2015

Por Alfredo Brites



Aparelho na boca ajuda a emagrecer.


 
A solução para perder peso pode ser simples: mastigar mais. Esta é a ideia de um aparelho lançado recentemente, que também limita a quantidade de alimento na boca, usado em tratamentos para emagrecer. Chamado de ‘dispositivo bariátrico’, o mecanismo deve ser colocado no céu da boca 15 minutos antes da refeição, e pode ser retirado logo depois. São evitadas cerca de 530 calorias por refeição.
Chamado de ‘dispositivo bariátrico’, aparelho é feito sob medida para cada paciente, por um dentista .
O dispositivo, já disponível mas ainda pouco conhecido no Brasil, só pode ser usado com orientação médica, e é contra indicado para crianças e portadores de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia.
O tratamento é uma maneira de lembrar às pessoas de que não são só os alimentos que importam, mas também a maneira como são ingeridos. “O grande problema das pessoas que sofrem para perder peso é a mastigação”, garante o ortodontista.
O número recomendado é de 30 a 40 vezes por garfada. A média, hoje em dia, seria de 15 mastigações, chegando a até cinco em alguns casos. “Ainda mais com a vida que o brasileiro leva: as pessoas acabam comendo correndo”, critica Flavio.
Para usar o dispositivo, também é preciso um acompanhamento mensal com um dentista e um nutricionista. “A gente depende do comportamento do paciente”, lembra Flavio. São checadas a frequência do uso e os cuidados com o aparelho.
O tempo de utilização depende de cada paciente, variando em relação à quantidade de peso que precisa ser perdida. “Não temos como prever como o organismo vai responder”, alerta.
O mecanismo não é indicado para crianças, porque exige cuidado, e pelas mudanças constantes no corpo. “É preciso esperar a criança concluir o crescimento”, ressalta o dentista. Um médico pode receitar o tratamento para um adolescente, em situações excepcionais. Nesse caso, novo aparelho é feito na fase adulta. 
O Dia

Sete em cada dez casos de câncer em homens são na próstata.


PSA alto significa presença do câncer. Mito. O PSA é uma enzima que pode indicar aumento do tamanho da próstata, mas nem sempre ele é um indicador preciso de ausência ou presença de câncer. Por isso, o exame de toque não pode ser substituído totalmente pelo exame de sangue para detectar o nível de PSA.
O câncer de próstata representa 70% dos diagnósticos de câncer em homens brasileiros, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), referentes a 2014. Segundo o INCA, há o registro de 70 mil novos casos por ano no país para uma doença que tem taxa de 90% de cura se o diagnóstico for inicial.
O problema é que o homem brasileiro tende a descobrir tarde devido à falta de informação e a resistência ao exame de toque retal. Esse exame é insubstituível e o único capaz de identificar a doença com precisão. 
Segundo o Centro de Referência da Saúde do Homem, 60% dos pacientes do sexo masculino só procuram tratamento quando a doença está em estágio avançado. O dado é de 2013. De acordo com o órgão da Secretaria de Estado da Saúde, todos os meses 1,5 mil homens chegam ao hospital com problemas mais adiantados e que necessitam de intervenção cirúrgica. 
Após chegarem por indicação médica ao Centro, 90% dos homens aceitam fazer os exames necessários. "Apesar da resistência, a conversa com o urologista faz a diferença", explica o diretor do hospital, Cláudio Murta.
A ida ao médico ainda depende muito do apoio dos familiares e 75% dos homens chegam ao local acompanhados da mulher, do filho ou outro familiar. "Aqueles que não estão acompanhados comentam que estão aqui porque sua mulher enviou", comenta Murta. 
UOL
Cerveja de pinhão gera lucro para pequenos agricultores.


Com o objetivo de gerar recursos financeiros para pequenos produtores rurais e, ao mesmo tempo, proteger a floresta de araucárias do Sul brasileiro, uma fundação privada de conservação da natureza criou, em parceria com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), o projeto Araucária+, cujo primeiro produto, a cerveja de pinhão sustentável, chegou neste inverno aos principais mercados consumidores do país. A floresta de araucárias faz parte de um conjunto de plantas e animais da Mata Atlântica, ameaçado de extinção. A floresta apresenta hoje entre 1% e 3% de sua cobertura original.
Coordenadora do Araucária+, Anke Manuela Salzmann destacou, em entrevista à Agência Brasil, que o objetivo prioritário é promover a conservação da floresta de araucárias. “O projeto visa a realizar essa conservação a partir do desenvolvimento sustentável de cadeias produtivas do pinhão, que é a semente da araucária, e da erva-mate, por exemplo.”
Com essa meta, uma cervejaria do município de Palmas, no interior do Paraná, adquiriu 800 quilos de pinhão oriundo do planalto serrano de Santa Catarina para produzir cerveja de pinhão. Para 2015, foram envasadas 45 mil garrafas, que têm como destino inicial os mercados de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Posteriormente, a ideia é levar a distribuição do produto a todo o país.
A bebida é produzida sazonalmente, apenas quando a extração do pinhão é autorizada, o que ocorre durante a época de safra, que começa, geralmente, no mês de abril e vai até agosto, variando de estado para estado. Anke Salzmann disse que o fabricante da cerveja quer produzir a bebida durante todo o ano.
Além de proteger a biodiversidade, o projeto pretendo elevar o lucro dos produtores. No caso da cervejaria do Paraná, a empresa pagou um sobre preço pelo pinhão, porque ele tem origem sustentável. Como os agricultores têm regras a cumprir, entre as quais manter 20% das pinhas nas araucárias, cercar áreas, retirar o gado dessas áreas – já que o gado dificulta a regeneração natural da floresta – eles têm que ser recompensados, comentou Anke.
“Quando a empresa compra um produto do projeto, ela já está ciente que vai pagar um pouco mais caro, por adquirir um produto de origem sustentável, ambientalmente correto”, disse. Com isso, a empresa ganha um diferencial para o seu produto final. O preço médio por quilo de pinhão da safra de 2015 variou entre R$ 2,50 e R$ 3, mas os integrantes do Araucária+ receberam R$ 4 por quilo.
Parte do valor pago pela cervejaria vai para um fundo que recompensa produtores do Aracuária+. Há florestas de araucárias intactas em suas propriedades, voltadas somente para a conservação. Atualmente, 12 pequenos produtores estão formalmente integrados ao projeto. Cinquenta estão em processo de formalização, informou o pesquisador do Centro de Economia Verde do Certi, André Noronha.
A Fundação Certi acredita que esse modelo inovador de desenvolvimento regional sustentável pode vir a ser aplicado a outros biomas brasileiros. Agência Brasil

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