Discriminação por peso aumenta risco de morte.
Além dos
problemas de saúde acarretados pela obesidade, pessoas acima do peso enfrentam
diariamente discriminação e bullying, o que, segundo estudo da Universidade
Estadual da Flórida, aumenta o risco de morte.
Publicado
na revista Psychological Science, o estudo considerou dados de pesquisas e de
saúde em 13.962 participantes do Health and Retirement Study, e 5.079
participantes do Midlife in the United States Study.
Após a
contabilização do índice de massa corporal (IMC), saúde subjetiva, carga de
doença, sintomas depressivos, histórico de tabagismo e atividade física, os
pesquisadores descobriram a discriminação com base no peso foi associada a um
aumento de 60% no risco de morte.
De acordo
com os resultados do estudo, os efeitos psicológicos da discriminação, através
de piadas, imagens, comparações ou insultos, até mesmo quando estes são
utilizados como “brincadeiras” para motivar a perda de peso, podem aumentar a
probabilidade de a pessoa obesa se envolver em atividades que contribuam para
manter ou agravar sua situação.
Os
pesquisadores explicam que muitas pessoas acreditam que, ao falarem para os
obesos sobre seu peso de forma pejorativa, mesmo tendo consciência de que esse
ato fere seus sentimentos, estão os motivando a emagrecer, o que, a longo
prazo, poderia resultar em benefícios para a saúde. Contudo, o estudo provou
que estes comentários têm mais efeitos negativos do que positivos.
Desvendando ‘monstros’: livro infantil explica sentimentos.
Você
consegue lembrar como foi a primeira vez que conseguiu distinguir que estava
com raiva ou feliz? Alguém te explicou o que eram esses sentimentos tão
“estranhos”? Pois a educadora Tonia Casarin pretende tornar essas descobertas
mais fáceis, tanto para crianças quanto para seus pais, com o livro Tenho
Monstros na Barriga .
A
primeira tiragem da obra se prepara para ser lançada via financiamento
coletivo . A autora já conseguiu, até agora, mais de R$ 14 mil com a ajuda
de 98 apoiadores. Mas a meta é chegar aos R$ 30 mil para que o projeto
saia da internet e ganhe as estantes.
Casarin
contou ao site Terra que quando era criança brincava que
“sentia uns monstrinhos dentro de mim”, por isso os escolheu para ilustrar o
livro. “Monstros são abstratos, não existem. Por exemplo, nos Estados Unidos é
comum que os sentimentos sejam relacionados com cores, mas não queria
relacionar as emoções com coisas reais”.
O
livro pretende ajudar crianças a identificarem os próprios sentimentos e
aprenderem a ter autocontrole. Ele conta a história de um menino que sente
várias coisas na barriga, os “monstros”, e descobre que, na verdade, são
sentimentos. Ao longo da história, o personagem fala sobre seus sentimentos e
na página seguinte pais e educadores encontram uma seção interativa, em que a
criança, junto com o adulto, diz quando ela também se sentiu da mesma forma que
o protagonista.
“O primeiro passo para o desenvolvimento das
habilidades sociais e emocionais é a identificação dos sentimentos. Portanto,
esse livro busca aumentar essa consciência dos sentimentos, com base em uma
história de uma criança e seus monstrinhos”, explica a autora na página no
Catarse.
“As
vantagens de se conscientizar as crianças é que isso as ajudará a criar um
autocontrole. A criança aprenderá a ser mais disciplinada. Por exemplo, se
um colega pegar a borracha sem pedir, a raiva que sentirá poderá ser
controlada. Ela saberá o que está
sentindo e não irá apenas reagir, mas decidir como fará isso”, conta Tonia.
Ela
acrescenta que o livro pode ser um aliado contra o bullying, já que ensina a
criança a sentir empatia. “Ela aprende que se sentir triste não é algo bom,
então por que deixar o colega assim?”
Casarin
finalizou em maio o mestrado em Educação, na Universidade de Columbia, em Nova
York, e o financiamento coletivo para lançar a primeira tiragem de Tenho
Monstros na Barriga fica aberto até 2 de novembro.
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