sexta-feira, 13 de março de 2015

Por Alfredo Brites



 





UOL
Caspa provoca calvície? E estresse? Ter mãe ou pai calvo significa que os filhos sofrerão do mesmo problema? Muitas dúvidas que rondam o assunto têm fundamento, mas outras não passam de lenda. Para explicar o que de fato é verdadeiro e o que é mito, UOL Beleza conversou com três tricologistas (médicos especializados em cabelos). A seguir, eles compartilham o seu conhecimento.
1) Homem com muito pelo no corpo tem mais chance de ser careca.
Mito. Não existe nada que comprove essa relação. Pode-se cogitar que, por conta do mecanismo hormonal de queda capilar ser o mesmo do crescimento dos pelos do corpo, essas duas situações possam estar correlacionadas. Se caso fosse assim, todo calvo seria peludo e vice-versa; mas não é o que acontece.
2) Calvos têm menos chance de ter câncer de próstata.
Mito. "Há vários estudos que apontam o contrário e mostram que alguns padrões de calvície podem, inclusive, ter relação com um risco maior para o câncer de próstata", acredita o Dr. Ademir Jr, médico e presidente da Academia Brasileira de Tricologia. Já Luciano Barsanti, diretor do Instituto do Cabelo, argumenta outra razão: "Coincidentemente o mesmo hormônio, o DHT (Diidrotestosterona), é responsável pela calvície genética e pelo câncer de próstata, mas isso não significa que o calvo é mais propenso ao câncer de próstata, pois as doenças advêm de genes diferentes".
3) Caspa causa calvície.
Mito. A dermatite seborreica, como é chamada a caspa, pode aumentar a queda dos cabelos, mas jamais provocar calvície severa ou definitiva.
4) Se o homem chegou aos 40 anos com cabelo, está descartada a possibilidade de ficar careca.
Mito. Em alguns casos, a calvície pode surgir a partir dos 40 anos. O que muda é que nessas circunstâncias ela se desenvolve de forma mais lenta e gradativa. Quanto mais cedo a calvície se manifesta, pior é o prognóstico. No entanto, 90% dos homens que possuem o gene da calvície manifestam os sintomas a partir desta idade; já aqueles que não herdaram o gene da calvície não vão ficar carecas em nenhuma idade.
5) Ter pai ou mãe com problema grave de calvície significa que os filhos serão calvos
Depende. Pode ser que sim, já que as chances são maiores por hereditariedade. Mas há casos em que, por conta do padrão genético dos pais, os filhos podem não desenvolver o problema.
Para muitos homens, assumir as entradas ou a careca total é um tabu. Afinal de contas, para a maioria, a falta de cabelo abala a autoestima. Porém, cuidados complementares com o visual podem transformar a aparência e usar a característica como ponto positivo. 

 

6) Estresse causa queda do cabelo
Verdade. O estresse realmente causa queda de cabelos, estudos comprovam que as substâncias liberadas nos momentos de estresse mudam a química do corpo e causam a queda dos cabelos. 
7) Remédio para a calvície causa impotência.
Mito. "Embora os medicamentos sintéticos, por serem elaborados quimicamente, apresentem uma melhor eficácia, hoje existem várias opções de fitoterápicos orgânicos (provenientes de plantas) que são naturais, proporcionam resultados animadores e sem efeitos colaterais", afirma Barsanti.
8) O uso regular de boné pode levar à calvície
Mito. Em lugares fechados, os bonés podem aumentar a produção de seborreia provocando caspa e prurido, mas é impossível isso provocar a calvície.
9) Pintar os cabelos causa calvície
Mito. As fórmulas atuais das colorações são seguras. É impossível que a tinta, por si só, leve à queda dos cabelos. Pode haver, sim, no máximo quebra dos fios quando o procedimento de tintura for realizado de forma incorreta.
10) Anabolizantes causam calvície
Verdade. "Essas substâncias são responsáveis pela maior produção de DHT, componente derivado da testosterona que afina os fios, levando à queda excessiva dos cabelos e podendo levar à morte", explica Barsanti.
 
SEXO MANTÉM CÉREBRO DE IDOSO MAIS JOVEM.
 Ter uma vida sexual saudável não só melhora o humor, a pele, o cabelo, mas também o poder cerebral. Um estudo holandês publicado no American Journal of Geriatric Psychiatry descobriu que quanto mais satisfeita uma pessoa é com sua vida amorosa entre os 60 e 70 anos, mais nítidas são as atividades cerebrais e melhor é sua memória.
A pesquisa descobriu que mais da metade dos homens e 30% das mulheres com 70 anos ou mais continuam sexualmente ativos. E, deste total, mais de 33% fazem sexo ao menos duas vezes por mês. 
Eles chegaram a estas conclusões após questionarem 1.700 homens e mulheres holandeses sobre a rotina sexual e intimidade na cama. Os voluntários, que tinham entre 58 e 98 anos, passaram ainda por baterias de exames mentais, de memória e de diversas habilidades cognitivas. 
Deste total, 65% disseram que tinham um parceiro e ainda sentiam necessidade de dividir a intimidade com outra pessoa. Aqueles que contaram estarem mais satisfeitos com a vida entre quatro paredes e disseram achar a vida sexual importante para a saúde, tiveram resultados melhores nos testes, especialmente as mulheres. 
Apesar dos resultados, os especialistas não conseguiram definir a relação exata entre o sexo e as funções cerebrais. Eles discutem duas hipóteses: a de que o sexo é o responsável por manter o cérebro mais ativo ou a de que naturalmente aquelas pessoas que têm condições cerebrais melhores estão mais ligados a esta questão, já que comprovadamente o interesse sexual é reduzido de acordo com o envelhecimento da mente. O que eles sabem é que a rotina sexual fez novas células surgirem no cérebro de ratos estudados em laboratórios.
 
HOMEOPATIA CURA OU NÃO!
 



A homeopatia não é eficaz no combate a nenhum tipo de doença. Além disso, adeptos desse método podem colocar a saúde em risco ao abrir mão ou postergar um tratamento comprovado cientificamente. A conclusão é de uma revisão de estudos divulgada recentemente.
O tratamento homeopático consiste em fornecer ao paciente doses mínimas de compostos que, de acordo com os homeopatas, causam a doença. Essas substâncias estimulariam o organismo a reagir, fortalecendo suas defesas e curando moléstias.
Cientistas do Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (NHMRC, na sigla em inglês), órgão do governo australiano, revisaram 225 estudos sobre homeopatia. Embora algumas pesquisas tenham demonstrado resultados favoráveis ao método, elas "tinham poucos participantes, eram mal elaboradas ou mal conduzidas", afirmam os autores, de modo que não foi possível concluir que a homeopatia é melhor do que qualquer outro tratamento.
"Qualquer tratamento médico deve ser baseado em evidências confiáveis. A revisão mostrou que não é possível afirmar que a homeopatia funciona melhor do que placebo", disse Warwick Anderson, CEO no NHMRC.
Para ele, a homeopatia pode prejudicar a saúde de pacientes com doenças crônicas e sérias. "Pessoas que escolhem a homeopatia podem colocar sua saúde em risco ao rejeitar ou postergar tratamentos comprovados cientificamente."

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