sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Por Alfredo Brites



Discriminação por peso aumenta risco de morte.

 

 

Além dos problemas de saúde acarretados pela obesidade, pessoas acima do peso enfrentam diariamente discriminação e bullying, o que, segundo estudo da Universidade Estadual da Flórida, aumenta o risco de morte.
Publicado na revista Psychological Science, o estudo considerou dados de pesquisas e de saúde em 13.962 participantes do Health and Retirement Study, e 5.079 participantes do Midlife in the United States Study.
Após a contabilização do índice de massa corporal (IMC), saúde subjetiva, carga de doença, sintomas depressivos, histórico de tabagismo e atividade física, os pesquisadores descobriram a discriminação com base no peso foi associada a um aumento de 60% no risco de morte.
De acordo com os resultados do estudo, os efeitos psicológicos da discriminação, através de piadas, imagens, comparações ou insultos, até mesmo quando estes são utilizados como “brincadeiras” para motivar a perda de peso, podem aumentar a probabilidade de a pessoa obesa se envolver em atividades que contribuam para manter ou agravar sua situação.
Os pesquisadores explicam que muitas pessoas acreditam que, ao falarem para os obesos sobre seu peso de forma pejorativa, mesmo tendo consciência de que esse ato fere seus sentimentos, estão os motivando a emagrecer, o que, a longo prazo, poderia resultar em benefícios para a saúde. Contudo, o estudo provou que estes comentários têm mais efeitos negativos do que positivos.

Desvendando ‘monstros’: livro infantil explica sentimentos.

 

Você consegue lembrar como foi a primeira vez que conseguiu distinguir que estava com raiva ou feliz? Alguém te explicou o que eram esses sentimentos tão “estranhos”? Pois a educadora Tonia Casarin pretende tornar essas descobertas mais fáceis, tanto para crianças quanto para seus pais, com o livro Tenho Monstros na Barriga .
A primeira tiragem da obra se prepara para ser lançada via financiamento coletivo . A autora já conseguiu, até agora, mais de R$ 14 mil com a ajuda de 98 apoiadores. Mas a meta é chegar aos R$ 30 mil para que o projeto saia da internet e ganhe as estantes.
Casarin contou ao site Terra que quando era criança brincava que “sentia uns monstrinhos dentro de mim”, por isso os escolheu para ilustrar o livro. “Monstros são abstratos, não existem. Por exemplo, nos Estados Unidos é comum que os sentimentos sejam relacionados com cores, mas não queria relacionar as emoções com coisas reais”.
O livro pretende ajudar crianças a identificarem os próprios sentimentos e aprenderem a ter autocontrole. Ele conta a história de um menino que sente várias coisas na barriga, os “monstros”, e descobre que, na verdade, são sentimentos. Ao longo da história, o personagem fala sobre seus sentimentos e na página seguinte pais e educadores encontram uma seção interativa, em que a criança, junto com o adulto, diz quando ela também se sentiu da mesma forma que o protagonista.
 “O primeiro passo para o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais é a identificação dos sentimentos. Portanto, esse livro busca aumentar essa consciência dos sentimentos, com base em uma história de uma criança e seus monstrinhos”, explica a autora na página no Catarse.
“As vantagens de se conscientizar as crianças é que isso as ajudará a criar um autocontrole. A criança aprenderá a ser mais disciplinada. Por exemplo, se um colega pegar a borracha sem pedir, a raiva que sentirá poderá ser controlada. Ela saberá o que está sentindo e não irá apenas reagir, mas decidir como fará isso”, conta Tonia.
Ela acrescenta que o livro pode ser um aliado contra o bullying, já que ensina a criança a sentir empatia. “Ela aprende que se sentir triste não é algo bom, então por que deixar o colega assim?”
Casarin finalizou em maio o mestrado em Educação, na Universidade de Columbia, em Nova York, e o financiamento coletivo para lançar a primeira tiragem de Tenho Monstros na Barriga fica aberto até 2 de novembro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário