sexta-feira, 3 de abril de 2015

Por Alfredo Brites



 
Seu gato está estressado? O remédio é música clássica
 Quando seu gato estiver muito agitado, uma dose de música clássica, especialmente do período barroco ou composições líricas, vai ajudá-lo a se acalmar. De acordo com uma pesquisa publicada no periódico Journal of Feline Medicine and Surgery, esse gênero musical pode ajudar a tranquilizar os felinos durantes consultas veterinárias e até cirurgias.
O estudo, conduzido por um grupo de veterinários da Universidade de Lisboa, decidiu testar o efeito da música instrumental no estado fisiológico dos bichos. Miguel Carreira, veterinário e autor principal, conta que percebeu durante as consultas que esse tipo de música provocava um efeito de mais confiança e tolerância nos felinos, especialmente as composições de um dos mestres do barroco europeu, o germânico naturalizado britânico George Handel (1685-1759). "Depois de ler sobre a influência da música nos parâmetros fisiológicos em humanos, eu decidi fazer um estudo para testar essa hipótese com animais submetidos a cirurgias", conta o pesquisador.
Música na cirurgia - Participaram do estudo doze gatas que passaram pelo processo de castração (remoção do útero e dos ovários). A respiração e o diâmetro das pupilas dos animais foram registrados durante o procedimento. Com fones de ouvido, os animais foram expostos durante a cirurgia a dois minutos de silêncio (como forma de controle), dois minutos de música clássica - Adagio for Strings, do compositor americano Samuel Barber (1910-1981) - seguida por parte de Thorn, da australiana Natalie Imbruglia e Thunderstruck, da banda de rock AC/DC.
Os resultados mostraram que os gatos estavam mais relaxados quando ouviram música clássica. O pop resultou em valores intermediários nas medições e o heavy metal provocou a situação mais estressante. Os pesquisadores acreditam que o uso de músicas do gênero adequado na sala de cirurgia pode levar a uma redução nas doses de anestesia, reduzindo os riscos aos animais.
RELIGIÃO É FUNDAMENTAL PARA A FORMAÇÃO DOS FILHOS.
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Amar o próximo, aceitar e respeitar as diferenças, fazer o bem sem olhar a quem. Esses são alguns valores que guiam as famílias e a educação das crianças, sem necessariamente ter relação com uma única religião específica. O papel da crença religiosa na vida das crianças, portanto, vai muito além do cumprimento de rituais obrigatórios. Para os especialistas, é sobre desenvolver um olhar mais compassivo no dia a dia. Mas só a religião tem esse poder?
"A religião é um eixo sobre aprender a conviver, viver junto com os demais. Quando ela dá esse sentido social, comunitário e de relacionamento pacífico, é um ótimo componente para o desenvolvimento infantil. É sobre aprender a respeitar o outro e colher os frutos do que você plantou, pensando em qualquer religião. Não é o nome ou a tradição religiosa que qualifica essa educação. É o que ela imprime de valor na vida de crianças e adolescentes", afirma Ascânio João Sedrez, diretor geral do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo.
Do mesmo jeito que não existe uma doutrina melhor do que a outra, em termos de valores e ideais, não se pode dizer que a descrença absoluta tem exclusivamente efeitos negativos na vida e educação dos filhos. Muito pelo contrário. Quando desassociamos aqueles valores morais da ideia de uma divindade superior, nada da essência é perdido. Amor, compreensão, respeito e compaixão são valores que transcendem os limites religiosos.
Se a religião é fonte de conflito em casa, por causa de discordâncias pessoais dos pais, os efeitos negativos sobre as crianças são muito maiores. Disputar os pequenos, para que sejam convertidos, pode gerar traumas e total aversão à ideia de espiritualidade. Nesses casos, uma criação livre da crença em uma força superior é mais saudável, porque se afasta dos conflitos e do próprio fanatismo religioso.
 
Bolivianas tricotam dispositivos que 'consertam' corações infantis
 Na etnia Aymara, na Bolívia, as tricoteiras carregam séculos de tradição na confecção de casacos, cobertores e chapéus típicos feitos de lã. Agora, sua técnica está ajudando a produzir um equipamento médico de alta tecnologia, com o objetivo de salvar a vida de crianças nascidas com problemas congênitos que formam "buracos" no coração.
"Estamos muito felizes por fazer algo para que alguém possa sobreviver", diz a tricoteira Daniela Mendoza, que confecciona a pequena peça em uma sala especialmente higienizada.
Em cerca de duas horas ela produz um "Nit Occlud", como é chamada a peça, projetada pelo cardiologista Franz Freudenthal.
O dispositivo, conhecido na medicina pelo nome em inglês occluder, é usada para cobrir e bloquear um buraco no coração do paciente.
A maioria das peças é feita em escala industrial, mas a versão de Freudenthal é tão pequena e elaborada que dificulta sua produção em massa. Por isso, ele tem usado a expertise das tricoteiras para fazê-las manualmente.
Os primeiros protótipos foram testados nos corações de ovelhas com problemas cardíacos. Depois de usá-los com sucesso também no coração de crianças, ele agora exporta a técnica.
O aparelho de Freudenthal é feito de um único fio de metal superelástico, usado na indústria militar, conhecido como nitinol. Ele é capaz de memorizar sua própria forma e pode ser comprimido para entrar em um cateter, passar pelos vasos sanguíneos e expandir ao chegar no ponto correto do coração.
Ao recuperar sua forma original - semelhante a uma cartola -, ele bloqueia o buraco cardíaco (também conhecido como Persistência do Canal Arterial, ou PCA. Em geral, esse buraco é corrigido naturalmente após o nascimento do bebê).

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