Cientistas já podem criar 1º anticoncepcional masculino.
Tóquio, Japão. Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, identificaram a proteína presente no sêmen que é responsável pela penetração do espermatozoide no óvulo e, portanto, responsável por fecundá-lo. A descoberta abriu caminho para a criação do primeiro anticoncepcional masculino do mundo e também para ampliar os tratamentos para a infertilidade. O estudo foi publicado nesta quinta na revista “Science”. A proteína é chamada de calcineurina e está ligada ao transporte de cálcio no organismo.
A calcineurina está presente em vários
tipos de células, desde os espermatozoides até os linfócitos do sistema
imunológico. Os cientistas, liderados por Masahito Ikawa, conseguiram isolar o
tipo específico que está presente no espermatozoide. Esse tipo de calcineurina
está diretamente relacionado à mobilidade do gameta. Quando há deficiência, a
parte intermediária da cauda do espermatozoide não consegue se dobrar e assim
ele não tem o impulso necessário para penetrar a membrana que protege o óvulo,
apesar de conseguir nadar normalmente. Com técnicas de engenharia genética, o
professor Haruhiko Miyata criou camundongos com deficiência de calcineurina no
sêmen e descobriu que esses machos eram inférteis.
A equipe também descobriu que
camundongos selvagens tratados com inibidores de calcineurina – como
ciclosporina e FK506 – se tornaram estéreis em duas semanas. Depois de uma
semana sem ingerir os inibidores, eles voltaram a ser férteis. Essa pesquisa
deve abrir o caminho para a criação de um remédio que iniba a proteína
responsável pela penetração do espermatozoide no óvulo.
Alternativa
Outro medicamento. Apesar de parecer uma realidade
distante, até 2018 os homens deverão ter à disposição outro tipo de anticoncepcional.
Desenvolvido pela Fundação Parsemus, dos EUA, o Vasalgel será aplicado por meio
de injeção nos vasos deferentes (que ficam nos testículos e carregam os
espermatozoides até a ejaculação), bloqueando a passagem das células
reprodutivas masculinas. O produto não modifica a produção de hormônios
masculinos.
Objetivo
é barrar a proteína chamada ‘calcineurina’ Tóquio.
Dados anteriores mostravam que a calcineurina tinha um papel importante na
fertilidade masculina, mas a existência de tipos diferentes dessa proteína nos
testículos tornava difícil a tarefa de saber a função de cada um deles. O
mérito desses cientistas foi descobrir que os tipos expressos pelos genes
PPP3CC e PPP3R2 são encontrados apenas nas células que formam os
espermatozoides e, assim, estudá-los.
O grupo constatou que a calcineurina
específica do sêmen também está presente nos seres humanos. No entanto,
ciclosporina e FK506 não podem ser usados como contraceptivos em humanos, pois
eles também impedem a ação da calcineurina presente nos linfócitos
(anticorpos). Em casos de transplante de órgãos, por exemplo, médicos usam
esses inibidores para diminuir o risco de rejeição ao novo órgão. O
desenvolvimento de um remédio que possa afetar apenas a calcineurina específica
dos espermatozoides pode ser a chave para criar o primeiro anticoncepcional
masculino com efeito reversível num curto espaço de tempo.
Açúcar, meditação e segurar o xixi: alguns aliados para ter mais força de vontade.
Pode parecer absurdo, mas reza a lenda
que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, costuma usar essa estratégia
antes de reuniões e discursos importantes. O argumento é que enquanto o cérebro
está ocupado tentando controlar o corpo em um certo aspecto, a disciplina acaba
se espalhando para outras áreas.
Em um estudo de 2011, pesquisadores do
Departamento de Marketing e Psicologia do Consumo da Universidade de Twente, na
Holanda, pediram a voluntários que tomassem vários copos de água. Antes de
deixá-los irem ao banheiro, os especialistas ofereceram aos participantes a
chance de ganhar uma recompensa em dinheiro – mais volumosa quanto mais tempo
eles esperassem para se aliviar.
Não foi surpresa ver que mesmo aqueles
que estavam apertados preferiram aguardar até poder receber o valor máximo – um
clássico teste de força de vontade.
Psicólogos da Universidade Harvard,
nos Estados Unidos, publicaram um artigo defendendo que a força de vontade é
uma espécie de "recurso limitado". Ou seja, é possível esgotar toda a
"cota" no espaço de um dia.
Obviamente, não podemos escolher
quando nosso autocontrole será testado. Mas quando estamos diante uma decisão
importante, como pedir demissão ou romper um relacionamento, a melhor coisa é
refletir com calma, mesmo que isso tome alguns dias.
Senão, o resultado pode ser puro
arrependimento.
Recorrer ao açúcar
O autocontrole consome as reservas de
energia do cérebro, o que significa que você está mais vulnerável quando sente
fome.
Um estudo conjunto feito em Israel e
nos Estados Unidos mostrou que juízes em tribunais estão mais propensos a fazer
julgamentos apressados antes do almoço. Isso também explica por que ficamos
mais irritáveis por volta do horário das refeições.
Mas uma simples bebida açucarada pode
dar uma "levantada" na energia e restaurar as reservas do corpo. Só
não pode virar um hábito.
Dar risadas
Apesar de a força de vontade ser algo
que se desgasta ao longo do dia (ainda mais se associada à fome), há outras
maneiras de revitalizá-la.
Uma das opções é gargalhar: uma
pesquisa da Universidade do Estado da Flórida demonstrou que as pessoas que
assistem a vídeos de comédia têm mais capacidade de controlar seus impulsos
mais tarde.
O autocontrole geralmente envolve
sufocar algumas emoções difíceis enquanto se espera pela recompensa maior.
Felizmente, a contemplação consciente
ajuda a equilibrar os sentimentos, permitindo que um indivíduo continue a agir
de acordo com o que é melhor para ele, sugere um estudo realizado pela
Universidade da Basileia, na Suíça.
Uma técnica simples de meditação é
concentrar a atenção em diferentes partes do corpo, observando as sensações
únicas de cada uma.
A mente automaticamente associa a
culpa ao prazer, fazendo com que nossos vícios pareçam ainda mais sedutores
quando sabemos que não deveríamos estar mergulhando neles.
De maneira recíproca, permitir-se
extrapolar um pouco sem culpa pode ser justamente aquilo que você precisa para
manter sua força de vontade, afirmam cientistas da Universidade de Pequim, na
China.
Por isso, se você se pegar violando
uma resolução, não se castigue – apenas enxergue isso como um escorregão
momentâneo que vai lhe deixar renovado e pronto para continuar batalhando pelo
que almeja.
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