sábado, 3 de outubro de 2015




Cientistas já podem criar 1º anticoncepcional masculino. 

 

 Tóquio, Japão. Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, identificaram a proteína presente no sêmen que é responsável pela penetração do espermatozoide no óvulo e, portanto, responsável por fecundá-lo. A descoberta abriu caminho para a criação do primeiro anticoncepcional masculino do mundo e também para ampliar os tratamentos para a infertilidade. O estudo foi publicado nesta quinta na revista “Science”. A proteína é chamada de calcineurina e está ligada ao transporte de cálcio no organismo.

A calcineurina está presente em vários tipos de células, desde os espermatozoides até os linfócitos do sistema imunológico. Os cientistas, liderados por Masahito Ikawa, conseguiram isolar o tipo específico que está presente no espermatozoide. Esse tipo de calcineurina está diretamente relacionado à mobilidade do gameta. Quando há deficiência, a parte intermediária da cauda do espermatozoide não consegue se dobrar e assim ele não tem o impulso necessário para penetrar a membrana que protege o óvulo, apesar de conseguir nadar normalmente. Com técnicas de engenharia genética, o professor Haruhiko Miyata criou camundongos com deficiência de calcineurina no sêmen e descobriu que esses machos eram inférteis.
A equipe também descobriu que camundongos selvagens tratados com inibidores de calcineurina – como ciclosporina e FK506 – se tornaram estéreis em duas semanas. Depois de uma semana sem ingerir os inibidores, eles voltaram a ser férteis. Essa pesquisa deve abrir o caminho para a criação de um remédio que iniba a proteína responsável pela penetração do espermatozoide no óvulo.
Alternativa Outro medicamento. Apesar de parecer uma realidade distante, até 2018 os homens deverão ter à disposição outro tipo de anticoncepcional. Desenvolvido pela Fundação Parsemus, dos EUA, o Vasalgel será aplicado por meio de injeção nos vasos deferentes (que ficam nos testículos e carregam os espermatozoides até a ejaculação), bloqueando a passagem das células reprodutivas masculinas. O produto não modifica a produção de hormônios masculinos.
Objetivo é barrar a proteína chamada ‘calcineurina’ Tóquio. Dados anteriores mostravam que a calcineurina tinha um papel importante na fertilidade masculina, mas a existência de tipos diferentes dessa proteína nos testículos tornava difícil a tarefa de saber a função de cada um deles. O mérito desses cientistas foi descobrir que os tipos expressos pelos genes PPP3CC e PPP3R2 são encontrados apenas nas células que formam os espermatozoides e, assim, estudá-los. 
O grupo constatou que a calcineurina específica do sêmen também está presente nos seres humanos. No entanto, ciclosporina e FK506 não podem ser usados como contraceptivos em humanos, pois eles também impedem a ação da calcineurina presente nos linfócitos (anticorpos). Em casos de transplante de órgãos, por exemplo, médicos usam esses inibidores para diminuir o risco de rejeição ao novo órgão. O desenvolvimento de um remédio que possa afetar apenas a calcineurina específica dos espermatozoides pode ser a chave para criar o primeiro anticoncepcional masculino com efeito reversível num curto espaço de tempo.

Açúcar, meditação e segurar o xixi: alguns aliados para ter mais força de vontade.

 

 

Pode parecer absurdo, mas reza a lenda que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, costuma usar essa estratégia antes de reuniões e discursos importantes. O argumento é que enquanto o cérebro está ocupado tentando controlar o corpo em um certo aspecto, a disciplina acaba se espalhando para outras áreas.
Em um estudo de 2011, pesquisadores do Departamento de Marketing e Psicologia do Consumo da Universidade de Twente, na Holanda, pediram a voluntários que tomassem vários copos de água. Antes de deixá-los irem ao banheiro, os especialistas ofereceram aos participantes a chance de ganhar uma recompensa em dinheiro – mais volumosa quanto mais tempo eles esperassem para se aliviar.
Não foi surpresa ver que mesmo aqueles que estavam apertados preferiram aguardar até poder receber o valor máximo – um clássico teste de força de vontade.
Psicólogos da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, publicaram um artigo defendendo que a força de vontade é uma espécie de "recurso limitado". Ou seja, é possível esgotar toda a "cota" no espaço de um dia.
Obviamente, não podemos escolher quando nosso autocontrole será testado. Mas quando estamos diante uma decisão importante, como pedir demissão ou romper um relacionamento, a melhor coisa é refletir com calma, mesmo que isso tome alguns dias.
Senão, o resultado pode ser puro arrependimento.

Recorrer ao açúcar

O autocontrole consome as reservas de energia do cérebro, o que significa que você está mais vulnerável quando sente fome.
Um estudo conjunto feito em Israel e nos Estados Unidos mostrou que juízes em tribunais estão mais propensos a fazer julgamentos apressados antes do almoço. Isso também explica por que ficamos mais irritáveis por volta do horário das refeições.
Mas uma simples bebida açucarada pode dar uma "levantada" na energia e restaurar as reservas do corpo. Só não pode virar um hábito.

Dar risadas

Apesar de a força de vontade ser algo que se desgasta ao longo do dia (ainda mais se associada à fome), há outras maneiras de revitalizá-la.
Uma das opções é gargalhar: uma pesquisa da Universidade do Estado da Flórida demonstrou que as pessoas que assistem a vídeos de comédia têm mais capacidade de controlar seus impulsos mais tarde.

O autocontrole geralmente envolve sufocar algumas emoções difíceis enquanto se espera pela recompensa maior.
Felizmente, a contemplação consciente ajuda a equilibrar os sentimentos, permitindo que um indivíduo continue a agir de acordo com o que é melhor para ele, sugere um estudo realizado pela Universidade da Basileia, na Suíça.
Uma técnica simples de meditação é concentrar a atenção em diferentes partes do corpo, observando as sensações únicas de cada uma.
A mente automaticamente associa a culpa ao prazer, fazendo com que nossos vícios pareçam ainda mais sedutores quando sabemos que não deveríamos estar mergulhando neles.
De maneira recíproca, permitir-se extrapolar um pouco sem culpa pode ser justamente aquilo que você precisa para manter sua força de vontade, afirmam cientistas da Universidade de Pequim, na China.
Por isso, se você se pegar violando uma resolução, não se castigue – apenas enxergue isso como um escorregão momentâneo que vai lhe deixar renovado e pronto para continuar batalhando pelo que almeja.

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