sábado, 27 de junho de 2015

Por Alfredo Brites



Na Grã-Bretanha, maioridade penal passou de 14 para 10 anos.

 Mais de 20 anos depois, o assassinato de um menino de 2 anos por dois garotos de 10 permanece sendo uma das principais referências em discussões sobre maioridade penal na Grã-Bretanha.

O caso oferece interessantes pontos de comparação no debate sobre o tema no Brasil, especialmente depois da redução da idade de 18 para 16 anos ter sido aprovada por uma comissão especial do Congresso, em sessão realizada neste mês de Junho (17).
James Bulger foi raptado em um shopping center de Liverpool e morto, com requintes de crueldade, pelos garotos Robert Thompson e Jon Venables. O caso teve repercussão internacional e causou surpresa em vários países pela decisão das autoridades britânicas de julgar Thompson e Venables em um tribunal comum, em 1993.
Na época, a maioridade penal era de 14 anos. Mas a promotoria conseguiu levar Thompson e Venables a julgamento por tribunal comum porque conseguira provar que a dupla tinha plena consciência de que tinha cometido uma ação extremamente errada.
Cinco anos depois, durante o governo trabalhista de Tony Blair, político que era da oposição durante o caso Bulger e criticara abertamente a estrutura legal vigente, a maioridade penal britânica foi reduzida de 14 para 10 anos de idade.
No mundo ocidental, apenas Escócia (8 anos), Nigéria e Suíça (7 anos) têm idade criminal mais baixa.
A ONU critica periodicamente o governo britânico pelo que considera uma faixa etária inadequada, e organizações de defesa dos direitos da criança regularmente tentam forçar uma discussão mais formal no Legislativo.
Na Grã-Bretanha, jovens só podem fazer tatuagens e votar aos 18 anos, e a idade legal de consentimento sexual é 16. São todas decisões baseadas em julgamentos sobre a maturidade intelectual, moral e mental de crianças. BBC BRASIL.com

Cientistas belgas fazem 'retrato falado' genético.


 Uma experiência encomendada pela BBC mostrou o quão perto a criminologia está de usar o DNA para a identificação facial de suspeitos.
Cientistas usando amostras genéticas já conseguem fazer retratos de suspeitos, como parte de um processo conhecido como montagem molecular.
Atualmente, o DNA só é útil para a polícia se ele pertencer a alguém já fichado.
Mas a cirurgiã e apresentadora da BBC Gabriel Weston mostra, em uma nova série sobre criminologia do canal BBC 2, que a tecnologia oferece a impressionante possibilidade de gerar uma face a partir de nada mais do que algumas células.
Weston extraiu amostras de DNA a partir de sua saliva e as enviou de forma anônima para um grupo de cientistas na Bélgica. Eles foram desafiados a construir um retrato da apresentadora.
Com apenas 20 genes, a equipe liderada por Peter Claes, da Universidade de Leuven, fez sua tentativa. Os resultados podem ser vistos no vídeo.
Claes acredita que sua técnica pode ser de grande valia para investigações policiais.
"Se fosse levar os resultados para um detetive, eu não entregaria apenas o retrato, mas sim forneceria detalhes sobre sexo, tipo de queixo e mesmo estrutura de sobrancelhas, por exemplo", explica o cientista.
"Isso já ajudaria os investigadores a melhor concentrar seus esforços".
A nova tecnologia promete ainda mais: Claes e sua equipe querem expandir a base de genes de 20 para 200.
 Alimentos com gordura trans prejudicam memória, diz estudo.

 A gordura trans, muito encontrada em alimentos industrializados para melhorar o sabor, textura e prazo de validade, pode prejudicar a memória de homens até 45 anos. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos, publicada na revista online Public Library of Science ONE.

Os cientistas analisaram os hábitos alimentares de 1.018 homens e mulheres e fizeram testes de memória de palavras. Em média, os homens entre 20 e 45 anos foram capazes de lembrar 86 delas. Mas, para cada grama adicional de gordura trans que consumiam a cada dia, o desempenho foi reduzido em 0,76. Assim, podem recordar até menos 12 palavras se a ingestão chegasse aos níveis mais altos observados no estudo.
A tendência foi significativa apenas para os homens e a explicação é o número reduzido de mulheres participantes na mesma faixa etária. A associação também não foi vista nos mais idosos, possivelmente porque foi mascarada pelos efeitos da idade na memória. “Consumo de gordura trans mostrou previamente associações adversas no comportamento e humor, os outros pilares da função cerebral. Como eu digo aos pacientes, ao passo que a gordura trans aumenta a vida útil dos alimentos, ela reduz a vida útil de pessoas”, comentou a pesquisadora Beatrice Golomb ao jornal Daily Mail.
Vale acrescentar que o governo dos Estados Unidos anunciou que o uso de gordura trans não é seguro e que os produtos com ela devem ser retirados do mercado do país em um prazo de três anos.

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