Pílula anticoncepcional: cuidado com três efeitos colaterais perigosos.
Efeitos colaterais não são novidade
para nenhuma mulher que usa
pílula anticoncepcional: inchaço e
aumento de peso, dores de cabeça e, inclusive, diminuição da
libido são reações comumente citadas por
usuárias do medicamento. Porém, em alguns casos, a situação pode ser bem mais
grave. Cerca de 10 a cada 10 mil consumidoras de contraceptivos orais
combinados (pílulas com estrogênio e progesterona na composição) sofrem com trombose, embolia pulmonar ou AVC.
O número de discussões sobre os
efeitos do uso de anticoncepcionais tem aumentado cada vez mais nos últimos
anos: por um lado, há uma comprovação de que mulheres que tomam pílulas
combinadas possuem mais chances de desenvolver tromboembolismo, mas existem
outros fatores para levar em conta. Primeiro, a chance é bem reduzida e,
segundo, depende da propensão e do histórico de cada mulher. Resumindo: não há
um consenso entre os médicos sobre quais são os reais perigos dos
contraceptivos orais, apenas uma concordância de que os benefícios superam os
riscos.
Países
como Estados Unidos e França proibiram certas marcas
e adotaram algumas medidas para que as mulheres conheçam as contraindicações da
medicação que estão tomando. Já no Brasil, a Anvisa atualizou no ano passado informações
sobre os efeitos colaterais graves dos anticoncepcionais, após receber um
número grande de reclamações a respeito dos contraceptivos compostos. Segundo o
documento disponibilizado pela agência, o risco de trombose associada às
medicações orais varia conforme o tipo de progestagênio da pílula e não do
histórico de risco de cada mulher.
Entenda
alguns dos riscos graves do uso de contraceptivos orais combinados:
Trombose
Ela é causada por um coágulo formado
dentro de veias ou artérias, que bloqueia a passagem do sangue. Dependendo do
lugar em que se forma o coágulo, ele pode causar o entupimento de vias
importantes do corpo, como pulmão e cérebro. O risco dos anticoncepcionais
orais está relacionado à variação de hormônios, uma das principais causas
da trombose. O controle das doses de hormônios presentes nas pílulas tem
ajudado na redução da incidência de tromboses, mas o risco ainda existe.
Embolia
pulmonar
A embolia pulmonar surge quando a
trombose obstrui as artérias dos pulmões, normalmente por coágulos formados em
veias profundas das pernas ou da pélvis e liberados no sangue. A gravidade
dessa condição está relacionada ao tamanho do êmbolo, pois os maiores podem
interromper completamente a circulação pulmonar. Entre os fatores de risco,
junto com os anticoncepcionais, estão imobilidade prolongada, cirurgias,
varizes, obesidade e tabagismo.
AVC
O risco de acidente vascular cerebral,
ou derrame, associado ao uso da pílula é cada vez menos frequente devido à
redução do teor de estrogênio nos anticoncepcionais. O risco atual é de dois
casos em cada 10 mil mulheres. Ele acontece quando um coágulo de sangue chega a
um vaso do cérebro, obstruindo a passagem de sangue. Alguns fatores que
aumentam o risco de AVC são o cigarro, o acúmulo de gordura localizada e
consumo de frituras. O uso do contraceptivo aliado ao fumo, por exemplo,
aumenta as chances.
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