Eleição de miss Japão negra gera debate sobre racismo no país.
A polêmica ganhou força logo após
Ariana Miyamoto colocar a faixa de miss Japão. Tudo porque a jovem de 20 anos é
mestiça – sua mãe é japonesa e seu pai, um americano negro.
A vitória de Ariana, que ocorreu em
maio, trouxe à tona um problema que não é discutido abertamente no país: o
racismo.
A própria jovem contou que decidiu
participar do concurso depois do suicídio de um amigo, que também era mestiço.
Ariana é a primeira japonesa mestiça a
representar o país no concurso Miss Universo. No Japão, os mestiços são
chamadas de hafu (palavra que vem do inglês half, que significa
"metade").
Segundo o correspondente da BBC em
Tóquio, Rupert Wingfield-Hayes, é dessa forma que os japoneses definem alguém
que "não é estrangeiro, mas também não é completamente japonês".
Sua vitória gerou uma onda de
repercussões negativas nas redes sociais nipônicas. "É certo eleger uma
hafu para Miss Japão?", questionaram muitos internautas.
""Me incomoda pensar que ela
representa o Japão", disseram outros.
Segundo o correspondente da BBC, a
sociedade japonesa tem uma visão bastante limitada do que significa ser
japonês.
"O que vejo nas ruas de Tóquio é
algo muito monoétnico", disse Wingfield-Hayes. "Os japoneses têm uma
tendência em acreditar que são únicos, mas isso não é verdade: são uma mistura
étnica, com coreanos, chineses."
As estatísticas mostram que o Japão já
não é o país homogêneo que muitos acreditam.
Futuro heterogêneo
Uma em cada 50 crianças nascidas no
país é mestiça, o que equivale a 20 mil bebês por ano. Para o correspondente da
A grande pergunta agora é o que
acontecerá com Ariana se ela conseguir a coroa de Miss Universo, no concurso
que ocorre no início de 2016.
Idosos que fazem dieta devem ter cuidado de não perder massa muscular.
Comer menos e melhor é, sem dúvida,
útil para combater o sobrepeso e a obesidade. O risco, no entanto, se a dieta
não for bem balanceada, é de acabar não só com a gordura, mas também com a
massa muscular, especialmente nas pessoas mais idosas. Para entender como obter
o melhor do regime alimentar, os cientistas da Nestlé Research Center (NRC)
conduziram um estudo em colaboração com pesquisadores canadenses, australianos
e britânicos.
Idosos
obesos que querem fazer dieta devem ter acompanhamento médico, para não fazer
uma dieta desbalanceada
O
estudo, publicado no periódico American
Journal of Physiology, Endocrinology and Metabolism, destaca
que a perda de massa muscular "se associa a uma resistência e
capacidade funcional reduzida e também a um maior risco de deficiência e
mortalidade".
Por esse motivo, os pesquisadores
procuraram verificar como é possível evitar essa perda, testando uma quantidade
justa de proteína na dieta e atividade física regular para treinar a
resistência.
A
pesquisa demonstrou, pela primeira vez, como um aporte equilibrado de proteínas
durante o dia pode ajudar a reduzir o risco de perda de massa muscular quando
se procura perder peso. O estudo acompanhou por quatro semanas grupos de homens
obesos de cerca de 65 anos.
>> Conheça alimentos amigos da massa
magra:
Ovo
é ótima fonte de proteína: 'A proteína é um importante nutriente para o
trabalho de síntese proteica, favorecendo assim a hipertrofia muscular',
explica a nutricionista Alessandra Scutellaro, da Clínica Esportista Funcional.
O efeito benéfico de um aporte
proteico equilibrado ao longo do dia, concluíram os especialistas, é reforçado
quando combinado com um treinamento de resistência. São resultados preliminares
aos quais se seguirão pesquisas posteriores a longos períodos, mas abrem
caminho para reflexões sobre a necessidade de fazer um guia geral para os
idosos, uma grande parte da população que hoje está em risco.
Você já atingiu o auge da sua vida?
Dizem
que a vida começa aos 40. E que os 60 são os novos 50.
Mas qual é a verdade? Qual é a melhor
idade para se ter?
Na tentativa de descobrir as resposta,
a BBC Future vasculhou a literatura médica para analisar a fundo como vários
aspectos do nosso corpo se modificam ao longo da vida – da memória à
sexualidade.
E ficamos positivamente surpresos com
o que desvendamos.
Forma física
Para atividades que exigem explosões
de energia rápidas e repentinas – como correr os 100m rasos ou praticar
arremesso de peso –, o melhor é estar na casa dos 20 anos, já que o declínio
dessa capacidade vem logo depois disso. Jogadores de futebol podem chegar a
esse ponto até antes.
Já atletas mais velhos têm um
desempenho melhor em modalidades de “ultra-resistência”, como corridas muito
longas. Mesmo depois dos 30 ou 40 anos, a queda é suave e gradual.
Memória
Após os 20 anos, nossa capacidade de incluir
novas informações na memória entra em decadência. Aliás, é possível que a
memória tenha começado a perder seu brilho até mesmo antes de terminarmos o
ensino médio.
Já nossa memória de trabalho (ou
memória de curto prazo) – como, por exemplo, se lembrar de instruções para
chegar a algum lugar – se mantém estável por mais tempo, mas cai gradualmente
depois dos 40.
Outra má notícia: é nessa idade também
que deixamos para trás o auge da nossa criatividade. Prova disso é que a
maioria dos ganhadores do prêmio Nobel fizeram suas descobertas por volta dos
40 anos.
Conhecimentos
Mas há um lado positivo. Apesar de os
fatos demorarem um pouco mais para serem assimilados, outras habilidades
continuam se desenvolvendo – a compreensão escrita e a aritmética, por exemplo,
melhoram até a chamada meia-idade.
O raciocínio social – a capacidade de
navegarmos através das complexidades de nossas amizades – atinge seu apogeu
ainda mais tarde.
Isso quer dizer que nossas habilidades
mentais melhoram e decaem em ondas – uma passa, mas outra vem logo em seguida.
Sexualidade
Se filmes e novelas servissem de parâmetro
da realidade, pessoas de 20 a 30 e poucos anos viveriam uma orgia contínua. Mas
a verdade é que nem o desejo sexual nem a atividade sexual despencam
rapidamente até pelo menos os meados dos 50.
E até nessa idade, o declínio está
longe de ser vertiginoso. Segundo um estudo que examinou “a expectativa da vida
sexual ativa”, homens com 55 anos hoje podem esperar 15 ou mais anos de sexo
relativamente frequente, enquanto as mulheres dessa idade ainda têm pouco mais
de uma década de relações sexuais frequentes pela frente.
O ato sexual pode não ser vigoroso
como já foi, mas de acordo com o estudo, 30% das pessoas saudáveis com idades
entre 65 e 74 anos ainda fazem sexo pelo menos uma vez por semana.
Elixir da juventude?
Sendo assim, o que podemos aprender com
esses dados? A grosso modo, que o pico sexual ocorre aos 20 e poucos, o auge da
forma física aos 30 e poucos, a mente aos 40 e 50 e a felicidade aos 60. Mas
isso são apenas médias, e cada pessoa tem uma trajetória diferente.
Por isso, o mais importante é
reconhecer que a idade traz doses parecidas de altos e baixos. Ou seja, não
existe um auge definitivo na vida.
A boa notícia, no entanto, é que
alguns dos aspectos negativos do envelhecimento podem ser evitados ao máximo. O
exercício, principalmente, não só melhora a forma física e afasta doenças como
a diabete e o câncer, como também reforça a memória.
As pessoas saudáveis também costumam
aproveitar até cinco anos a mais de atividade sexual na terceira idade do que
quem sofre de alguma doença.
Psicólogos também estão percebendo que
a atitude mental também tem um papel importante. Por isso vemos pessoas que
dizem se sentirem mais jovens do que realmente são – e uma perspectiva juvenil
as torna mais ativas e mais longevas.
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