quinta-feira, 11 de junho de 2015

Por Alfredo Brites

 Eleição de miss Japão negra gera debate sobre racismo no país.


   
Um concurso de miss no Japão vem gerando um debate no país que vai muito além das medidas das candidatas ou dos vestidos usados.
A polêmica ganhou força logo após Ariana Miyamoto colocar a faixa de miss Japão. Tudo porque a jovem de 20 anos é mestiça – sua mãe é japonesa e seu pai, um americano negro.
A vitória de Ariana, que ocorreu em maio, trouxe à tona um problema que não é discutido abertamente no país: o racismo.
A própria jovem contou que decidiu participar do concurso depois do suicídio de um amigo, que também era mestiço.
Ariana é a primeira japonesa mestiça a representar o país no concurso Miss Universo. No Japão, os mestiços são chamadas de hafu (palavra que vem do inglês half, que significa "metade").
Segundo Ariana, quando ela conta que é japonesa as pessoas não acreditam
Segundo o correspondente da BBC em Tóquio, Rupert Wingfield-Hayes, é dessa forma que os japoneses definem alguém que "não é estrangeiro, mas também não é completamente japonês".
Sua vitória gerou uma onda de repercussões negativas nas redes sociais nipônicas. "É certo eleger uma hafu para Miss Japão?", questionaram muitos internautas.
""Me incomoda pensar que ela representa o Japão", disseram outros.
Segundo o correspondente da BBC, a sociedade japonesa tem uma visão bastante limitada do que significa ser japonês.
"O que vejo nas ruas de Tóquio é algo muito monoétnico", disse Wingfield-Hayes. "Os japoneses têm uma tendência em acreditar que são únicos, mas isso não é verdade: são uma mistura étnica, com coreanos, chineses."
As estatísticas mostram que o Japão já não é o país homogêneo que muitos acreditam.

Futuro heterogêneo

Uma em cada 50 crianças nascidas no país é mestiça, o que equivale a 20 mil bebês por ano. Para o correspondente da
A grande pergunta agora é o que acontecerá com Ariana se ela conseguir a coroa de Miss Universo, no concurso que ocorre no início de 2016.
Idosos que fazem dieta devem ter cuidado de não perder massa muscular.


Comer menos e melhor é, sem dúvida, útil para combater o sobrepeso e a obesidade. O risco, no entanto, se a dieta não for bem balanceada, é de acabar não só com a gordura, mas também com a massa muscular, especialmente nas pessoas mais idosas. Para entender como obter o melhor do regime alimentar, os cientistas da Nestlé Research Center (NRC) conduziram um estudo em colaboração com pesquisadores canadenses, australianos e britânicos. 
Idosos obesos que querem fazer dieta devem ter acompanhamento médico, para não fazer uma dieta desbalanceada
O estudo, publicado no periódico American Journal of Physiology, Endocrinology and Metabolism, destaca que a perda de massa muscular "se associa a uma resistência e capacidade funcional reduzida e também a um maior risco de deficiência e mortalidade".
Por esse motivo, os pesquisadores procuraram verificar como é possível evitar essa perda, testando uma quantidade justa de proteína na dieta e atividade física regular para treinar a resistência. 
A pesquisa demonstrou, pela primeira vez, como um aporte equilibrado de proteínas durante o dia pode ajudar a reduzir o risco de perda de massa muscular quando se procura perder peso. O estudo acompanhou por quatro semanas grupos de homens obesos de cerca de 65 anos. 
>> Conheça alimentos amigos da massa magra:
Ovo é ótima fonte de proteína: 'A proteína é um importante nutriente para o trabalho de síntese proteica, favorecendo assim a hipertrofia muscular', explica a nutricionista Alessandra Scutellaro, da Clínica Esportista Funcional.
O efeito benéfico de um aporte proteico equilibrado ao longo do dia, concluíram os especialistas, é reforçado quando combinado com um treinamento de resistência. São resultados preliminares aos quais se seguirão pesquisas posteriores a longos períodos, mas abrem caminho para reflexões sobre a necessidade de fazer um guia geral para os idosos, uma grande parte da população que hoje está em risco. 

        Você já atingiu o auge da sua vida?

Enquanto a forma física declina com a idade, o conhecimento e a libido permanecem. Dizem que a vida começa aos 40. E que os 60 são os novos 50.
Mas qual é a verdade? Qual é a melhor idade para se ter?
Na tentativa de descobrir as resposta, a BBC Future vasculhou a literatura médica para analisar a fundo como vários aspectos do nosso corpo se modificam ao longo da vida – da memória à sexualidade.
E ficamos positivamente surpresos com o que desvendamos.

Forma física

Para atividades que exigem explosões de energia rápidas e repentinas – como correr os 100m rasos ou praticar arremesso de peso –, o melhor é estar na casa dos 20 anos, já que o declínio dessa capacidade vem logo depois disso. Jogadores de futebol podem chegar a esse ponto até antes.
Já atletas mais velhos têm um desempenho melhor em modalidades de “ultra-resistência”, como corridas muito longas. Mesmo depois dos 30 ou 40 anos, a queda é suave e gradual.

Memória

Exercícios como  dança podem trazer benefícios duradouros à saúde física e mental .
Após os 20 anos, nossa capacidade de incluir novas informações na memória entra em decadência. Aliás, é possível que a memória tenha começado a perder seu brilho até mesmo antes de terminarmos o ensino médio.
Já nossa memória de trabalho (ou memória de curto prazo) – como, por exemplo, se lembrar de instruções para chegar a algum lugar – se mantém estável por mais tempo, mas cai gradualmente depois dos 40.
Outra má notícia: é nessa idade também que deixamos para trás o auge da nossa criatividade. Prova disso é que a maioria dos ganhadores do prêmio Nobel fizeram suas descobertas por volta dos 40 anos.

Conhecimentos

Apesar da perda de memória, aprendizado e raciocínio social melhoram com o tempo .
Mas há um lado positivo. Apesar de os fatos demorarem um pouco mais para serem assimilados, outras habilidades continuam se desenvolvendo – a compreensão escrita e a aritmética, por exemplo, melhoram até a chamada meia-idade.
O raciocínio social – a capacidade de navegarmos através das complexidades de nossas amizades – atinge seu apogeu ainda mais tarde.
Isso quer dizer que nossas habilidades mentais melhoram e decaem em ondas – uma passa, mas outra vem logo em seguida.

Sexualidade

Estudo mostra que 30% das pessoas saudáveis de 65 a 74 anos fazem sexo semanalmente
Se filmes e novelas servissem de parâmetro da realidade, pessoas de 20 a 30 e poucos anos viveriam uma orgia contínua. Mas a verdade é que nem o desejo sexual nem a atividade sexual despencam rapidamente até pelo menos os meados dos 50.
E até nessa idade, o declínio está longe de ser vertiginoso. Segundo um estudo que examinou “a expectativa da vida sexual ativa”, homens com 55 anos hoje podem esperar 15 ou mais anos de sexo relativamente frequente, enquanto as mulheres dessa idade ainda têm pouco mais de uma década de relações sexuais frequentes pela frente.
O ato sexual pode não ser vigoroso como já foi, mas de acordo com o estudo, 30% das pessoas saudáveis com idades entre 65 e 74 anos ainda fazem sexo pelo menos uma vez por semana.

Elixir da juventude?

Sendo assim, o que podemos aprender com esses dados? A grosso modo, que o pico sexual ocorre aos 20 e poucos, o auge da forma física aos 30 e poucos, a mente aos 40 e 50 e a felicidade aos 60. Mas isso são apenas médias, e cada pessoa tem uma trajetória diferente.
Por isso, o mais importante é reconhecer que a idade traz doses parecidas de altos e baixos. Ou seja, não existe um auge definitivo na vida.
A boa notícia, no entanto, é que alguns dos aspectos negativos do envelhecimento podem ser evitados ao máximo. O exercício, principalmente, não só melhora a forma física e afasta doenças como a diabete e o câncer, como também reforça a memória.
As pessoas saudáveis também costumam aproveitar até cinco anos a mais de atividade sexual na terceira idade do que quem sofre de alguma doença.
Psicólogos também estão percebendo que a atitude mental também tem um papel importante. Por isso vemos pessoas que dizem se sentirem mais jovens do que realmente são – e uma perspectiva juvenil as torna mais ativas e mais longevas.

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