quarta-feira, 11 de março de 2015

Por Alfredo Brites



  Pesquisadores de Leeds, na Inglaterra, alertaram para a possibilidade de médicos subestimarem os riscos a que estão expostos seus pacientes com o uso prolongado do paracetamol, o mais popular entre os analgésicos.
Doentes crônicos que recorrem ao medicamento - usualmente, pessoas que costumam ingeri-la diariamente e em grande quantidade por vários anos - tendem a aumentar o risco de morrer ou então desenvolver problemas renais, intestinais e cardíacos, afirmaram os estudiosos.
Liderada por Philip Conaghan, no Instituto de Medicina Reumática e Músculo-esquelética, a equipe analisou dados a partir de oito estudos já publicados sobre o uso frequente de paracetamol.
Os dados disponíveis referem-se apenas a pessoas que tiveram o remédio receitado por um médico e não incluíram quem compra na farmácia por conta própria.
Um desses oito estudos tinha constatado uma taxa maior de letalidade, de até 63%, comparando usuários do paracetamol com quem não tinha sido receitado no período em que o estudo foi realizado.
Outras quatro pesquisas concluíram elevado risco de problemas cardiovasculares, variando de 19% a 68%. O risco de hemorragia gastro-intestinal e outros efeitos colaterais no intestino chegou ao máximo de 49%.
Por fim, em três dos trabalhos acadêmicos referenciados houve acordo quanto à ingestão de paracetamol causar problemas no sistema renal.
Em todo os casos, os riscos se relacionavam com a quantidade de remédio ingerido - em outras palavras, quanto maior a dose, maior o risco, como publicado no jornal britânico Annals of the Rheumatic Diseases (Anais de Doenças Reumáticas).

 


Crédito IG
A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer limitar o consumo de açúcares ocultos nos produtos alimentícios, como o ketchup ou as bebidas açucaradas com gás, responsáveis por inúmeros problemas de saúde, como a obesidade, o excesso de peso e as cáries.
Segundo novas diretrizes da OMS publicadas, os açúcares não deveriam ultrapassar 10% da ração energética diária da população, tanto em adultos quanto em jovens e crianças.
Trata-se do equivalente a 50 gramas de açúcar, o que cabe em cerca de 5 colheres de sopa ou em um quarto de xícara.
A agência da ONU lembra que muitos açúcares consumidos atualmente estão ocultos em alimentos que não são considerados doces em sentido estrito, como molhos.
Uma colher de sopa de ketchup representa 4 gramas de açúcar oculto, e uma lata de refrigerante pode conter até 40 gramas, o equivalente a 4 colheres de café. A OMS considera que seria conveniente não ultrapassar 5% da ração energética diária.
Novas regras.
Para isso, propõe medidas como uma melhor rotulação dos alimentos, na qual se inclua a quantidade de açúcares ocultos.
Também defende menos "campanhas publicitárias tendo as crianças como público-alvo, para produtos com grande conteúdo deste tipo de açúcares".
Por último, a Organização recomenda que os países se "comprometam no diálogo com as indústrias agroalimentícias para que reduzam os açúcares ocultos na composição de seus produtos".


 CÉREBRO É PRESERVADO: SÓ COM EXERCICIOS.
Uma nova pesquisa revelou que pessoas que não se exercitam na meia-idade têm um volume cerebral menor ao chegar aos 60 anos do que aquelas que praticam atividade física. O tamanho do cérebro é um indicador do envelhecimento.
Pesquisadores avaliaram dados de mais de 1 200 pessoas que fizeram um teste ergométrico em média aos 41 anos. O teste ergométrico é realizado na esteira e serve para avaliar a saúde cardiovascular do indivíduo. Nenhum dos participantes tinha doenças cardíacas ou problemas cognitivos no início do levantamento. Quando esses voluntários começaram a chegar aos 60 anos, foram submetidos a exames de ressonância magnética do cérebro, assim como a testes cognitivos.
O estudo descobriu que as pessoas que se saíram pior nos testes ergométricos tinham menor volume cerebral na velhice do que aqueles que tiveram resultados melhores. Além disso, o desempenho desses voluntários nos testes cognitivos foi mais fraco.
"Muitas pessoas só começam a se preocupar com a saúde mental na velhice, mas o estudo oferece mais uma evidência de que certos comportamentos e fatores de risco na meia-idade podem ter consequências no envelhecimento do cérebro", afirma Nicole Spartano, pesquisadora da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos.
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