BBC
Entre
esses animais, objetos de estudo do psicólogo Paul Vasey, da Universidade de
Lethbridge, no Canadá, uma fêmea sobe na outra e estimula seus genitais esfregando-os
na parceira. As duas se olham nos olhos durante a relação e tendem a permanecer
semanas juntas, inclusive para dormir e se defender de possíveis rivais.
Já
se sabe que o comportamento homossexual é bastante comum no reino animal,
envolvendo de insetos a mamíferos. Mas será que é possível chamar esses bichos
de homossexuais?
O
primeiro livro que trouxe o assunto para o centro das discussões foi
Biological Exuberance, de Bruce Bagemihl, publicado em 1999. O texto citava
inúmeros exemplos de relações homossexuais em uma grande variedade de espécies,
que logo viraram objeto de estudo sistemático por parte dos cientistas.
No
caso dos macacos-japoneses, Vasey e sua equipe observaram que mesmo
participando de relações sexuais com outras fêmeas, elas continuavam
interessadas nos machos. Entre esses animais, as fêmeas frequentemente montam
no macho, aparentemente para incentivá-los a acasalar.
Em
alguns casos, existem razões evolucionárias para explicar o comportamento
homossexual dos animais.
Por
exemplo: em seus primeiros 30 minutos de vida, machos das moscas-das-frutas
tentam copular com qualquer outra mosca, macho ou fêmea. Só depois eles
aprendem a reconhecer o odor das fêmeas virgens e se concentram nelas.
'Homo' ou 'bi'?
Outros
animais, no entanto, realmente parecem ser totalmente gays. Um deles é o
albatroz-de-laysan, que vive no arquipélago americano do Havaí.
Entre
esses enormes pássaros, os casais normalmente permanecem 'casados' por toda a
vida e participam ativamente dos cuidados com os filhotes.
Mas
em uma população da ilha de Oahu, 31% dos casais são formados por duas fêmeas
sem parentesco entre si. E mais: elas cuidam de filhotes cujos pais são machos
que já estão em um 'casamento estável' com outra fêmea, mas 'pulam a cerca'
para acasalar com uma ou ambas as fêmeas do casal de mesmo sexo.
Segundo
a bióloga Marlene Zuk, da Universidade de Minnesota, se as fêmeas de albatrozes
não criassem seus filhotes com outra fêmea, teriam mais dificuldades para
chocar seus ovos e buscar comida.
Talvez
nunca encontremos um animal selvagem que seja estritamente homossexual como
muitos humanos. Mas podemos estar certos de que vamos descobrir cada vez mais
animais que não se encaixam nas categorias tradicionais de orientação sexual.
Eles
usam o sexo para satisfazer todo tipo de necessidade, do simples prazer à
afirmação social. E isso exige flexibilidade.
AP
O papa Francisco admitiu que está refletindo sobre o celibato e a situação de padres casados que
celebram missas no rito oriental.
"Isso está presente na minha agenda",
disse o Pontífice, ao ser questionado sobre o tema durante um encontro com
sacerdotes em Roma.
Atualmente, padres católicos de rito latino que se
casam são automaticamente impedidos de exercerem a comunhão e celebrarem
missas. No entanto, sacerdores de rito oriental podem contrair matrimônio e
manter suas funções.
Em maio do ano passado, Francisco afirmou que o
celibato não é um dogma da Igreja Católica, ou seja, não é algo indiscutível em
uma crença. Mas o Papa ressaltou que "aprecia" essa "regra de
vida".
Diversas
pesquisas já relacionaram a falta de sono com o ganho de peso e o diabetes tipo
2. Um novo estudo explicou por que isso acontece. De acordo com cientistas da
Universidade de Chicago, quem dorme menos de cinco horas por noite pode sofrer
uma elevação no nível dos ácidos graxos, que reduzem a ação da insulina no
organismo. A curto prazo, o insone apresenta um quadro de pré-diabetes
temporária e, a longo, pode desenvolver diabetes. A descoberta foi relatada em
um estudo publicado nesta quinta-feira no periódico Diabetologia.
Participaram
da pesquisa, que durou quatro dias, dezenove homens saudáveis de 18 a 30
anos. Os voluntários foram separados em dois grupos: um dormiu 8 horas e
meia por noite e outro, 4 horas e meia. Amostras de sangue dos participantes
foram coletadas a cada 15 ou 30 minutos durante 24 horas após o terceiro
dia de pesquisa. Também foram mediram as taxas de ácidos graxos, hormônio
de crescimento (GH), glicose, insulina, noradrenalina e cortisol dos
voluntários.
Resultado
— Após
três noites, o grupo que dormiu quatro horas ficou com níveis de ácidos graxos
até 30% mais altos que o normal pela manhã, uma elevação relacionada ao
aumento da resistência à insulina. Além disso, nesse grupo caiu a secreção do
GH e cresceu a taxa de noradrenalina no sangue, fatores que
contribuem para a elevação de ácidos graxos no organismo. A habilidade da
insulina de regular os níveis de glicose no sangue diminuiu 23% após uma noite
mal dormida.
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