segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Por Alfredo Brites





 






BBC
Durante a temporada de acasalamento de inverno, a competição por uma fêmea de macaco-japonês é acirrada. Os machos não têm de disputar apenas com outros machos, mas também com outras fêmeas.
Entre esses animais, objetos de estudo do psicólogo Paul Vasey, da Universidade de Lethbridge, no Canadá, uma fêmea sobe na outra e estimula seus genitais esfregando-os na parceira. As duas se olham nos olhos durante a relação e tendem a permanecer semanas juntas, inclusive para dormir e se defender de possíveis rivais.
Já se sabe que o comportamento homossexual é bastante comum no reino animal, envolvendo de insetos a mamíferos. Mas será que é possível chamar esses bichos de homossexuais?
O primeiro livro que trouxe o assunto para o centro das discussões foi Biological Exuberance, de Bruce Bagemihl, publicado em 1999. O texto citava inúmeros exemplos de relações homossexuais em uma grande variedade de espécies, que logo viraram objeto de estudo sistemático por parte dos cientistas.
No caso dos macacos-japoneses, Vasey e sua equipe observaram que mesmo participando de relações sexuais com outras fêmeas, elas continuavam interessadas nos machos. Entre esses animais, as fêmeas frequentemente montam no macho, aparentemente para incentivá-los a acasalar.
Em alguns casos, existem razões evolucionárias para explicar o comportamento homossexual dos animais.
Por exemplo: em seus primeiros 30 minutos de vida, machos das moscas-das-frutas tentam copular com qualquer outra mosca, macho ou fêmea. Só depois eles aprendem a reconhecer o odor das fêmeas virgens e se concentram nelas.

'Homo' ou 'bi'?

Entre aves, algumas fêmeas se unem a outras para cuidar de seus filhotes
Outros animais, no entanto, realmente parecem ser totalmente gays. Um deles é o albatroz-de-laysan, que vive no arquipélago americano do Havaí.
Entre esses enormes pássaros, os casais normalmente permanecem 'casados' por toda a vida e participam ativamente dos cuidados com os filhotes.
Mas em uma população da ilha de Oahu, 31% dos casais são formados por duas fêmeas sem parentesco entre si. E mais: elas cuidam de filhotes cujos pais são machos que já estão em um 'casamento estável' com outra fêmea, mas 'pulam a cerca' para acasalar com uma ou ambas as fêmeas do casal de mesmo sexo.
Segundo a bióloga Marlene Zuk, da Universidade de Minnesota, se as fêmeas de albatrozes não criassem seus filhotes com outra fêmea, teriam mais dificuldades para chocar seus ovos e buscar comida.
Talvez nunca encontremos um animal selvagem que seja estritamente homossexual como muitos humanos. Mas podemos estar certos de que vamos descobrir cada vez mais animais que não se encaixam nas categorias tradicionais de orientação sexual.
Eles usam o sexo para satisfazer todo tipo de necessidade, do simples prazer à afirmação social. E isso exige flexibilidade.







AP

O papa Francisco admitiu  que está refletindo sobre o celibato e a situação de padres casados que celebram missas no rito oriental.
"Isso está presente na minha agenda", disse o Pontífice, ao ser questionado sobre o tema durante um encontro com sacerdotes em Roma.
Atualmente, padres católicos de rito latino que se casam são automaticamente impedidos de exercerem a comunhão e celebrarem missas. No entanto, sacerdores de rito oriental podem contrair matrimônio e manter suas funções.
Em maio do ano passado, Francisco afirmou que o celibato não é um dogma da Igreja Católica, ou seja, não é algo indiscutível em uma crença. Mas o Papa ressaltou que "aprecia" essa "regra de vida".



 Diversas pesquisas já relacionaram a falta de sono com o ganho de peso e o diabetes tipo 2. Um novo estudo explicou por que isso acontece. De acordo com cientistas da Universidade de Chicago, quem dorme menos de cinco horas por noite pode sofrer uma elevação no nível dos ácidos graxos, que reduzem a ação da insulina no organismo. A curto prazo, o insone apresenta um quadro de pré-diabetes temporária e, a longo, pode desenvolver diabetes. A descoberta foi relatada em um estudo publicado nesta quinta-feira no periódico Diabetologia.
Participaram da pesquisa, que durou quatro dias, dezenove homens saudáveis de 18 a 30 anos. Os voluntários foram separados em dois grupos: um dormiu 8 horas e meia por noite e outro, 4 horas e meia. Amostras de sangue dos participantes foram coletadas a cada 15 ou 30 minutos durante 24 horas após o terceiro dia de pesquisa. Também foram mediram as taxas de ácidos graxos, hormônio de crescimento (GH), glicose, insulina, noradrenalina e cortisol dos voluntários.
Resultado — Após três noites, o grupo que dormiu quatro horas ficou com níveis de ácidos graxos até 30% mais altos que o normal pela manhã, uma elevação relacionada ao aumento da resistência à insulina. Além disso, nesse grupo caiu a secreção do GH e cresceu a taxa de noradrenalina no sangue, fatores que contribuem para a elevação de ácidos graxos no organismo. A habilidade da insulina de regular os níveis de glicose no sangue diminuiu 23% após uma noite mal dormida.

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