quinta-feira, 19 de março de 2015

Por Alfredo Brites


DINHEIRO TORNA AS PESSOAS MÁS?

 BBC News em Los Angeles

De avarentos mal-humorados aos lobos de Wall Street, Hollywood já abordou sob diversos ângulos o poder corruptor do dinheiro. Mas esses relatos da tela grande são confiáveis? O dinheiro nos torna pessoas más?
O psicólogo social Paul Piff passa algumas tardes cruzando uma faixa de pedestres à beira-mar de Los Angeles, em meio a skatistas e passeadores de cães.
Graças ao grande número de endinheirados na região, não faltam carros luxuosos, híbridos ou esportivos pelas ruas.
Piff está ali para ilustrar um de seus experimentos mais provocativos: ela quer saber se motoristas ricos param menos para os pedestres do que pobres.
Motoristas são, por lei, obrigados a parar se alguém quiser atravessar a rua. E, enquanto um Lexus passa na sua frente sem deixar que ele cruze a rua, Piff explica o que seus pesquisadores descobriram.
"Nenhum dos motoristas dos carros mais baratos desrespeitou a lei, enquanto quase 50% dos motoristas de carros mais caros desrespeitou", diz ele.
Piff também perguntou a diversas pessoas de diferentes classes sociais como elas se comportariam em diferentes cenários.
Mas a pesquisa de Piff sugere o contrário: que ter mais dinheiro faz com que você se preocupe menos com os outros e se sinta no direito de colocar interesses próprios em primeiro lugar.
Após quase uma década de pesquisas nessa área, Piff chegou à polêmica conclusão de que a prosperidade, em vez de transformar você em um benfeitor, pode ser algo ruim para sua bússola moral.
"(O dinheiro) torna você mais afinado com seus próprios interesses e seu próprio bem-estar", ele diz.
 
OBESIDADE ELEVA CHANCES DE CÂNCER EM MULHERES.
 BBC
Uma pesquisa da organização britânica Cancer Research UK sugere que a obesidade aumenta em até 40% as chances de mulheres desenvolverem sete tipos de câncer.
O problema pode aumentar o risco de câncer de intestino, câncer de mama depois da menopausa, de vesícula biliar, rins, pâncreas, útero e câncer de esôfago.
Segundo os pesquisadores, a obesidade pode aumentar o risco de desenvolver câncer de muitas formas. Uma possibilidade é que a doença esteja ligada à produção de hormônios em células de gordura, especialmente o estrogênio.
Acredita-se que o estrogênio seja o combustível para o desenvolvimento de câncer.
A pesquisa analisou um grupo de mil mulheres obesas e descobriu que, neste grupo, 274 tinham maior tendência a desenvolver câncer ao longo de sua vida.
Os pesquisadores também analisaram um grupo de mil mulheres com o peso considerado normal e descobriram que 194 mulheres tinham chances de ser diagnosticadas com câncer durante suas vidas.
"Sabemos que nosso risco de desenvolver câncer depende de uma combinação de nossos genes, nosso ambiente e outros aspectos de nossas vidas, muitos dos quais podemos controlar. Ajudar as pessoas a entender como elas podem reduzir o risco de desenvolver câncer ainda é crucial para enfrentar a doença”.

O que seu rosto revela sobre você
 BBC Future
Na Grécia Antiga, filósofos ilustres se dedicaram ao estudo das aparências. Aristóteles e seus discípulos, por exemplo, chegaram até a elaborar teorias sobre como as feições de alguém refletiam seu espírito.
“Cabelos macios são um indício de covardia, enquanto fios mais grossos são um sinal de coragem”, afirmavam. O atrevimento, segundo eles, podia ser lido em uma pessoa com “olhos brilhantes, bem abertos e com pálpebras injetadas de sangue”. Já um nariz largo era tido como indicativo de preguiça, um pouco como o focinho de ruminantes.
Hoje, somos aconselhados a não julgar ninguém pela aparência. Mas alguns psicólogos estão descobrindo que o rosto é praticamente uma janela para nossos segredos mais bem guardados.
Para eles, os traços de uma pessoa podem revelar detalhes sobre sua personalidade, sua saúde e sua inteligência.

Estrutura óssea assertiva

“A teoria é que, assim como genes e níveis hormonais, nossa biologia também influencia o crescimento. E os mesmos mecanismos dão forma à nossa personalidade”, explica Carmen Lefevre, pesquisadora da Universidade de Northumbria, na Grã-Bretanha.
Pensemos na estrutura óssea do rosto – se ela é relativamente curta e larga ou alongada e longilínea. Lefevre descobriu que as pessoas com níveis mais altos de testosterona tendem a ter rostos mais largos, com bochechas maiores, e têm mais tendência a terem uma personalidade mais assertiva, por vezes até agressiva.
A quantidade de gordura no rosto, por exemplo, pode ser um melhor indicador da forma física de alguém do que outros marcadores mais comuns, como o Índice de Massa Corporal (IMC).
Indivíduos com rostos mais finos e alongados têm menos chances de contrair infecções e, quando isso ocorre, a doença é menos grave. Eles também tendem a ter uma incidência menor de depressão e ansiedade, provavelmente porque a saúde mental está bastante ligada à forma física, de maneira geral.

Segredos nas selfies

O mínimo que esse conhecimento faz é nos ajudar a restaurar a reputação da “fisiognomia”, prática adotada por antigos médicos indianos e chineses de fazer diagnósticos somente pela observação do rosto e que foi questionada nos últimos séculos pela medicina ocidental.
A disciplina está voltando a ganhar credibilidade. Portanto, corremos o risco de descobrir que muitas surpresas estão escondidas nas nossas selfies.







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